O vice-presidente, que pretende ser indicado para compor a chapa com a petista, se mostrou otimista sobre o resultado da convenção do PMDB
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São Paulo. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) minimizou ontem as atuais dissidências locais em seu partido e disse não acreditar em rompimento da aliança nacional com a presidente Dilma Rousseff e com o PT. "Não creio. Eu vou esperar, naturalmente, a convenção. Ela é soberana, o que ela decidir, acompanharei. Mas eu não creio que haja que uma distensão muito grande na convenção", disse após palestra a empresários do setor imobiliário.
Temer, que pretende ser mais uma vez indicado pelo partido para ser companheiro de chapa da petista, se mostrou otimista sobre o resultado da convenção do partido, que acontece em 10 de junho. "O partido vai sair fortalecido (da convenção). Eu compreenderei as eventuais dissidências que se verificarem no PMDB porque não é em relação ao PMDB nacional ou à minha figura como vice-presidente, são locais", afirmou Temer.
Divergências
Segundo ele, esse tipo de divergência sempre existiu no partido. "Sempre administrei essas divergências e continuarei administrando. Mesmo em Estados em que é absolutamente impossível uma aliança do PMDB com o PT, os companheiros delegados virão à convenção para votar no meu nome. Eles têm a ideia de uma unidade peemedebista na área nacional", minimizou.
Reportagem da Folha de S.Paulo de ontem mostrou que Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), adversários de Dilma, têm estimulado dissidências peemedebistas mirando a aliança nacional do partido com o PT, o que garante larga vantagem a Dilma no horário eleitoral na TV. Na convenção, será votada a manutenção da aliança.
Na fala aos empresários, Temer defendeu políticas dos governos petistas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida e disse que não há motivo para pessimismo no Brasil.
O vice-presidente disse acreditar que não haverá grandes diferenças nos resultados econômicos de acordo com o resultado das eleições. "Quem quer que seja eleito - claro que esperamos que sejamos nós- e mais uns anos e vocês verão que não havia razão para pessimismo".
Questionado se a divisão interna poderia atrapalhar o envolvimento do partido na campanha, Temer minimizou o problema. "Eu acho que vai (dividido para a eleição), mas vai com uma divisão menor do que aquela que existiu em 2010", disse.
Sobre o lançamento ontem no Rio, do acordo "Aezão", em que peemedebistas apoiarão a candidatura de Aécio, Temer preferiu ressaltar que as principais lideranças do Estado, como Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, estarão com Dilma Rousseff.
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