No estudo, os criminosos foram classificados em: reativos, informantes, antagonistas, fantasiosos, predadores e impostores |
Nesta segunda-feira, 3, foi divulgado um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Birmingham City, na Inglaterra, que identifica seis tipos distintos de assassinos cujos crimes tiveram alguma relação, anterior ou posterior à sua realização, com a rede social Facebook.
Os
criminosos foram classificados em: reativos (que reagem
negativamente/com ódio a um post publicado e, de imediato ou após algum
tempo, atacam a vítima), informantes (que utilizam a rede social para
comentar sobre o assassinato que cometeram ou que ainda vão cometer,
afim de demonstrar controle sobre a vítima e/ou sobre a situação),
antagonistas (que se envolve em discussões hostis e acabam cometendo o
assassinato), fantasiosos (que criam realidades paralelas na rede e se
vêem obrigados a matar para manter a mentira), predadores (que criam
perfis falsos para atrair e encontrar com as vítimas em algum lugar) e,
por fim, os impostores (que postam fingindo ser outra pessoa, afim de
monitorar a vítima, ou mesmo após a realização do crime, para dificultar
as investigações, respondendo como a própria vítima).
O
trabalho analisou 48 casos ocorridos no mundo em que a rede social foi
considerada pela mídia como "fator significativo", num período de
aproximadamente 5 anos (de 2008 a 2013).
"Nós queríamos entender
se os homicídios em que houve envolvimento do Facebook eram, de alguma
maneira, diferentes dos outros assassinatos. No geral, descobrimos que
eles não são. As vítimas conheciam os assassinos na maioria dos casos, e
os crimes ecoaram o que já se sabia a respeito deste tipo de delito",
afirmou Elizabeth Yardley, autora do estudo, ao site da Universidade.
Mesmo
que alguns padrões possam estar relacionados aos casos estudados, como a
média relativamente baixa de idade dos assassinos e das vítimas,
Yardley informou ao jornal The Guardian que não há motivos para culpar
as redes sociais pela incidência dos crimes. "É a intenção das pessoas
utilizando essas ferramentas que precisamos estar atentos".
Redação O POVO Online
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