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| Foto: Divulgação |
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marín, confirmou o que já era esperado: Dunga retorna ao comando da Seleção Brasileira.
O ex-volante volta a comandar a equipe canarinha após quatro anos da
sua primeira passagem, entre 2006 e 2010, que terminou na derrota contra
a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010. O novo coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi,
fez a apresentação do treinador e ressaltou que a entidade está visando
um trabalho a longo prazo. "Vamos receber críticas, mas vocês vão
entender mais a frente", ressaltou o dirigente.
O treinador iniciou o seu discurso afirmando que irá buscar trabalhar
junto às categorias de base e que o planejamento é o grande trufo da sua
contratação. " É importante o talento, mas o planejamento também é
muito importante. Vamos trabalhar em conjunto com as seleções de base",
disse Dunga, confirmando que o treinador da equipe nas Olimpíadas de
2016 é Alexandre Gallo.
Questionado acerca do motivo que fez a CBF o contratar, o treinador
afirmou que os "números" que motivaram o seu retorno. "Os meus números
me trouxeram de volta. Não acredito em injustiça (na primeira saída),
tanto que estou aqui de volta. Fico feliz que a CBF confia no meu
trabalho", avaliou Dunga, que teve cerca de 76% de aproveitamento na primeira passagem.
O técnico também reavaliou a primeira vez que comandou a Seleção e
ressaltou que buscará melhorar o contato com a imprensa. "Sei que tenho
que melhorar muito o contato com vocês, jornalistas. Na primeira
passagem, foquei muito mais no trabalho dentro de campo, e tenho que
melhorar o contato com a imprensa, e trabalhei para aprimorar isso",
disse.
"Temos que trabalhar para estar entre as melhores"
Dunga avaliou que a Seleção não está mais entre as melhores do mundo,
mas tem capacidade para retomar esse posto. "Eu não vou vender um
sonho, mas sim uma realidade. Nós não somos mais os melhores, e sim já
fomos os melhores. Mas temos a capacidade de resgatar isso. Temos que
trabalhar arduamente para conquistar o direito de estar entre os
melhores do mundo", disse o treinador.
Mescla de elenco
Na convocação para a Copa de 2010, Dunga preferiu levar uma equipe
experiente, com alta média de idade. Para 2018, o treinador pretende
fazer uma mescla. "Essa seleção (qiue jogou em 2014) é bastante jovem. O
importante é você colocar no momento certo jogadores jovens e com certa
experiência. No caminho você tem que ter o resultado e aos poucos ir
colocando jogadores", afirmou Dunga.
Acerca da rejeição da torcida, o comandante brasileiro
disse que irá se apegar na porcentagem que o apoia, buscando conquistar
os demais torcedores no decorrer da preparação. "Tenho que buscar força
e energia nos 20 e poucos por cento que tenho ao meu favor, e
conquistar o restante com muito trabalho", afirmou. "Eu acredito muito
no torcedor brasileiro, no carinho que o torcedor tem pela Seleção
Brasileira. Não sinto essa tamanha rejeição pelo o que está se falando
por onde eu passo. Minha meta é mudar a maneira das pessoas pensarem a
meu respeito", completou.
Dunga finalizou a entrevista coletiva com um pensamento que deve nortear o seu trabalho: "o treinador tem que tirar o melhor da individualidade de cada jogador para o coletivo".

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