sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Justiça rejeita denúncia contra o jogador Adriano

 
A juíza Maria Tereza Donatti, da 29ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, rejeitou nesta quinta (6) a denúncia feita pelo Ministério Público estadual contra o jogador Adriano. O atacante foi denunciado, na terça (4) por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
O jogador passou a semana na França onde negocia com um time da segunda divisão do país. Para o advogado Ary Bergher, que defende o jogador houve um "excesso do Ministério Público".
"Estávamos tranquilos. Sempre confiamos no bom senso", disse Bergher.
Investigação policial realizada em 2008 e que resultou na denúncia do MP apontou que Adriano comprou uma moto para o traficante Paulo Rogério de Souza Paz, conhecido como "Mica", da Vila Cruzeiro, zona norte do Rio. O veículo foi colocado no nome da mãe de Mica. De acordo com as investigações, o criminoso teria frequentado a mesma escola que o jogador.
Em depoimentos, Adriano sempre negou o envolvimento com o traficante Mica e que o veículo era um presente para a mãe do criminoso.

Adriano comemorou a decisão judicial: "Eu sabia que tudo daria certo. Eu não devo nada a ninguém. Sou honesto", disse o jogador.
Na denúncia, os promotores Homero das Neves e Alexandre Graça relatam que Adriano deixou os documentos e o cartão de crédito com um amigo que comprou em uma concessionária duas motos Honda CB 600: uma da cor vermelha e outra da cor preta. A moto vermelha foi colocada em nome da mãe de Mica. A de cor preta teria ficado com o jogador.
Os promotores pediram, na denúncia, a apreensão do passaporte do jogador. Eles consideraram que não era necessário pedir a prisão de Adriano.
Em sua decisão, a juíza Maria Tereza Donatti relatou que o Ministério Público "não havia suporte probatório mínimo quanto à autoria desse delito".
De acordo com a juíza houve "precipitação dos promotores" na elaboração da denúncia "deixando de formular adequadamente a acusação, violando a possibilidade de defesa dos denunciados, além de tê-la oferecido sem indícios mínimos de autoria".
O promotor Homero das Neves informou que não foi comunicado oficialmente da decisão judicial. "Assim que isso acontecer iremos recorrer. Esta decisão não é definitiva", disse.

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