Russas. A realidade atual do aumento no número de
câncer de mama vem causando preocupação para autoridades da região e, em
especial, para uma pessoa que já sabe o que é a doença, e que agora
quer ver as mulheres mais conscientes. Foram dez cirurgias em 9 anos de
tratamento, que ela prefere chamar de batalha, que vem vencendo.
Trata-se de Maria do Socorro Rodrigues, conhecida por "Socorro do Peixe
Vivo", uma mulher da comunidade que está à frente de uma mobilização
para organizar um movimento municipal de combate ao câncer de mama.
Socorro Rodrigues já passou por dez cirurgias em 9 anos de tratamento. Agora, ela quer auxiliar outras mulheres a enfrentar a "batalha" FOTO: RICARDO TORRES
Ela busca parcerias para divulgar a necessidade da prevenção deste tipo de câncer. Sua meta é formar um grupo de apoio para ajudar aquelas que necessitam de conforto e força para enfrentar os "delicados momentos de descoberta e tratamento contra a doença".Com isso, ela acredita que tudo poderia ser diferente. "Mais pessoas podem ser orientadas a se engajarem ainda mais na luta contra a doença. O isolamento faz perder as forças para reagir, pois vem a depressão", adverte.
"O que mata não é o câncer, e sim o choque ao saber que você está com a doença". Com essa opinião ela busca informar e orientar que nada na vida está perdido. "Covarde não é quem perde a luta, e sim, quem não teve a coragem de lutar. Eu opinei por viver, e vou lutar até o fim", afirma.
Todos os dias Socorro dedica parte do seu tempo entre os afazeres domésticos e as visitas que faz às pessoas que estão com a doença e em tratamento. Da mesma forma, sempre recebe pessoas em sua casa para conversar.
"Estou sempre disposta a conversar. Não me nego em ajudar, pois sei o quanto é necessário termos por perto alguém que entenda a nossa dor".
Diferente de muitas, ela aprendeu que a vida é feita de escolhas, e que sempre é possível buscar soluções para o melhor tratamento. "Vamos nos preocupar em viver, eu vivo muito feliz. Eu não sei por quanto tempo estarei aqui, mas vou viver os meus dias com muita felicidade, e é isso que tento passar para as pessoas", conta ela.
Decidida, diz que quando soube que deveria tirar a mama, não hesitou. Foi informada numa segunda-feira e já na sexta-feira estava operada. Era apenas o inicio de uma luta que dura até os dias atuais.
Alerta, porém que, o pior de tudo ainda enfrentar o preconceito das pessoas, o que, na sua avaliação, dificulta o tratamento. "As mulheres escondem a doença. A falta de respeito em relação a elas dificulta a cura. Nossa cidade tem muitas mulheres nessa situação, mas temem o preconceito. Este é o maior vilão, que aliado à falta de informação, dificulta tudo" lamenta ela.
Socorro, durante o período de tratamento, encontrou na fotografia uma grande terapia para lhe auxiliar a suportar a doença. Por todos os lugares de sua casa, verdadeiros murais foram montados com fotos de amigos, familiares e principalmente suas em várias fazes do tratamento "Isto me ajuda. Amo fotos, ser fotografada, fotografar. Ajuda-me muito".
Sobre o futuro, ela conta que segue sempre buscando motivos para fortalecer a vida. Vendo a neta, lembra que pensava não ver o aniversário de 1 ano da criança. Agora se pergunta se verá a neta comemorar 15 anos. "Faltam só quatro anos", diz ela, sorrindo, e completa, " vou aqui enganando a morte".
Ao lado do marido e dos sete filhos do primeiro casamento dele, e mais três do casal, Socorro segue seu dia a dia sendo para todos que a conhecem como "uma Lição de vida". " Você pode até ser feliz como eu, mas ninguém é mais feliz que eu".
Ricardo Torres
Colaborador
Socorro Rodrigues já passou por dez cirurgias em 9 anos de tratamento. Agora, ela quer auxiliar outras mulheres a enfrentar a "batalha" FOTO: RICARDO TORRES
Ela busca parcerias para divulgar a necessidade da prevenção deste tipo de câncer. Sua meta é formar um grupo de apoio para ajudar aquelas que necessitam de conforto e força para enfrentar os "delicados momentos de descoberta e tratamento contra a doença".Com isso, ela acredita que tudo poderia ser diferente. "Mais pessoas podem ser orientadas a se engajarem ainda mais na luta contra a doença. O isolamento faz perder as forças para reagir, pois vem a depressão", adverte.
"O que mata não é o câncer, e sim o choque ao saber que você está com a doença". Com essa opinião ela busca informar e orientar que nada na vida está perdido. "Covarde não é quem perde a luta, e sim, quem não teve a coragem de lutar. Eu opinei por viver, e vou lutar até o fim", afirma.
Todos os dias Socorro dedica parte do seu tempo entre os afazeres domésticos e as visitas que faz às pessoas que estão com a doença e em tratamento. Da mesma forma, sempre recebe pessoas em sua casa para conversar.
"Estou sempre disposta a conversar. Não me nego em ajudar, pois sei o quanto é necessário termos por perto alguém que entenda a nossa dor".
Diferente de muitas, ela aprendeu que a vida é feita de escolhas, e que sempre é possível buscar soluções para o melhor tratamento. "Vamos nos preocupar em viver, eu vivo muito feliz. Eu não sei por quanto tempo estarei aqui, mas vou viver os meus dias com muita felicidade, e é isso que tento passar para as pessoas", conta ela.
Decidida, diz que quando soube que deveria tirar a mama, não hesitou. Foi informada numa segunda-feira e já na sexta-feira estava operada. Era apenas o inicio de uma luta que dura até os dias atuais.
Alerta, porém que, o pior de tudo ainda enfrentar o preconceito das pessoas, o que, na sua avaliação, dificulta o tratamento. "As mulheres escondem a doença. A falta de respeito em relação a elas dificulta a cura. Nossa cidade tem muitas mulheres nessa situação, mas temem o preconceito. Este é o maior vilão, que aliado à falta de informação, dificulta tudo" lamenta ela.
Socorro, durante o período de tratamento, encontrou na fotografia uma grande terapia para lhe auxiliar a suportar a doença. Por todos os lugares de sua casa, verdadeiros murais foram montados com fotos de amigos, familiares e principalmente suas em várias fazes do tratamento "Isto me ajuda. Amo fotos, ser fotografada, fotografar. Ajuda-me muito".
Sobre o futuro, ela conta que segue sempre buscando motivos para fortalecer a vida. Vendo a neta, lembra que pensava não ver o aniversário de 1 ano da criança. Agora se pergunta se verá a neta comemorar 15 anos. "Faltam só quatro anos", diz ela, sorrindo, e completa, " vou aqui enganando a morte".
Ao lado do marido e dos sete filhos do primeiro casamento dele, e mais três do casal, Socorro segue seu dia a dia sendo para todos que a conhecem como "uma Lição de vida". " Você pode até ser feliz como eu, mas ninguém é mais feliz que eu".
Ricardo Torres
Colaborador
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