terça-feira, 26 de agosto de 2014

30,5% dos 'hortifruti' na Ceasa estão mais caros

A manga tommy atkins foi o segundo produto com maior reajuste (44,4%). O quilo da fruta era vendido por R$ 1,80 e agora custa R$ 2,60
A manga tommy atkins foi o segundo produto com maior reajuste (44,4%). O quilo da fruta era vendido por R$ 1,80 e agora custa R$ 2,60
Foto: JULIANA VASQUEZ
Grande parte das mercadorias comercializadas na Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa), em Maracanaú, ficou mais cara neste mês em relação a julho. Dos 85 itens pesquisados pela unidade na semana passada, 26 ou 30,5% registraram alta nos preços. Limão, manga, mamão, pepino, batata doce, cebola, vagem, carnes bovina e suína estão entre os produtos com maior reajuste. A situação força o consumidor final a comprar em menores quantidades.
O preço da vagem foi o que apresentou a maior variação (53,8%). Em julho, a caixa com 10 kg do produto custava R$ 13, preço que saltou para R$ 20 neste mês. Em seguida, vem a manga tommy atkins, com reajuste de 44,4%. O quilo da fruta era vendido por R$ 1,80 e agora custa R$ 2,60. Depois, aparece o pepino pera, cujo preço da caixa com 25 kg saiu de R$ 15 para R$ 20, uma alta de 33,3%. O valor do limão galego grande (caixa com 25 kg) subiu 33,3%, passando de R$ 45 para R$ 60.
Conforme explica o chefe da Unidade de Informação de Mercado Agrícola da Ceasa, Odálio Girão, a falta de chuva nas principais áreas produtoras do Ceará e da região Nordeste ainda é o principal motivo pela alta nos preços de diversos produtos.

Impactos da estiagem
A região da Serra da Ibiapaba - onde a produção de vagem e pepino costuma ser representativa - vem sentindo os impactos da estiagem. O mesmo problema acontece no Vale do Jaguaribe, mais precisamente nos municípios de Limoeiro do Norte e Quixeré, de onde é trazida boa parte dos limões vendidos na Ceasa. "Ainda por conta da falta de chuva no Ceará, estamos dependendo de outros estados do Nordeste ou até de outras regiões do País para atender à demanda. Estamos comprando o limão, por exemplo, de Pernambuco, Bahia e até São Paulo".
Com relação à manga, cujos principais produtores estão no Vale do São Francisco, como Pernambuco, ele informa que a fruta ficou mais cara na Ceasa porque a colheita está sendo menor.
Redução
Dos 85 produtos pesquisados pela Ceasa, 22 (25,8%) ficaram mais baratos neste mês em relação a julho. Ameixa fresca, banana pacovan, caju, melão japonês, abobrinha italiana, cebolinha e coentro estão entre os itens que mais sofreram redução nos preços. O valor do caju (caixa com 150/200 unidades) foi o que mais caiu, saindo de R$ 35 para R$ 25, redução de 28,5%. A ameixa (caixa com 10 kg) ficou 19% mais barata, passando de R$ 105 para R$ 85. Já a cebolinha e o coentro tiveram queda de 25%. O preço do molho das duas hortaliças foi de R$ 0,20 para R$ 0,15.
Banana prata
A banana prata está entre as 37 mercadorias (43,5%) que ficaram com os preços estáveis na comparação com o último mês. O cento da fruta está sendo comercializado por R$ 18. O valor, porém, é considerado elevado para a época. "Estamos em época de safra do Maciço de Baturité, mas as chuvas não foram tão boas na região. Neste período, o cento da banana costuma valer R$ 12, ou seja, o produto está 50% mais caro", destaca Odálio Girão. "No geral, o consumidor final já deu uma freada nas compras, passou a pesquisar mais e a comprar em menor quantidade", complementa.
Segundo o balanço, os preços do abacaxi médio, coco verde, laranja pera, melancia, além de outros, não foram alterados.
Raone Saraiva
Repórter

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