Não há prazo para a vacinação, ou seja, quem fez 11 anos agora
pode tomar ainda a primeira dose da vacina e em seis meses deverá tomar a
segunda dose.
FOTO: ABR
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Brasília A partir de hoje, as meninas de 11 a 13 anos
poderão tomar a segunda dose da vacina contra o HPV (papilomavírus
humano), que protege contra o câncer de colo de útero.
O anúncio desta fase de vacinação foi feito pelo Ministério da Saúde.
Quem tomou a primeira dose da vacina deve tomar a próxima para garantir a
imunização completa contra o vírus.
A expectativa da pasta é de que 80% das 4,9 milhões de meninas nessa
faixa etária sejam imunizadas no país nos próximos meses. A vacina será
distribuída nas escolas públicas e privadas e nos postos de saúde em
todo o país.
A primeira dose da vacina começou a ser distribuída em março deste ano.
Em seis meses, o governo conseguiu aplicar a vacina em 4,3 milhões de
meninas, o que corresponde a 87,3% do público-alvo. Ela é distribuída
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São Paulo foi o Estado que teve o
melhor resultado, tendo vacinado 98,74% das meninas nessa faixa etária.
A estratégia adotada no início da vacinação será mantida agora. Não há
prazo para a vacinação, ou seja, quem fez 11 anos agora pode tomar ainda
a primeira dose da vacina e em seis meses deverá tomar a segunda dose. A
terceira dose da vacina será aplicada daqui a cinco anos como reforço
para a imunização.
Em 2015, a vacina passará a ser oferecida para as adolescentes de 9 a
11 anos e em 2016, às meninas de 9 anos. A meta é ter todas as mulheres
entre 9 e 15 anos vacinadas contra a doença até 2016.
Câncer de colo do útero
O vírus do HPV é um dos causadores do câncer de colo do útero, terceiro
tumor mais frequente em mulheres no país e terceira principal causa de
morte entre mulheres no país, de acordo com o Ministério da Saúde. Na
região Nordeste, esse tipo de câncer é o mais letal. O ministro
ressaltou ainda que a imunização contribui para a redução dos casos de
câncer de colo do útero mas outros métodos de proteção precisam
continuar sendo usados, como o uso de camisinhas, e o exame de
papanicolau, recomendado para mulheres a partir dos 25 anos, também deve
continuar sendo feito mesmo por quem já tomou a vacina.
Não compulsória
A vacina não será compulsória. Caso a menina se recuse a ser imunizada
na escola, ou os seus pais a proíbam, receberá orientação para procurar
um posto de saúde. A vacina utilizada no Brasil é a chamada
quadrivalente, a mais comum no mundo.
Ela protege contra o câncer e contra verrugas anogenitais.
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