domingo, 4 de maio de 2014

“Vou me esforçar até o último dia”, afirma Cid

O governador Cid Gomes (Pros) minimizou as declarações do vice-prefeito de Fortaleza, Gaudencio Lucena (PMDB), sobre as articulações políticas para as eleições deste ano e garantiu que trabalha para dar continuidade à aliança com os partidos que formam sua base de sustentação. “Se ele [Gaudencio] considera rompido, ainda não fui comunicado. Vou me esforçar até o último dia, até o limite do prazo, para manter a aliança”, disse o governador à imprensa durante inauguração de uma nova Agência do Banco do Nordeste (BNB), acrescentando que o senador  Eunício Oliveira (PMDB) nunca lhe deu prazo para decidir sobre o apoio à candidatura do PMDB.
Como o jornal O Estado mostrou, Gaudencio disse que “a parceria foi boa, enquanto durou”, ao ser questionado sobre a aliança com Cid Gomes. O PMDB tinha entendimento que esperaria até 30 de abril pelo apoio de Cid à candidatura da legenda na disputa pelo Palácio da Abolição.
Ainda sobre o assunto, Cid Gomes afirmou que não definirá nomes fora do prazo estabelecido pela legislação eleitoral, entre 10 a 30 de junho, quando acontecem as convenções partidárias. Antes disso, ele discutirá e planejará um conjunto de propostas a serem apresentadas ao eleitorado cearense, procurando manter a aliança. “Essa será a forma que irei conduzir [o processo]”, disse.

Para Cid, a atual base governista tem que ser mantida para beneficiar o Ceará.
Assim como o secretário de Saúde do Estado, Ciro Gomes, o governador disse que, no manual da política, a oposição deve iniciar a disputa e divulgar os candidatos. “Quem começa a campanha é a oposição. Vou deixar que definam, para que, em função disso, tenhamos estratégias eleitorais”, disse.
O governador enfatizou, ainda, que precisa vencer desafios: realizar as articulações em etapas e, por último, discutir nomes.
COM DILMA
Cid ainda comentou, pela primeira vez, o encontro com a presidente Dilma Rousseff, no início desta semana. No encontro - do qual também participaram o secretário da Saúde do Ceará, Ciro Gomes; o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante; e o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Bezoini - um dos assuntos debatidos teria sido a articulação sobre a montagem da chapa majoritária para a disputa no Ceará. O encontro animou os bastidores e gerou diversas versões sobre o desfecho da conversa.
“A conversa não se limitou a questões eleitorais ou políticas. A conversa foi entre a presidente da República e um governador de Estado. Temos uma pauta de parceria intensa, que vai desde a construção da Refinaria [Premium II] passando pelo Cinturão da Águas e obras de saneamento básico e o Minha Casa Minha Vida, dentre outras. Enfim, um conjunto de ações. Claro, que próximo do momento eleitoral, conversamos sobre isso”, salientou, ponderando que deixou claro seu apoio à reeleição da petista e ao processo que conduzirá no Ceará.
SAÚDE
Ainda durante entrevista, ao ser questionado sobre sua saúde, o governador Cid Gomes revelou sofrer crises de hipertensão arterial e que para recuperação tem seguido algumas recomendações médicas, como o uso de medicação e a prática de exercícios físicos. Ele ainda confidenciou que o único ponto difícil tem sido “evitar o estresse”, enquanto estiver à frente da chefia do Palácio da Abolição.

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