segunda-feira, 16 de junho de 2014

STF vai decidir na semana sobre mudança nos tamanhos das bancadas

Dias Tofolli, presidente do TSE, aguarda decisão dos colegas do STF para definição de bancadas
Dias Tofolli, presidente do TSE, aguarda decisão dos colegas do STF para definição de bancadas

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento das ações que contestam a resolução da Justiça Eleitoral que muda o número de deputados de 13 estados na Câmara. Após a leitura dos relatórios dos ministros relatores e as manifestações da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República, houve consenso para que os votos sejam conhecidos apenas na próxima sessão.

O ministro do Supremo e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, afirmou que vai aguardar a decisão do STF para aplicar a decisão nas eleições de outubro. “O Supremo vai tomar a decisão antes do fim do prazo das convenções (30 de junho) e a tempo de os partidos adequarem eventualmente o número de candidatos que vão ser lançados, de acordo com o número de parlamentares vai ter. Então, vamos aguardar a decisão do Supremo”, explicou.

A polêmica sobre a mudança na composição das bancadas dos estados na Câmara começou após uma decisão do TSE, em abril do ano passado, ao julgar recurso apresentado pela Assembleia Legislativa do Amazonas. A alegação é que a representação do estado na Câmara não condizia com o número de habitantes, pois tinha como referência censo defasado.
 
Ceará ganha
Conforme a decisão do tribunal, perderão uma cadeira Alagoas e Pernambuco, do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Ficarão sem duas cadeiras a Paraíba e o Piauí. Ganharão uma cadeira o Amazonas e Santa Catarina; duas cadeiras, o Ceará e Minas Gerais. O maior beneficiado é o Pará, com mais quatro deputados.

A nova composição das bancadas foi definida de acordo com o Censo de 2010. Os cálculos levam em conta a população do estado e a quantidade mínima (8) e máxima (70) de parlamentares permitidos por lei para uma unidade da Federação, além do quesito de proporcionalidade exigido pela Constituição.

No entanto, em novembro de 2013, a Câmara dos Deputados aprovou Decreto Legislativo que anulou a resolução do tribunal sobre o número de deputados de cada estado. Ao retomar o julgamento da questão, na semana passada, os ministros do TSE decidiram derrubar o decreto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário