Presidente da CBF, Del Nero, afirmou ter provas sobre nova orientação da Fifa para "mão na bola"
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
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O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero,
manifestou nesta quinta-feira, 25, apoio ao chefe da comissão de
arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, sobre a polêmica em torno do conceito
de "mão na bola" nos jogos do Campeonato Brasileiro.
"Ele [Corrêa] não é leviano", disse. Del Nero respaldou a versão de
Corrêa de que os árbitros brasileiros receberam nova orientação da Fifa de
que o toque do jogador com a mão (ou braço) que altere a trajetória da
bola seja considerado falta, mesmo que, em determinado lance, ocorra sem
a intenção explícita do atleta tocá-la.
"É como o Sérgio Corrêa já falou, e temos os vídeos [da
orientação da Fifa], as provas", afirmou Del Nero, na sede da Fifa em
Zurique, minutos antes de uma reunião do comitê executivo da entidade.
Os vídeos mencionados por Del Nero seriam relacionados a um curso dado pelo uruguaio Jorge Larrionda, instrutor da Fifa, aos árbitros brasileiros.
Mais lenha
A polêmica cresceu na quarta, 24, depois de o chefe de arbitragem da Fifa, o suíço Massimo Busacca, ter negado em Zurique uma nova orientação sobre o tema. Segundo ele, os árbitros e os auxiliares precisam avaliar se
o gesto do jogador foi ou não intencional ao interromper a jogada com a
mão. "Há um movimento natural de pular e correr, e isso não é falta. A mão faz parte do corpo, não tem como jogar sem ela", disse. Em entrevista à Folha de S.Paulo após a declaração de Busacca, o chefe da
comissão de arbitragem da CBF reiterou a orientação recebida pela Fifa.
Del Nero disse que não conversou com Massimo Busacca sobre o assunto em
Zurique.
A polêmica ganhou fôlego no domingo (21), quando o árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcou pênalti após o são-paulino Antonio Carlos,
em jogo contra o Corinthians, no Itaquerão, tocar com a mão na bola
dentro da área. São-paulinos disseram que o zagueiro não teve intenção
de tocar a mão na bola porque o lance foi rápido, e ele não teve tempo
de reagir para tirar a mão da trajetória da bola.
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