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| Fac-símile da notícia sobre decisões do TRE em que foram impugnadas alguns candidatos que acabaram disputando o pleito e sendo eleitos para o Legislativo |
O resgate da relação de pedidos de impugnação feitos pelo Ministério
Público Eleitoral (MPE) aos registros de candidatura de 2010 aponta para
a falta de garantia que as candidaturas ameaçadas pelo Procuradoria
Regional Eleitoral em 2014 sofrerão realmente alguma restrição no pleito
deste ano.
Naquele período, o Ministério Público chegou a impugnar 43 pedidos de
registro, mas apenas 29 nomes foram impedidos, num primeiro momento, de
participarem das eleições.
A maioria dos candidatos que estava impedido de participarem do pleito
ainda conseguiu, em decisões judiciais posteriores, que seus votos
fossem computados. Os parlamentares Dedé Teixeira (PT), Sineval Roque
(PROS), Neto Nunes (PMDB) e Bethrose (PRP) tiveram os registros de
candidatura indeferidos, mas acabaram eleitos e com o direito de
assumirem as vagas. Já Nenem Coelho (PSD) e Perboyre Diógenes (PSL), que
também estavam impugnados, garantiram suplências.
Na disputa dos cargos de deputado federal, não foi muito diferente. O
deputado Manoel Salviano (PSD) teve o registro indeferido, mas terminou
obtendo o direito de cumprir o mandato. Outros nomes que garantiram
vagas como suplentes na Câmara dos Deputados após reverterem o
indeferimento dos registros foram Eugênio Rabelo (PP), e Ilário Marques
(PT).
Os mesmos
A atual lista de impugnações solicitadas pelo Ministério Público
Eleitoral (MPE) conta com seis candidatos que também fizeram parte da
relação apresenta pela Procuradoria Regional Eleitoral antes das
eleições de 2010. Ana Paula Cruz (PHS), Carlomano Marques (PMDB), Dedé
Teixeira (PT), Eugênio Rabelo, Carlos Macedo (PSB) e Sineval Roque
(PROS) passarão pelo mesmo processo registrado nas eleições gerais de
2010.
Desse total, apenas três candidatos voltaram a ter seus registros
questionados por razões diferentes das de 2010. Há 4 anos, Carlomano
Marques teve sua candidatura questionada por causa de uma condenação no
Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, mas o registro do
parlamentar acabou deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral. Em 2014, a
candidatura de Carlomano Marques está sendo ameaçada por causa de uma
condenação motivada por captação ilícita de sufrágio.
Já o deputado Sineval Roque teve seu pedido de registro impugnado,
neste ano, por ter sido alvo de condenação proferida por razão de
doações acima do limite legal feitas por empresa que ele dirige. Há
quatro anos, a candidatura do parlamentar foi questionada por ter tido
as contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas dos Municípios
(TCM) durante o período em que era prefeito de Antonina do Norte. O
Supremo Tribunal anulou a decisão do TCM
Em 2010, Eugênio Rabelo teve sua candidatura impugnada também por ter
tido as contas desaprovadas pelo TCM durante o período em que foi
prefeito de Ibicuitinga. Já neste ano, o Ministério Público Eleitoral se
baseou numa decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região que
suspendeu os direitos políticos do candidato.
Ana Paula Cruz, Dedé Teixeira e Carlos Macedo voltaram a ter ações de
impugnação de registro das candidaturas por estarem na lista de fichas
sujas do TCM por causa de contas desaprovadas durante a época em que
eram gestores, mas os três conseguiram participar das eleições daquele
ano.
De acordo com o Ministério Público Eleitoral, os pedidos de impugnações
em 2014 atingiram um menor número de candidaturas se comparadas as de
2010, porque alguns candidatos nem fizeram o pedido de registro. O
deputado estadual Neto Nunes, por exemplo, poderia ser mais um a estar
nas duas relações, mas ele não participará do pleito deste ano.

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