João Melo ao lado de Agenor Neto |
Por Katy Araújo
katy@opovo.com.br
A disputa pelo Palácio da Abolição está provocando desavenças entre
os peemedebistas. A presença do vice-presidente regional do PMDB, Agenor
Neto, e do deputado federal Aníbal Gomes em evento político de apoio à
candidatura de Zezinho Albuquerque (Pros) ao Governo do Estado, em
Acaraú, não agradou a direção estadual do partido, que tem como
pré-candidato ao Executivo o senador Eunício de Oliveira (PMDB).
O
secretário-geral do PMDB, João Melo, avisou que os infiéis não terão
legenda para concorrer nas próximas eleições. “O Agenor Neto é
pré-candidato e se ele realmente quer ser candidato ele terá que apoiar a
candidatura do Eunício (Oliveira). Disso não abrimos mão de jeito
nenhum”, enfatizou.
A postura de João Melo vem causando
mal-estar entre peemedebistas que mostram maior afinidade com a possível
candidatura de Zezinho, um dos nomes do Pros que disputam o apoio do
governador Cid Gomes. Anibal Gomes afirmou que tanto ele quanto Agenor
vêm recebendo ameaças do secretário-geral. “O PMDB está ameaçando a
gente, e ninguém pode se pronunciar. Querem tirar o direito da gente de
escolher nosso candidato. O João Melo não faz outra coisa se não ameaçar
as pessoas. Ele devia ter mais juízo e saber que política não se faz
com ameaça, se faz com diálogo. Nunca vi ameaça construir nada em
política”, atacou.
Apesar das fortes críticas a João Melo,
Anibal diz que ainda não está totalmente decidido sobre quem irá apoiar.
“Ainda vou conversar com o Eunício. Mas, por enquanto, quando a
imprensa me pergunta quem é o melhor candidato, que dê continuidade ao
belíssimo trabalho desenvolvido pelo Cid, que tenha diálogo, direi que o
Zezinho tem essa qualidade”, enfatizou.
Questionado sobre a
presença de dois peemedebistas em um evento político de um nome de outro
partido, Eunício disse não se incomodar com a situação e que todos são
livres para andar onde quiserem. “Não vejo por que me preocupar com
isso. Eu me licenciei da direção do PMDB, então também não tenho como te
dizer qual exatamente a posição do partido. Minha preocupação agora é
com a avaliação final do eleitor”, declarou.
O POVO tentou entrar em contato com Agenor Neto durante toda a tarde de ontem, mas nenhuma das ligações foi atendida. (colaborou Bruno Pontes)
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