quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ministério Público denuncia vereador 'Aonde É' por concussão

Polícia Civil e MP cumpriram mandados de busca e apreensão e encontraram documentos que comprovariam diversos crimes no gabinete e na residência de 'Aonde É'
Polícia Civil e MP cumpriram mandados de busca e apreensão e encontraram documentos que comprovariam diversos crimes no gabinete e na residência de 'Aonde É'
Lucas de Menezes
O vereador Antônio Farias de Sousa, o 'Aonde É' foi denunciado pela 18ª Promotoria de Justiça Criminal de Fortaleza, juntamente com a Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap) pelo crime de concussão. O vereador foi preso em flagrante no dia 26 de setembro, quando supostamente estaria exigindo dinheiro de um assessor parlamentar. O vereador continua recolhido na Delegacia de Capturas (Decap), aguardando decisão da Justiça sobre o habeas corpus impetrado por seus advogados.
Antônio Farias de Sousa foi denunciado pelo crime de concussão (art.316, caput, Código Penal) por ter exigido diretamente de um de seus assessores a remuneração paga pela Câmara Municipal de Fortaleza (CMF) ao funcionário do parlamentar, no valor de R$ 1.900. A denúncia se soma à que já foi apresentada pelo Ministério Público em 15 de outubro, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa contra o vereador e outras 14 pessoas, incluindo o chefe de gabinete e parentes. 

Segundo a denúncia, como um de seus assessores havia modificado a senha de acesso à sua conta corrente depois da operação de busca e apreensão executada pela Polícia Civil e pelo MP no mês de agosto, o vereador passou a exigir diretamente dele a entrega da remuneração de R$ 1,9 mil paga pela Câmara Municipal de Fortaleza. De acordo com as investigações, o vereador foi até a escola dos filhos e à residência de seu assessor para abordá-lo, sempre exigindo que ele sacasse o dinheiro e lhe entregasse.
A denúncia menciona a presença de uma terceira pessoa na agência bancária. Segundo o Ministério Público, era um prestador de serviços avulsos ao vereador. “Em depoimento à Polícia, ele afirmou que o vereador lhe devia dinheiro e que solicitou a sua presença na agência bancária. Acreditamos que o vereador pretendia pagá-lo com parte do dinheiro que exigia receber do assessor”, explicam os promotores.

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