Trabalhadores
sem terra continuam, desde a madrugada desse domingo (31/08), ocupando a
Fazenda Santa Mônica, de propriedade de senador e candidato da
Coligação de Ceará de Todos ao Governo do Estado, Eunício Oliveira
(PMDB). A fazenda, localizada entre as cidades de Alexânia e Corumbá, em
Goiás, tem 20 mil hectares e, segundo o MST, é improdutiva. O
administrador da propriedade, Ricardo Augusto, contestou, porém, a
informação do MST e, de acordo com o Jornal Correio Braziliense, edição
desta segunda-feira (01/09), a área é produtiva.
Um dos argumentos das lideranças do MST, para justificar a luta em
defesa da reforma agrária e a invasão da Fazenda Santa Mônica, é que a
ocupação visa alertar a sociedade para o fato de que ‘’a maior parte dos
deputados e senadores da atual legislatura representa os interesses dos
grandes produtores rurais, em detrimento dos produtores familiares e
trabalhadores do campo’’.
A assessoria de Eunício Oliveira confirmou que a fazenda ocupada
pertence ao parlamentar. Em nota, a equipe garante que a propriedade é
produtiva, opera há mais de 25 anos em uma região livre de conflitos
agrários e cumprem todas as normas da legislação tributária, trabalhista
e ambiental, razão pela qual o grupo classifica a ação do MST como “um
ato surpreendente”.
De acordo com texto da Agência Brasil, ‘’na declaração de bens que
entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador informou ser
dono de uma fazenda chamada Santa Mônica, em Alexânia, além de vários
imóveis rurais no interior de Goiás’’. Eunício Oliveira declarou, ainda,
ao TSE um patrimônio de R$ 99 milhões em bens, o maior dentre os 169
candidatos a governador nos 26 estados e no Distrito Federal.
Dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra revelaram, em
nota, que a ação da madrugada desse domingo é a maior feita em Goiás nos
últimos dez anos.
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