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O vírus chikungunya é transmitido pela picada da fêmea de
mosquitos Aedes aegypti, que é o vetor da dengue, e o Aedes albopictus
FOTO: REUTERS
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Brasília. O número de casos confirmados de febre
chikungunya, transmitida pelos mesmos mosquitos da dengue, cresceu 65%
no País em menos de um mês, de acordo com dados divulgados ontem pelo
Ministério da Saúde.
Ao todo, foram confirmados 1.364 casos de infecção pelo vírus
chikungunya até o dia 15 de novembro. O último boletim, divulgado em 25
de outubro, apontava 824 casos. Dentre eles, 1.293 são autóctones,
adquiridos no País.
A concentração é maior nos Estados da Bahia e do Amapá, em cidades como
Feira de Santana (com 563 casos) e Oiapoque (531), respectivamente. Há
também registro de dois casos em Minas Gerais - nas cidades de
Matozinhos e Pedro Leopoldo - e um em Campo Grande (MS).
De acordo com a Pasta, outros 71 casos são importados, ou seja, de
pessoas que estiveram em países com transmissão da doença, como
República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana
Francesa.
Segundo especialistas, a previsão é de aparecimento de mais casos de
dengue e chikungunya com a chegada do verão e aumento do volume de
chuvas em algumas regiões do País.
A infecção por chikungunya é semelhante à ocorrida pela dengue. Os
sintomas são parecidos, como febre, mal-estar e dores e manchas
vermelhas, mas o chikungunya pode causar dores mais fortes (e de maior
duração) nas articulações.
O Ministério da Saúde informou ter elaborado um plano nacional de
contingência da doença, que prevê ações como intensificação das ações de
vigilância, treinamento de profissionais e a preparação de laboratórios
de referência para diagnóstico, além da eliminação dos criadouros do
mosquito.
Uma campanha de mobilização contra a dengue e chikungunya está marcada
para 6 de dezembro. Haverá ainda um dia adicional, para reforço da
mobilização, em 7 de fevereiro.
Fique por dentro
Sintomas surgem em até 12 dias
A febre chikungunya é uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus
Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes
aegypti e Aedes albopictus. O nome significa "aqueles que se dobram" em
swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos
pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na
Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953. Após a
picada do mosquito, os sintomas da doença podem aparecer de dois a dez
dias, podendo chegar a 12 dias.
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