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| A longo prazo, a administração diária de aspirina pode reduzir significativamente o risco de uma pessoa vir a sofrer de cânceres digestivos |
Mais de cem anos depois de sua comercialização para curar febre e
dores, os benefícios da aspirina, que se estendem à cardiologia, se
confirmam também na prevenção do câncer do tubo digestivo mais comum,
revelou um estudo.
Uma síntese dos dados disponíveis sobre seu
impacto na redução da incidência do câncer e da mortalidade em nível
mundial foi publicada nesta quarta-feira, 6, na revista da Sociedade
Europeia de oncologia médica, a Annals of Oncology.
"O efeito
protetor da aspirina contra certos tipos de câncer era conhecido há
tempos, mas até a realização do nosso estudo, no qual foram analisados
todos os dados disponíveis, era difícil saber se as vantagens de tomar
aspirina eram superiores aos inconvenientes", disse Jack Cuzick, diretor
do Centro para a Prevenção do Câncer do Instituto Wolfson de medicina
preventiva de Londres.
A longo prazo, a administração diária de
aspirina pode reduzir significativamente o risco de uma pessoa vir a
sofrer de cânceres digestivos (colo-retal, estômago e esôfago).
As vantagens do tratamento preventivo, segundo os autores, superam os riscos de sofrer inconvenientes, inclusive sangramentos.
Tomar
aspirina durante 10 anos permitiria, assim, reduzir os casos de câncer
de cólon em 35% e as mortes, em 40%. A aspirina evitaria, ainda, os
cânceres de esôfago em 30% e as mortes por esta causa entre 30% e 35%,
segundo a pesquisa, baseada em mais de 200 estudos clínicos.
Para
se beneficiar destes efeitos da aspirina, é necessário tomar uma dose
diária de 75-100 mg durante pelo menos cinco anos e provavelmente
durante 10 anos, entre os 50 e os 65 anos, de acordo com o estudo.
AFP

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