O estudante Leonardo Dias do Nascimento está desaparecido desde a última segunda-feira (28). Familiares e amigos realizam campanha nas redes sociais para descobrir o paradeiro do garoto que saiu de casa para ir à escola e não voltou.
A mãe de Leonardo, Teresa Dias, de 70 anos, explicou que a rotina do
filho era igual. Todos os dias a aposentada deixava o garoto na escola,
porém na segunda-feira, Leonardo parecia nervoso e sumiu. "Quando chamei
ele para levar ao colégio os livros estavam em cima da mesa e a porta
aberta. Corri para a escola e perguntei ao vigia se ele havia entrado,
mas ele me disse que não", explicou a mãe aflita.
Dona Tereza esperou dois dias para realizar o Boletim de Ocorrência (B.O.),
pois Leonardo havia dormido na casa de amigos duas vezes, mas no outro
dia voltava para casa. Ela imaginou que o menino voltaria, mas no 4° dia
de espera ela ainda não tem noticias do filho " Ele saía e eu ficava
esperando, de manhã cedinho aparecia", ressaltou.
De acordo com informações do conselheiro tutelar,
Estefânio, foi realizado o B.O. no 12° DP (Conjunto Ceará) e na
Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), mas que a investigação deve
ficar com a Delegacia de Combate à Exploração a Criança e Adolescente (Dececa), que tem como titular a delegada Ivana Timbó.
Ainda de acordo com o conselheiro, há informações de que Leonardo
estava conversando muito por mensagens de SMS e havia colocado senha no
aparelho. A mãe de Leonardo também relatou o fato e disse que o menino
foi visto pela última vez na pracinha da escola, que fica há cerca de
300 metros da residência, conversando com uma garota de bicicleta.
O membro da comissão de Direitos Humanos, vereador
Eulógio Neto, informou que os casos de desaparecimento de crianças
aumentaram mais de 21% em relação ao ano passado e estão se tornando
comuns. "Agora a Justiça já cobra a notificação imediata para que os
órgãos entrem em ação. Anteriormente, a notificação só ocorria 48 horas
após o desaparecimento", explica.
O membro da comissão também lembrou o caso da menina Alanis Maria, que
foi sequestrada, estuprada e morta pelo maníaco Antônio Carlos Xavier, o
'Cassim'. "Após três anos do incidente, a Polícia ainda mostra
despreparo com casos de crianças desaparecida. Foi feito o boletim de
ocorrência e a Polícia ainda não deu resposta. Além disso, ainda existe a
demora para notificar o caso. ", finalizou o membro da comissão de
Direitos Humanos.
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