quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Redes sociais motivam atos de solidariedade

Casos publicados sensibilizam internautas em prol de causas que podem ajudar um elevado número de pessoas. No Ceará, ganharam força campanhas como
Casos publicados sensibilizam internautas em prol de causas que podem ajudar um elevado número de pessoas. No Ceará, ganharam força campanhas como "Acorda, Laurinha", "Salve a vida do Joaquim" e "Força, Marquinhos"
FOTO: TUNO VIEIRA
As rede sociais não servem somente para manter contato com os amigos e postar fotos, mas também para divulgar atos de solidariedade. Casos como o "Acorda, Laurinha", "Salve a vida do Joaquim" e "Força Marquinhos" acabam sensibilizando os internautas em prol de causas que podem ajudar um grande número de pessoas.
Quando o estudante Marcos Dias Viveiros, 9 anos, começou a apresentar sinais de anemia, seus pais logo ficaram preocupados. Infelizmente, a preocupação aumentou quando ele foi diagnosticado com leucemia, contou o pai do garoto, o advogado Marcos Pimentel de Viveiros. "Foi um impacto muito grande, tanto que perdemos o chão. A doença tem um tratamento longo e muitas vezes incerto. Para os pais que tem um filho saudável é algo bastante impactante".

A ideia de criar a campanha #forçamarquinhos nas redes sociais surgiu quando a família soube da necessidade de um transplante. "Hoje temos um déficit no número de cadastrados para a doação e a compatibilidade dos doadores não é fácil".
Portanto, alerta Viveiros, o Brasil precisa de inúmeros doadores para atender a todos os que precisam, por causa da grande miscigenação do nosso povo. "Todos devem doar para que seja possível achar alguém compatível. É como tentar encontra uma agulha no palheiro".
Ele ainda ressaltou que ficou bastante sensibilizado com o apoio de diversas pessoas, sejam anônimas ou famosas. "Eu e minha família encontramos apoio até mesmo onde não esperávamos. Pessoas que não nos conheciam estão nos ajudando a conseguir doadores", afirmou.
Hemoce
A doação de medula óssea pode ajudar a salvar vidas de pacientes com doenças hematológicas, leucemias, linfomas, entre outras. No Ceará, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) é responsável pela realização do cadastro de doadores.
A coleta começou a ser realizada em 2000. Hoje, são mais de 125 mil inscritos em todo o Estado, no entanto o número é considerado pequeno devido a dificuldade de compatibilidade e o tamanho da população do Ceará. "No Brasil as chances de encontrar um doador compatível fora da família é de 1 para 100 mil, pois temos grande miscigenação", comentou a coordenadora de captação de doadores do Hemoce, Nagela Lima.
Para que seja possível encontrar um doador em qualquer lugar, existe o banco mundial de doadores de medula óssea, que reúne 71 registros de células tronco hematopoiética, em 58 países, e 48 bancos de cordão umbilical em 32 países. Atualmente, estão cadastrados nesse banco mais de 24 milhões de pessoas.
O cadastro para se tornar um doador, destacou Nagela, é feito em todas as unidades do Hemocentro e também nos locais de coleta externa. "A pessoa preenche seus dados pessoais e depois é feita a coleta de 10 ml de sangue. Em pouco tempo isso é resolvido", frisou.
O cadastro de doadores de medula óssea é feito com candidatos de 18 a 55 anos, saudáveis, não diagnosticados com câncer. É preciso apresentar documento de identificação e comprovante de endereço. O voluntário assina termo de consentimento e faz coleta de amostra de sangue. Por ser único, o cadastro precisa ser atualizado sempre que houver alguma alteração de telefone, endereço
Doação de medula
Hemocentro Fortaleza
Avenida José Bastos, 3390. 7h30 às 18h30, de segunda à sexta-feira
8h às 16h, aos sábados
8h às 13h, aos domingos
Tel: (85) 3101.2296
Hemocentro Crato
Rua Coronel Antônio Luís, 1.111.
7h às 17h30min, de segunda à sexta-feira
7h às 11h30, nos sábados
Tel: (88) 3102.1260
Hemocentro Iguatu
Rua Edilson de Melo Távora, s/n.
7h às 17h, de segunda à sexta-feira
Tel: (88) 3581.9409
Hemocentro Quixadá
Francisco Almeida Pinheiro, 2340.
7h às 16h30, de segunda à sexta-feira
7h às 12h e 13h às 16h30min, aos sábados
Tel: (88) 3445.1006
Thiago Rocha
Repórter

Nenhum comentário:

Postar um comentário