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O Departamento de Comércio dos EUA calcula que 768 mil
brasileiros visitaram Orlando, em 2013, sendo o grupo mais numeroso de
estrangeiros Foto: reuters
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Nova York. Pelo menos 42 funcionários da Disney em
Orlando e outros parques na Flórida foram detidos suspeitos de crimes
sexuais envolvendo menores ou posse de pornografia infantil desde 2006. O
levantamento foi feito pela rede de TV CNN, com base em dados da
polícia local.
Dos suspeitos, 35 trabalhavam em dependências da Disney, em funções
como guia e operador de atrações, ou ainda em lojas de suvenir, na
segurança e na manutenção. Cinco eram funcionários dos parques da
Universal Studios e outros dois, no SeaWorld.
Segundo os registros, nenhuma das vítimas era de visitantes dos
parques. Dois casos de posse de pornografia, no entanto, teriam ocorrido
em instalações da Disney. Dos detidos, 32 já foram condenados. Os
outros respondem a processo.
Acusados
Allen Treaster, 40, funcionário do hotel Animal Kingdom Lodge que
trabalhava antes na popular atração do Toy Story, no Hollywood Studios,
foi um dos cinco detidos na última ação da polícia, entre os dias 10 de
junho e 1º de julho. Treaster se apresentou, na internet, como "ursão de
pelúcia para jovens caçadores" e trocou mensagens com um detetive que
se fez passar por um garoto de 14 anos.
O funcionário, que nos textos dizia buscar "fantasia", primeiro alegou
inocência. Contudo, em interrogatório gravado, confessou ter mantido
relações com um adolescente de 15 anos que conheceu quase um mês antes.
O único acusado que aceitou falar com a CNN foi Robert Kingsolver, 49,
que cuidava da manutenção de brinquedos no Magic Kingdom. Ele alega
inocência. "Minha vida está arruinada. A vida dos meus filhos está
arruinada. Deixei meus pais arrasados por causa de um mau julgamento",
disse.
A porta-voz da Disney Jacquee Wahler disse que a empresa toma "amplas
medidas" para conter esse tipo de caso, como checagem de antecedentes
criminais. Segundo ela, os números são parcela ínfima dos 300 mil
funcionários da Disney.
O porta-voz do Universal, Tom Schroder, disse que a empresa tem
"tolerância zero" com esse tipo de atividade. O SeaWorld disse manter
"políticas e procedimentos" para evitar esse tipo de caso.
"Por que as pessoas trabalham na Disney? Porque querem um emprego bom e
estável numa grande companhia, mas sempre haverá um pequeno grupo que
está lá porque quer ver crianças", disse o xerife do condado de Polk,
Grady Judd, à CNN.
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, 768 mil brasileiros
visitaram a cidade de Orlando (onde está o Walt Disney World's), em
2013, o grupo mais numeroso de estrangeiros.

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