Trata-se da maior obra hídrica do País, com investimento no valor total de R$ 8,2 bi
FOTO: CID BARBOSA
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Mauriti. O Projeto de Integração do Rio São Francisco
já conta com todas as etapas de execução 100% contratadas e em
andamento, com previsão de entrega para o próximo ano. Essa perspectiva
de prazo está sendo repassada pelo Governo Federal, por meio do
Ministério da Integração Nacional. No final de março, o ministro
Francisco Teixeira esteve visitando as obras no Cariri, na cidade de
Jati, e disse que o objetivo é concluir o canal até 2015.
Ele foi acompanhado por uma comissão de empresários da Federação das
Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), do Ceará e Rio Grande do Norte.
Nem mesmo com a paralisação na segunda quinzena de março, quando
operários que trabalham no trecho da Meta 3N, antigo lote 06, em
Mauriti, decidiram interromper as atividades alegando atrasos nos
salários, houve registro de prejuízos mais sérios ao andamento das obras
no Ceará.
Atualmente, cerca de 60% das obras do Projeto já foram concluídas e os
dois Canais de Aproximação do Eixo Norte e Leste já estão prontos.
Diversos trechos de obras do Eixo Norte estão em funcionamento 24 horas
por dia, incluindo os municípios Brejo Santo, Jati e Mauriti, no Estado
cearense, e São José das Piranhas, na Paraíba, dando segmento ao canal,
na construção dos 15 quilômetros do túnel Cuncas I, o maior da América
Latina, localizado também em Mauriti, e também nos municípios
pernambucanos de Salgueiro e Cabrobó.
Dentro da Política Nacional de Recursos Hídricos, o Projeto de
Integração do Rio São Francisco é a mais importante iniciativa do
Governo Federal, que tem como objetivo garantir a segurança hídrica para
mais de 390 municípios, dos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio
Grande do Norte, região onde a estiagem acontece frequentemente. Orçado
em R$ 8,2 bilhões, o Projeto prevê recursos de quase R$ 1 bilhão (cerca
de 12% do total) para programas básicos ambientais, em conformidade com
condicionantes do Ibama.
O empreendimento garantirá o abastecimento de água desde grandes
centros urbanos da região, como Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato,
Mossoró, Campina Grande e Caruaru, até centenas de pequenas e médias
cidades inseridas no semiárido e de áreas do Interior do Nordeste,
priorizando a política de desenvolvimento regional sustentável. A obra
beneficiará uma população estimada de 12 milhões de habitantes, em 390
municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do
Norte, além de gerar emprego e promover a inclusão social.
Cinturão das Águas
No Ceará, a redistribuição das águas do São Francisco será feita por
meio do investimento do governo do Estado, no projeto Cinturão das
Águas, beneficiando a produção agrícola em dezenas de municípios,
inclusive no Cariri. As ações no projeto da Transposição vão garantir o
acesso à água para a região Nordeste, que possui 28% da população
brasileira e apenas 3% da disponibilidade de água, o que provoca grande
irregularidade na distribuição dos recursos hídricos, pois o Rio São
Francisco apresenta 70% de toda a oferta regional.
Com a conclusão do canal, será estabelecida a interligação da bacia
hidrográfica do Rio São Francisco com bacias inseridas no Nordeste
Setentrional. Essa interligação vai levar água para consumo humano,
animal da região, beneficiando mais de 12 milhões de pessoas, além de
gerar emprego e promover a inclusão social.
Os trechos em obra do Projeto empregam, atualmente, 10.151
trabalhadores. As bacias beneficiadas pela água do Rio São Francisco
serão: Brígida, Terra Nova, Pajeú, Moxotó e bacias do Agreste, em
Pernambuco; Jaguaribe e Metropolitanas, no Ceará; Apodi e Piranhas-Açu,
no Rio Grande do Norte; Paraíba e Piranhas, na Paraíba.
O projeto estabelece a interligação da bacia hidrográfica do Rio São
Francisco - que apresenta relativa abundância de água (1.850 m³/segundo
de vazão garantida pelo reservatório de Sobradinho) - com bacias
inseridas no Nordeste Setentrional. Essa interligação vai levar água
para consumo humano e animal. A previsão é que sejam recuperados 23
açudes e mais 27 reservatórios sejam construídos, que funcionarão como
pulmões de água para os sistemas de abastecimento do agreste, fornecendo
6 m³ por segundo.
Trata-se da maior obra de infraestrutura hídrica do País e figura entre
as 50 maiores construções de infraestrutura em execução no mundo. A
construção se destaca por executar mais de 470 km de obra linear. A
informação consta na 14ª edição do boletim "Economia Brasileira em
Perspectiva", publicado pelo Ministério da Fazenda. Entre outras 12
obras brasileiras presentes na lista, estão incluídas até as obras dos
estádios para a Copa do Mundo de 2014.
Os trechos em construção do projeto, conta com cerca de 3.140 máquinas
em operação. Trata-se do mais significativo volume de investimentos nas
questões socioambientais e arqueológicas do semiárido setentrional. As
ações desenvolvidas pelos 38 programas ambientais do projeto
possibilitam o conhecimento aprofundado do bioma Caatinga e em diversos
aspectos econômico-sociais e arqueológicos.
Mais informações:
Ministério da Integração Nacional Esplanada dos Ministérios, Bloco E Brasília (DF)
Telefone: (61) 3414.0138 / 0195
Www.Integracao.Gov.Br
Telefone: (61) 3414.0138 / 0195
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Elizângela Santos
Repórter
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