sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CBF tem prova de orientação da Fifa sobre 'mão na bola', diz Del Nero

Presidente da CBF, Del Nero, afirmou ter provas sobre nova orientação da Fifa para
Presidente da CBF, Del Nero, afirmou ter provas sobre nova orientação da Fifa para "mão na bola"
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
 
O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, manifestou nesta quinta-feira, 25, apoio ao chefe da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, sobre a polêmica em torno do conceito de "mão na bola" nos jogos do Campeonato Brasileiro. "Ele [Corrêa] não é leviano", disse. Del Nero respaldou a versão de Corrêa de que os árbitros brasileiros receberam nova orientação da Fifa de que o toque do jogador com a mão (ou braço) que altere a trajetória da bola seja considerado falta, mesmo que, em determinado lance, ocorra sem a intenção explícita do atleta tocá-la.
"É como o Sérgio Corrêa já falou, e temos os vídeos [da orientação da Fifa], as provas", afirmou Del Nero, na sede da Fifa em Zurique, minutos antes de uma reunião do comitê executivo da entidade. Os vídeos mencionados por Del Nero seriam relacionados a um curso dado pelo uruguaio Jorge Larrionda, instrutor da Fifa, aos árbitros brasileiros.

Mais lenha
A polêmica cresceu na quarta, 24, depois de o chefe de arbitragem da Fifa, o suíço Massimo Busacca, ter negado em Zurique uma nova orientação sobre o tema. Segundo ele, os árbitros e os auxiliares precisam avaliar se o gesto do jogador foi ou não intencional ao interromper a jogada com a mão. "Há um movimento natural de pular e correr, e isso não é falta. A mão faz parte do corpo, não tem como jogar sem ela", disse. Em entrevista à Folha de S.Paulo após a declaração de Busacca, o chefe da comissão de arbitragem da CBF reiterou a orientação recebida pela Fifa. Del Nero disse que não conversou com Massimo Busacca sobre o assunto em Zurique.
A polêmica ganhou fôlego no domingo (21), quando o árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcou pênalti após o são-paulino Antonio Carlos, em jogo contra o Corinthians, no Itaquerão, tocar com a mão na bola dentro da área. São-paulinos disseram que o zagueiro não teve intenção de tocar a mão na bola porque o lance foi rápido, e ele não teve tempo de reagir para tirar a mão da trajetória da bola.

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