O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura
denúncias de irregularidades em contratos da Petrobras, senador José
Pimentel (PT), divulgou, por meio de sua assessoria de imprensa, na
tarde desta segunda-feira, nota em que esclarece pontos sobre a
reportagem da Revista Veja que denunciou, no último final de semana, uma
suposta armação com a antecipação de perguntas para os depoentes que
seriam ouvidos nas investigações.
Segundo a revista, as perguntas foram antecipadas e os depoentes
teriam, também, recebido orientações sobre as respostas que dariam nos
questionamentos feitos pelos senadores. Relator da CPI, José Pimentel se
transformou em alvo da oposição como um dos parlamentares citados na
reportagem.
A oposição chegou a defender a saída de José Pimentel do cargo de
relator, mas o parlamentar petista ignorou as articulações das
lideranças do PSDB, DEM e PPS e saiu com uma nota com pedidos para o
caso seja melhor apurado. Um dos pedidos é para a CPI solicitar, na
íntegra, do vídeo em que ocupantes de cargos de confiança do Palácio do
Planalto, da Petrobras e de assessores parlamentares combinam as
perguntas a serem feitas aos depoentes envolvidos nas denúncias de
fraudes e irregularidades em contratos da empresa petrolífera.
Abaixo, a íntegra da nota enviada a este portal pela assessoria de comunicação do senador José Pimentel.
Nota sobre matéria da Revista Veja Diante da matéria publicada pela
revista Veja (edição de 6/8/2014), a qual levanta suspeita sobre o
funcionamento da CPI da Petrobras, é preciso esclarecer o seguinte: 1)
O Plano de Trabalho da CPI da Petrobras, aprovado, por unanimidade, em
14/5/2014, contém uma relação de perguntas a serem respondidas pelos
depoentes em suas oitivas. 2) O relator não se reuniu e nem orientou o
depoimento dos investigados. 3) As perguntas a cada depoente foram
formuladas com base: a) no Plano de Trabalho aprovado; b) no denso
material resultante da participação dos executivos da Petrobras em
recentes audiências públicas, realizadas pela Câmara dos Deputados e
pelo Senado Federal, dando prioridade a perguntas formuladas pela
oposição nessas audiências; c) na Tomada de Contas Especial do TCU
(inclusive Acórdãos) e em documentos da CGU; e d) nas denúncias
publicadas pelos diversos veículos de imprensa e internet. 4) Na tarde
desta segunda-feira, o relator José Pimentel protocolou dois
requerimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito. O primeiro solicita a
instalação de procedimento de apuração, visando o esclarecimento dos
fatos e, se for o caso, atribuir responsabilidades. O segundo solicita
ao presidente que requeira à revista Veja a íntegra do vídeo que deu
origem à matéria, sob o compromisso de preservação do sigilo. O objetivo
é contribuir com o trabalho da comissão de apuração. 5) A instalação
dos procedimentos acima são fundamentais para o desenvolvimento da CPI,
que tem um trabalho técnico e relevante a apresentar à nação.
Por Marcelo Raulino
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