As urnas eletrônicas que conhecemos hoje já passaram por várias mudanças. A primeira máquina de votar
foi criada em 1958 por Sócrates Puntel e usava teclas e duas réguas,
onde a pessoa indicava os cargos dos candidatos. A máquina era tão
difícil de ser manuseada que sequer foi adotada pela Justiça Eleitoral.
Após várias tentativas de urnas eletrônicas, o modelo ideal foi
apresentado em 1996 e é o mesmo usado atualmente. O equipamento já
sofreu diversas alterações, como teclado novo, sistema de áudio para deficientes visuais, impressor externo e leitor biométrico.
As cédulas
Bem antes do surgimento das urnas que usamos atualmente, a única
maneira de votar era com as cédulas de votação. Também existiram métodos
mais diferentes, como o voto cantado que deveria ser transcito por escrivões ou o uso de santinhos.
Segundo o cientista político Josênio Parente, as cédulas tiverem
diversas mudanças significativas. "Na década de 30, ela era chamada de
bico de pena. Os coronéis sabiam em quem as pessoas votavam e ficava
tudo em aberto. Depois dessa época, o voto ficou mais confidencial.
Apesar disso, ainda existiam transgressões, como por exemplo utilizar o
nome de pessoas que já morreram", afirma.
Urna eletrônica
A urna eletrônica, que surgiu em 1996, ainda não era adotada em todo o
país, e somente 57 municípios utilizavam o equipamento. Já em 2000, o
Brasil inteiro passou a utilizá-la e o número de votos em branco caiu drasticamente, pois antigamente algumas cédulas eram anuladas por erros de escrita.
Para o cientista político Josênio Parente, a urna eletrônica foi um
grande avanço para o País. "O Brasil precisava disso para ter uma
democracia representativa. Agora as pessoas podem confiar que o sistema
não vai distorcer os resultados", explica.

Arte: Felipe Belarmino. Fotos: Tribunal Superior Eleitoral/Arquivo do Diário do Nordeste
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