Dias Tofolli, presidente do TSE, aguarda decisão dos colegas do STF para definição de bancadas |
O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento das ações que
contestam a resolução da Justiça Eleitoral que muda o número de
deputados de 13 estados na Câmara. Após a leitura dos relatórios dos
ministros relatores e as manifestações da Advocacia-Geral da União e da
Procuradoria-Geral da República, houve consenso para que os votos sejam
conhecidos apenas na próxima sessão.
O ministro do
Supremo e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli,
afirmou que vai aguardar a decisão do STF para aplicar a decisão nas
eleições de outubro. “O Supremo vai tomar a decisão antes do fim do
prazo das convenções (30 de junho) e a tempo de os partidos adequarem
eventualmente o número de candidatos que vão ser lançados, de acordo com
o número de parlamentares vai ter. Então, vamos aguardar a decisão do
Supremo”, explicou.
A polêmica sobre a mudança na composição
das bancadas dos estados na Câmara começou após uma decisão do TSE, em
abril do ano passado, ao julgar recurso apresentado pela Assembleia
Legislativa do Amazonas. A alegação é que a representação do estado na
Câmara não condizia com o número de habitantes, pois tinha como
referência censo defasado.
Ceará ganha
Conforme
a decisão do tribunal, perderão uma cadeira Alagoas e Pernambuco, do
Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Ficarão sem
duas cadeiras a Paraíba e o Piauí. Ganharão uma cadeira o Amazonas e
Santa Catarina; duas cadeiras, o Ceará e Minas Gerais. O maior
beneficiado é o Pará, com mais quatro deputados.
A nova
composição das bancadas foi definida de acordo com o Censo de 2010. Os
cálculos levam em conta a população do estado e a quantidade mínima (8) e
máxima (70) de parlamentares permitidos por lei para uma unidade da
Federação, além do quesito de proporcionalidade exigido pela
Constituição.
No entanto, em novembro de 2013, a Câmara dos
Deputados aprovou Decreto Legislativo que anulou a resolução do tribunal
sobre o número de deputados de cada estado. Ao retomar o julgamento da
questão, na semana passada, os ministros do TSE decidiram derrubar o
decreto.
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