O
governador Cid Gomes (Pros) minimizou as declarações do vice-prefeito
de Fortaleza, Gaudencio Lucena (PMDB), sobre as articulações políticas
para as eleições deste ano e garantiu que trabalha para dar continuidade
à aliança com os partidos que formam sua base de sustentação. “Se ele
[Gaudencio] considera rompido, ainda não fui comunicado. Vou me esforçar
até o último dia, até o limite do prazo, para manter a aliança”, disse o
governador à imprensa durante inauguração de uma nova Agência do Banco
do Nordeste (BNB), acrescentando que o senador Eunício Oliveira (PMDB)
nunca lhe deu prazo para decidir sobre o apoio à candidatura do PMDB.
Como
o jornal O Estado mostrou, Gaudencio disse que “a parceria foi boa,
enquanto durou”, ao ser questionado sobre a aliança com Cid Gomes. O
PMDB tinha entendimento que esperaria até 30 de abril pelo apoio de Cid à
candidatura da legenda na disputa pelo Palácio da Abolição.
Ainda
sobre o assunto, Cid Gomes afirmou que não definirá nomes fora do prazo
estabelecido pela legislação eleitoral, entre 10 a 30 de junho, quando
acontecem as convenções partidárias. Antes disso, ele discutirá e
planejará um conjunto de propostas a serem apresentadas ao eleitorado
cearense, procurando manter a aliança. “Essa será a forma que irei
conduzir [o processo]”, disse.
Para Cid, a atual base governista tem que ser mantida para beneficiar o Ceará.
Assim
como o secretário de Saúde do Estado, Ciro Gomes, o governador disse
que, no manual da política, a oposição deve iniciar a disputa e divulgar
os candidatos. “Quem começa a campanha é a oposição. Vou deixar que
definam, para que, em função disso, tenhamos estratégias eleitorais”,
disse.
O governador enfatizou, ainda, que precisa vencer desafios: realizar as articulações em etapas e, por último, discutir nomes.
COM DILMA
Cid
ainda comentou, pela primeira vez, o encontro com a presidente Dilma
Rousseff, no início desta semana. No encontro - do qual também
participaram o secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes; o ministro da
Casa Civil, Aloizio Mercadante; e o ministro das Relações
Institucionais, Ricardo Bezoini - um dos assuntos debatidos teria sido a
articulação sobre a montagem da chapa majoritária para a disputa no
Ceará. O encontro animou os bastidores e gerou diversas versões sobre o
desfecho da conversa.
“A
conversa não se limitou a questões eleitorais ou políticas. A conversa
foi entre a presidente da República e um governador de Estado. Temos uma
pauta de parceria intensa, que vai desde a construção da Refinaria
[Premium II] passando pelo Cinturão da Águas e obras de saneamento
básico e o Minha Casa Minha Vida, dentre outras. Enfim, um conjunto de
ações. Claro, que próximo do momento eleitoral, conversamos sobre isso”,
salientou, ponderando que deixou claro seu apoio à reeleição da petista
e ao processo que conduzirá no Ceará.
SAÚDE
Ainda
durante entrevista, ao ser questionado sobre sua saúde, o governador
Cid Gomes revelou sofrer crises de hipertensão arterial e que para
recuperação tem seguido algumas recomendações médicas, como o uso de
medicação e a prática de exercícios físicos. Ele ainda confidenciou que o
único ponto difícil tem sido “evitar o estresse”, enquanto estiver à
frente da chefia do Palácio da Abolição.
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