quinta-feira, 3 de abril de 2014

Papa declara padre José de Anchieta como santo




Padres: Henrique, Júnior e Claudio na capela do Beato Anchieta, na comunidade de Bom Sucesso

Uma noite marcada pela emoção, foi o que viveu os fieis que foram a capela do Beato José de Anchieta, na comunidade de Bom Sucesso, zona rural de Russas, Ceará, inaugurada em 1986.

Nesta quarta (02) aconteceu a missa que marcou a canonização do Beato, o que foi presenciada por centenas de pessoas que lotaram a igreja em homenagem agora ao São José de Anchieta.

A missa foi celebrada pelo pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, Pe. Claudio Lorencini, e concelebrada pelos padres Henrique e Junior.

As homenagens ao Padre Thomáz Henriquez(mentor da capela), Nelson de Matos(Construtor) e ao casal Aderbal e Zina(Doadores do terreno) deram o tom de gratidão de todos os presentes, já que sem estes seria impossível estarem naquele momento vivendo aquele gesto de reconhecimento e merecimento de um instrumento de DEUS chamado José de Anchieta, por parte do Vaticano.


Por coincidência o Padre Claudio, nasceu na cidade de Anchieta, antiga  Reritiba, fundada pelo jesuíta , no Espírito Santo, onde veio a falecer em 1595.

Coube a ele, em sua nova missão em terras russanas celebrar a missa comemorativa a canonização de José de Anchieta, assim como ele, um Jesuíta.  
Era visível a devoção ao Santo José de Anchieta


O papa Francisco oficializou, na manhã desta quinta-feira (03), a canonização do padre José de Anchieta, que se torna assim o terceiro santo brasileiro. Segundo a Rádio Vaticano, canal da Santa Sé, o papa ouviu um relatório sobre a vida e a obra do chamado apóstolo do Brasil e, em seguida, assinou o decreto que reconhece Anchieta como santo. 

"A santidade do grande homem de Deus foi reconhecida", disse o padre César Augusto, vice-postulador da causa que atuou como uma espécie de advogado de defesa da canonização. 

A cerimônia encerra um longo processo de canonização do Vaticano, iniciado em 1597, logo após a morte do jesuíta nascido nas Ilhas Canárias. Anchieta veio para o Brasil em 1553 e participou da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, berço da capital paulista. 

A assinatura do decreto de canonização estava prevista para a quarta-feira (2), mas foi adiada em razão da agenda do papa, segundo o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer. 
Segundo o arcebispo, a demora no processo de Anchieta decorreu da difamação sofrida pelos padres jesuítas no século 18, o que levou à expulsão da ordem do Brasil em 1759. 
Outro entrave para o processo era a falta da comprovação de milagres. Tradicionalmente, são necessários pelo menos dois para que alguém seja declarado santo: um para a beatificação, outro para a canonização. Anchieta não tem nenhum. 
O milagre porém foi dispensado pelo papa Francisco: João Paulo II fez o mesmo quando confirmou a beatificação de Anchieta. "Milagre não é o mais importante. Não é o santo quem faz o milagre, é Deus, por intercessão do homem", disse Scherer ontem. 

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