sexta-feira, 17 de maio de 2013

80,3% dos domicílios do Estado têm celular

Muitos dos fortalezenses não possuem telefone fixo, embora tenham um ou mais celulares

Enquanto 18,8% dos domicílios cearenses tinham telefone fixo em 2011, 80,3% possuíam celular, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Exigências do emprego levam algumas pessoas a ter mais de um aparelho Foto: Kleber A. Gonçalves

Para o chefe da unidade estadual do IBGE no Ceará, Francisco Lopes, os números revelam as preferências e facilidades encontradas pela população, sobretudo de quem mora na Capital. "Fortaleza tem quase a totalidade dos domicílios dispondo de telefone móvel. Muitos deixaram o fixo para usar apenas o celular", afirma.
Conforme ele, dos cerca de 1 milhão de domicílios fortalezenses, 92,7% tinham celular no período e 33,1% possuíam fixo convencional. De 2005 a 2011, o percentual de pessoas que tinham celular para uso pessoal, na população de 10 ou mais anos de idade, passou de 25,1% para 58,2% no Estado, segundo as Unidades da Federação da Pnad. Apesar do crescimento significativo, porém, o Ceará está abaixo da média nacional, de 69,1% em 2011.

Demanda profissional

Para suprir as necessidades cotidianas, o empresário e universitário Raymundo Neto tem dois aparelhos de celular. O objetivo, segundo ele, é associar as duas operadoras mais utilizadas pelos clientes e ampliar a "network". "Faz muito tempo que tenho celular, acho que uns dez anos. Naquele tempo, só usava para falar com meus pais. Hoje, como são muitos aplicativos nos aparelhos, tento associar ao meu trabalho", diz.

No Ceará, as pessoas ocupadas eram as que mais possuíam aparelhos de telefonia móvel conforme a pesquisa, representando 67,3%, enquanto 47,9% dos não ocupados tinham celular. Em contrapartida, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) 74,8% possuíam celular no período, sendo 85,6% entre os ocupados.

Nordeste

No dado referente às grandes regiões, o Nordeste apresentou a maior variação, com crescimento de 174,3% de 2005 para 2011 no contingente de pessoas que possuíam telefone móvel celular (17,2 milhões). No período, o crescimento foi de 107,2% no País - 59,7 milhões de pessoas a mais. Com 59,4% da população do Nordeste acima de 10 anos com celular para uso pessoal em 2011, 61,2% deste total é composto por mulheres. Os que possuem mais anos de estudo são os que mais possuem telefone móvel. Das pessoas com 15 anos ou mais de estudo, 94,2% tinham celular.

Em todo o País, o percentual de brasileiros que não tinham aparelho móvel para uso pessoal em 2011 entre a população com 10 anos ou mais era de 30,9%. Nesse ano, 115,4 milhões de pessoas de 10 anos ou mais anos tinham telefone móvel celular para uso pessoal, ante 55,7 milhões em 2005, representando crescimento de 107,2%.

GABRIELA RAMOS
REPÓRTER

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