O Sistema Único de Saúde (SUS) vai disponibilizar, a partir do próximo ano, vacina contra o papilomavírus (HPV), usada na prevenção de câncer de colo do útero, para meninas de 10 e 11 anos. A decisão, anunciada nesta semana pelo Ministério da Saúde, vai beneficiar 163.058 meninas no Ceará. No Brasil, a meta é vacinar 80% do público-alvo, estimado em 3,3 milhões.
A partir do próximo ano, meninas de 10 e 11 anos poderão ser imunizadas contra o papilomavírus (HPV) por meio do SUS, anunciou o Ministério da Saúde
A vacina disponibilizada pela rede pública será a quadrivalente, usada na prevenção contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer. No acordo entre Ministério da Saúde e os fabricantes da vacina - Butantan e Merck Sharp & Dohme (MSD), que atuarão em parceria tecnológica, está prevista a possibilidade de uso da versão nonavalente, que agregará outros cinco sorotipos à vacina. Serão investidos R$ 360,7 milhões na aquisição de 12 milhões de doses.
A vacina para prevenção da doença tem eficácia comprovada para pessoas que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. A escolha do público-alvo levou em consideração evidências científicas, estudos sobre o comportamento sexual e a avaliação de especialistas que atuam no Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) vinculado ao Ministério da Saúde.
Doença
O HPV é a mais comum das doenças sexualmente transmissíveis, podendo estar presente tanto em homens quanto em mulheres. O vírus pode causar o surgimento de câncer de colo uterino e o aparecimento de verrugas na região genital.
A vacinação contra a doença inclui três etapas, que só podem ser realizadas mediante prescrição médica. Atualmente, as doses são disponibilizadas em clínicas particulares, custando entre R$ 400 e R$ 1.200.
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