O Senado aprovou nesta quarta-feira (16) projeto que
regulamenta a atuação de guardas municipais do país, com a liberação
para que tenham poder de polícia e porte de arma - que segue restrições
previstas pela legislação. O texto segue agora para sanção da presidente
Dilma Rousseff.
Os guardas deixam de ter a função apenas de zelar pelo patrimônio
público e passam a ter poderes de atuação na "preservação da vida",
coibindo crimes. Embora seja necessária uma mudança na Constituição para
efetivar o poder de polícia aos guardas municipais, o estatuto abre
caminho para que isso ocorra na prática. Em algumas capitais do país, a
categoria já atua com essa função.
Pela proposta, os guardas terão atribuições como conduzir a delegacias
pessoas que tenham cometido delitos e garantir o atendimento de
"ocorrências emergenciais".
O porte de armas aos guardas municipais já é previsto pelo Estatuto do Desarmamento,
mas a categoria terá que manter as regras estabelecidas na lei - que só
autoriza o porte de armas letais em capitais ou cidades com mais de 500 mil habitantes, inclusive fora do horário de trabalho.
Em municípios com população entre 50 e 500 mil habitantes, as armas de fogo são permitidas apenas no horário de serviço.
Lei Nacional irá substituir trabalho dos municípios
O projeto também universaliza a atuação dos guardas no país,
transferindo para uma lei nacional a regulamentação da categoria, que
não ficará mais a cargo de cada município. Os profissionais ficam
sujeitos a um código de conduta próprio, com plano de cargos e salários,
e os municípios terão que viabilizar a criação de corregedorias e
ouvidorias.
Pela proposta, as guardas municipais devem ter um efetivo de acordo com
o tamanho da população de cada cidade. Os profissionais também terão
que ser submetidos a treinamentos específicos para o exercício da
função.
Relatora do projeto, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que a
aprovação da proposta é fundamental para padronizar princípios da
categoria em todo o país. "Em muitos países os guardas municipais são
importante instrumento para se somar às ações de segurança pública. O
novo conceito ampara e dá segurança jurídica para a atividade policial
dos guardas municipais.
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