História
Russas é uma das únicas cidades do sertão do Ceará, que originou-se de fortificação militar e localiza-se dentro do então território dos índios Potiguara, Paiacu, Tapairiu, Panati, Ico, Ariu . A região começou a ser colonizada por Portugueses e seus descendentes oriundos da Bahia e Pernambuco em meados de 1690, .
No século XVII os índios da região fizeram grande resistência à invasão dos portugueses e suas iniciativas econômicas. Era a chamada Guerra dos Bárbaros. Diante deste cenário é construído em 1701, a primeira fortificação militar no sertão cearense, o Forte Real de São Francisco Xavier da Ribeira do Jaguaribe. Este
núcleo militar, que segurava 150 currais de gado, foi o início de
Russas, que depois consolidou-se como entreposto dos vaqueiros que
traziam gado do interior para vender no porto de Aracati, na época do ciclo da carne de charque. Esses e outros visitantes que passavam pela cidade viam de longe pedras de cor ruça e criaram o termo terra das pedras ou terra das éguas ruças.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário começou a ser construída em 1707,
por doação de sesmaria, sendo a mais antiga do estado. O rei de
Portugal encarregou da definição do terreno o desembargador Cristóvão
Soares Reimão. Este demarcou as terras perto do antigo Forte que
sucumbiu ao tempo e aos ataques do bravio índio jaguaribano, que apesar
de aguerrido, foi sumariamente desaparecendo ou sendo assimilado nas
fazendas de criar.
Desde o século XVIII a população da ribeira do jaguaribe aspirava por autonomia política. A 15 de junho de 1801, o governador da Capitania do Ceará, Bernardo Manuel de Vasconcelos, ordenou ao ouvidor Manuel Leocádio Rademaker que transformasse em vila a povoação de Sítio Igreja das Russas, que ficou conhecida como São Bernardo das Russas. A vila foi instalada em6 de agosto daquele ano. A cidade teve, contudo, a primeira oportunidade de ser elevada a vila em 1766, durante o governo do ministro português Marquês de Pombal.
A
cidade logo se tornou o centro para onde convergia toda região
jaguaribana. Assim foi primeiramente o núcleo militar (com a Fortaleza
de São Francisco Xavier que segurava 150 currais), centro religioso (com
a construção da Matriz de Nossa Senhora do Rosário de Russas). Depois
centro econômico (com forte comércio), político e administrativo cujo
território englobaria hoje cerca de 17 cidades.
Origem
O topônomio Russas tem sido alvo de discussão de muitos estudiosos do Ceará, Podendo ter sido originado pela:
- Cor das éguas de
um velho fazendeiro chamado Zacarias do Pedro Ribeiro nos primeiros anos
do povoamento, que possuía éguas cobiçadas e vistosas éguas de cor
ruça. Os animais se destacavam pela uniformidade de sua cor encarnada,
sendo batizadas de éguas russas (embranquecidas). Está é a versão mais
popular.
- Existência local
de algumas pedras brancas de granito, com partes pintadas de tinta
vermelha. Vistas de longe, se assemelham às éguas russas. Está é a
versão segundo pesquisadores da História.
- Reminiscência
sentimental de alguma família pernambucana que se estabeleceu nesta zona
e teria dado ao local o nome da sua terra de origem, uma serra com o
mesmo nome, localizada no nordeste de Pernambuco.
Originalmente chamou-se Santo Antônio do Ouvidor, depois Sítio Igreja das Russas, São Bernardo do Governador,São Bernardo de Russas e desde 1938, Russas
Lista dos prefeitos de Russas por ordem cronológica
1º - Prefeito - Francisco Ferreira de Araújo Lima, permaneceu no cargo apenas por dois anos, de 1916 a 1918.
2º
- Prefeito - Felipe José de Santiago Lima, permaneceu no cargo apenas
por dois anos, de 1919 a 1921. Sendo o último da série de Prefeitos
nomeados.
3º
- Prefeito - Dr. José Ramalho de Alarcon e Santiago, assumiu o cargo em
1921 e permaneceu até 1929, como resultado da primeira eleição por
sufrágio direto.
4º - Prefeito - João Maciel Pereira, de 1929 a 1930.
5º - Prefeito - João de Deus, de 15 de março de 1947 a 15 de março de 1951.
6º - Prefeito - Raimundo Maciel Pereira, de 195l a 1955.
7º - Prefeito - Dr. Eliseu Ferreira Lima, de 25 de março de 1955 a 25 de março de 1959.
8º - Prefeito - Gerardo Matoso de Oliveira, de 25 de março de 1959 a 25 de março de 1963.
9º - Prefeito - João de Deus, (segundo mandato) de 25 de março de 1963 a 25 de março de 1967.
10º - Prefeito - Dr. José Martins de Santiago, de 25 de março de 1967 a 25 de março de 1971.
11º - Prefeito - Pedro Maia Rocha, de 25 de março de 1971 a 3l de março de 1973.
12º - Prefeito - Aurino Estácio de Sousa, de 3l de janeiro de 1973 a 3l de janeiro de 1977.
13º - Prefeito - Dr. José Martins de Santiago, de 31 de janeiro de 1977 a 31 de janeiro de 1982.
14º - Prefeito - Dr. Zilzo Leandro Evangelista , de 1 de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988.
15º - Prefeito - Dr. Francisco de Assis Bezerra Nunes, de janeiro de 1989 a dezembro de 1992.
16° - Prefeito - Francisco Agaci Fernandes da Silva, de 1 de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996.
17º - Prefeito - Raimundo Weber de Araújo, de 1 de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2004.
18° - Prefeito - Raimundo Cordeiro de Freitas, de 1 de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2012.
19º - Prefeito - Raimundo Weber de Araújo, de 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016.
Hino de Russas
Letra: Irmã da Graça
Música: Pe. Pedro de Alcântara
I
Hoje, ó Russas, teus filhos te cantam
Seu amor, vivo forte em ação
E em teu povo é para sempre que plantam
A justiça e a educação.
Seu amor, vivo forte em ação
E em teu povo é para sempre que plantam
A justiça e a educação.
(Refrão)
Avante, ó Russas
Nas rotas do trabalho e do valor
Semeando a verdade, o amor e paz,
A verdade, amor e paz.
Avante, ó Russas
Nas rotas do trabalho e do valor
Semeando a verdade, o amor e paz,
A verdade, amor e paz.
II
A esperança em tuas culturas
Carnaúba, laranja, algodão
Anuncia colheitas seguras
Dando a todos casa e pão.
Carnaúba, laranja, algodão
Anuncia colheitas seguras
Dando a todos casa e pão.
III
Os anseios que movem seu povo
Tem a fé como a luz a brilhar
E com visões num Brasil livre e novo
Vais marchando sem parar.
Tem a fé como a luz a brilhar
E com visões num Brasil livre e novo
Vais marchando sem parar.
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