terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Executiva precisou se arrastar para embarcar em voo da Gol


A cadeirante Katya Hemelrijk da Silva, 38, não aceitou ser levada no colo e se arrastou para subir em avião
Katya Hemelrijk, 38, foi obrigada a se arrastar ao longo de 15 degraus

A executiva Katya Hemelrijk, 38, foi obrigada a se arrastar ao longo de 15 degraus para conseguir embarcar num voo da Gol rumo a São Paulo, onde mora e trabalha, na madrugada desta segunda-feira (01) em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Cadeirante devido a uma doença genética conhecida como "síndrome dos ossos de cristal", que fragiliza os ossos, Katya necessitava de um equipamento especial para entrar na aeronave com segurança. Este, porém, não estava disponível.

A Gol informou que tentou, sem sucesso, conseguir o equipamento com outras empresas. A companhia também alega ter oferecido alternativas que, segundo a cliente, teriam envolvido ser carregada no colo ou esperar cerca de quatro horas até que o equipamento de auxílio estivesse pronto para uso.

"Tenho responsabilidades como qualquer outra pessoa. Começo a trabalhar às 8h, tenho meus filhos para cuidar. Não poderia me dar ao luxo de esperar até que encontrassem uma solução", declarou Katya.

Segundo a Folha de São Paulo, a executiva esperou todos os passageiros embarcarem, vestiu uma calça com tecido leve e foi se arrastando de bumbum. O processo levou cerca de 15 minutos e deixou Katya com roupa suja e dores na perna.

Ainda de acordo com o jornal, a administradora do aeroporto Foz do Iguaçu, Infraero, teria informado que "procedimentos de embarque e desembarque são responsabilidade das empresas aéreas".

A Gol garante melhorias nestes tipos de procedimentos a partir de 2015, mas o incidente levanta sérias questões sobre a preparação de empresas no quesito acessibilidade.

diariodepernambuco.com.br

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