quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Risco de câncer de estômago é maior


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Instituto aponta que em 2014 a expectativa é que ocorram cerca de 576 mil casos novos de câncer. O do tipo de pele não melanoma será o mais incidente
O estudo do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), divulgado ontem, enfoca o risco estimado para o câncer de estômago no Ceará: 17,23 por 100 mil homens (o terceiro maior do País) e 10,43 para mulheres (o maior para o sexo feminino).
O câncer de estômago preocupa mesmo e é mais comum entre os homens do que nas mulheres cearenses, acrescenta o oncologista Luiz Porto. Isso porque as pessoas do sexo masculino comem mais fora de casa e têm menos cuidado com alimentação. O câncer de estômago pode ser causado pela bactéria helycobacter pylori, sendo fatores de riscos a ingestão de alimentos mal conservados e de água não tratada. Também a contaminação pela bactéria pode ocorrer de pessoa para pessoa. "Mas nem todo mundo que apresenta a bactéria vai desenvolver esse tipo de câncer", disse o médico, incluindo entre os fatores de risco o tabagismo e alcoolismo.

A taxa de câncer de estômago apontada pelo Inca para o Nordeste é 10,25 por 100 mil pessoas. Contudo, a incidência do câncer do intestino grosso, também, chama a atenção no Ceará, informa o coordenador Comitê Estadual de Combate ao Câncer.
Acometendo homens e mulheres, essa doença, em muitos casos, têm origem em um hábito da atualidade: comer alimentos com poucas fibras.
No mundo e no Ceará, esclarece Luiz Porto, o câncer de pele ainda é o mais comum, e também é o mais curável, assim é de fácil diagnóstico e registra pouca mortalidade. "Mas é preciso cuidado, sobretudo em pessoas de pele muito clara", recomendou o médico.
Tipos
O Inca aponta que em 2014 a expectativa é de ocorrência de cerca de 576 mil casos novos de câncer. O de pele do tipo não melanoma (182 mil) será o mais incidente, seguido pelos de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).
Sem considerar os casos de câncer de pele não melanoma, estimam-se 204 mil casos novos para eles e 191 mil para elas.
Em homens, os mais incidentes serão, pela ordem, os de próstata, pulmão, cólon e reto, estômago e cavidade oral; e, nas mulheres, os de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e glândula tireoide. "A melhoria das condições de saúde promoveu o controle das doenças infectocontagiosas, elevando a expectativa de vida. Como consequência, aumentou a ocorrência das doenças não transmissíveis (crônicas)", cita o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Cláudio Noronha.

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