segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Dois cearenses estão cotados para disputar a Presidência da Câmara Federal

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José Guimarães e André Figueiredo (na foto com a presidente Dilma e demais lideranças) estão entre os nomes cotados para disputar o comando da Câmara Federal

Dois cearenses podem entrar na disputa pela Presidência da Câmara dos Deputados. André Figueiredo (PDT) e José Guimarães (PT) estão entre os cotados para disputar o comando da Casa. Figueiredo apesar de negar qualquer interesse próprio ao cargo, afirma estar à disposição do seu partido para, se for o caso, postular o cargo.
“Tenho sempre disposição de enfrentar qualquer tipo de desafio, inclusive este. Eu nunca fui de fugir da luta quando ela tem sentido e, caso o nome que venha a ser escolhido seja o meu, claro que vou enfrentar o desafio”, declarou.
Guimarães também se coloca à disposição do seu partido, afirmando que, devido ao resultado das últimas eleições, onde o Nordeste deu o maior número de votos para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), é o momento onde a região deve se colocar, cobrando um maior espaço no Congresso Nacional. “É importante o Nordeste se colocar, porque tivemos o maior resultado do País, além de eleger governadores na Bahia, Ceará e Piauí, demos o maior percentual de votos da Dilma. Então, o Nordeste, nessa nova formação do novo governo, tem que ter um peso político muito grande”.

Destaque
O petista cearense é vice-presidente nacional da PT e ex-líder da sigla na Câmara. Guimarães é tido como o deputado com melhor trânsito no Planalto, sendo conhecido por sua boa articulação e notável habilidade de intermediação de conflitos. Tais predicados contam pontos para o cearense, uma vez que, na ausência do presidente da República e de seu vice, é o chefe da Câmara que assume o Executivo federal.
Articulações
Na última sexta-feira (14) o deputado Marco Maia (PT-RS) retirou seu nome da disputa pela Presidência da Câmara, aumentando as chances de Guimarães ser o escolhido. O PT havia prometido o anuncio do nome do candidato para a última quinta-feira (13), no entanto, adiou, afirmando que não houve um consenso em torno de um nome; antes de definir, o partido deverá procurar outras legendas para tentar solidificar a candidatura.
Acordo
Normalmente, a maior bancada indica o presidente. Entretanto, o racha entre PT, detentor da maior bancada da Casa com 70 deputados, e o PMDB, a segunda maior, inviabilizou este tipo de acordo, já que o peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já se colocou como candidato na disputa. Por isso, para o PT, é interessante ter mais nomes na corrida para reduzir os votos em potencial para Cunha, o que já viabilizaria a candidatura de André Figueiredo.
PDT
Figueiredo afirma que o PDT já decidiu que não irá votar no candidato do PMDB. Por enquanto, Cunha é o único nome que está abertamente na disputa. O pedetista analisa que a candidatura do PT corre um sério risco se, num eventual segundo turno, for disputar com o candidato do PMDB.
Segundo o André, existem algumas articulações em torno do seu nome, no entanto não há nada decidido. “O lançamento do meu nome foi apenas a bondade de alguns colegas que acham que eu tenho condição de satisfazer o que de sério e acertado o novo presidente da Casa tem que fazer”, pontua.
No discurso
Figueiredo espera que o próximo presidente da Casa seja um nome com identidade própria e que aja com transparência. O pedetista acrescenta que o próximo presidente não vai ter o direito de tornar o Poder Legislativo subserviente ao Poder Executivo.“Independente de nomes, o que queremos é que a Câmara Federal possa vir a ser dirigida por alguém que não tenha uma identidade com o parlamento e que não se utilize do cargo para eventuais relações não muito adequadas com o Executivo”, alerta, afirmando que ainda há muito tempo até o dia da eleição, que deve ocorrer em 2 de fevereiro de 2015.
Com informações do OE

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