quinta-feira, 10 de julho de 2014

PMDB ainda não sabe como lidar com infiéis

O deputado estadual Carlomano Marques, um dos presentes ao almoço com Camilo Santana.

Os dirigentes regionais do PMDB ainda não sabem como administrar os casos de infidelidade de militantes que decidiram ignorar a candidatura do senador Eunício Oliveira ao Governo do Estado e desembarcaram na campanha do adversário Camilo Santana, da coligação puxada pelo PT e PROS. O caso mais recente de infidelidade é do deputado estadual Carlomano Marques, um dos presentes ao almoço com Camilo Santana.
Carlomano exerce o quinto mandato consecutivo, é irmão da vereadora Magaly Marques e, nas eleições de 2012, enfrentou duros conflitos com o comando estadual do PMDB. Carlomano sentiu de perto a ameaça da irmã não ser reeleita à Câmara Municipal de Fortaleza porque os dirigentes regionais contrariaram o sentimento da bancada municipal na discussão sobre alianças partidárias.
A infidelidade não termina por aí: o primeiro caso, no dia das convenções do PMDB e do PROS, foi do prefeito de Santa Quitéria, Fabiano Lobo, que optou por prestigiar o lançamento da candidatura do petista Camilo Santana ao Governo do Estado. No mesmo evento, estava outro peemedebista: o deputado estadual Neto Nunes,  presente, também, ao encontro com Camilo, nessa quarta-feira, em Fortaleza.
A cúpula estadual do PMDB, orientada pelo senador Eunício Oliveira, avalia interna como lidar com os infiéis, mas a recomendação é no sentido de não abrir conflito. ‘’Vivemos um dilema. Se punirmos, podemos criar uma crise ainda maior. Se não punirmos, deixamos a porteira aberta para outros casos de infidelidade’’, confessou, sem esconder o constrangimento, um integrante da direção estadual do PMDB.
Por Antonio Cardoso
Cearaagora 

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