Padres: Henrique, Júnior e Claudio na capela do Beato Anchieta, na comunidade de Bom Sucesso |
Uma noite marcada pela emoção, foi o que viveu os fieis que foram
a capela do Beato José de Anchieta, na comunidade de Bom Sucesso, zona rural de
Russas, Ceará, inaugurada em 1986.
Nesta quarta (02) aconteceu a missa que marcou a canonização do
Beato, o que foi presenciada por centenas de pessoas que lotaram a igreja em
homenagem agora ao São José de Anchieta.
A missa foi celebrada pelo pároco da Paróquia de Nossa Senhora do
Rosário, Pe. Claudio Lorencini, e concelebrada pelos padres Henrique e Junior.
As homenagens ao Padre Thomáz Henriquez(mentor da capela), Nelson de
Matos(Construtor) e ao casal Aderbal e Zina(Doadores do terreno) deram o tom de
gratidão de todos os presentes, já que sem estes seria impossível estarem
naquele momento vivendo aquele gesto de reconhecimento e merecimento de um instrumento
de DEUS chamado José de Anchieta, por parte do Vaticano.
Por coincidência o Padre Claudio, nasceu na cidade de Anchieta,
antiga Reritiba, fundada pelo jesuíta , no
Espírito Santo, onde veio a falecer em 1595.
Coube a ele, em sua nova missão em terras russanas celebrar a
missa comemorativa a canonização de José de Anchieta, assim como ele, um Jesuíta.
Era visível a devoção ao Santo José de Anchieta |
O papa Francisco oficializou, na manhã desta quinta-feira (03), a
canonização do padre José de Anchieta, que se torna assim o
terceiro santo brasileiro. Segundo a Rádio Vaticano, canal da Santa Sé, o papa
ouviu um relatório sobre a vida e a obra do chamado apóstolo do Brasil e, em
seguida, assinou o decreto que reconhece Anchieta como santo.
"A santidade do grande homem de Deus foi reconhecida",
disse o padre
César Augusto, vice-postulador da causa que atuou como uma
espécie de advogado de defesa da canonização.
A cerimônia encerra um longo processo de canonização do Vaticano,
iniciado em 1597, logo após a morte do jesuíta nascido nas Ilhas Canárias.
Anchieta veio para o Brasil em 1553 e participou da fundação do Colégio de São
Paulo de Piratininga, berço da capital paulista.
A assinatura do decreto de canonização estava prevista para a
quarta-feira (2), mas foi adiada em razão da agenda do papa, segundo o
arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer.
Segundo o arcebispo, a demora no processo de Anchieta decorreu da difamação
sofrida pelos padres jesuítas no século 18, o que levou à expulsão da ordem do
Brasil em 1759. Outro entrave para o processo era a falta da comprovação de milagres. Tradicionalmente, são necessários pelo menos dois para que alguém seja declarado santo: um para a beatificação, outro para a canonização. Anchieta não tem nenhum.
O milagre porém foi dispensado pelo papa Francisco: João Paulo II fez o mesmo quando confirmou a beatificação de Anchieta. "Milagre não é o mais importante. Não é o santo quem faz o milagre, é Deus, por intercessão do homem", disse Scherer ontem.
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