quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Usina de cimento aumenta oferta de trabalho em Quixeré


A construção da obra já emprega cerca de 700 trabalhadores e novos postos serão ofertados com início da unidade
Limoeiro do Norte Iniciada há um ano a obra de construção da Fábrica de Cimento Apodi, no município de Quixeré, localizado a 176km da Capital. O empreendimento tem mudado a realidade daquela região, ampliando as oportunidades de emprego e renda. A interiorização de grandes indústrias garante o desenvolvimento do Vale do Jaguaribe. Somente na construção da usina, estão empregadas cerca de 700 pessoas, com necessidade de mais mão de obra.
Em agosto, a usina começa a produzir três mil toneladas de cimento FOTO: ELLEN FREITAS

Localizada na comunidade de Bom Sucesso, a região foi escolhida devido à grande reserva da matéria-prima necessária para a produção do cimento, o calcário. O projeto está dividido em duas etapas. Atualmente, 30% da primeira etapa está concluída. No próximo mês de agosto está previsto o início da operação da indústria, que produzirá três mil toneladas de cimento por dia. Em 2014, quando a obra total estiver concluída, a fábrica produzirá quatro mil toneladas de cimento/dia.Três empresas são responsáveis pela sua construção. A PB Construtora responde pela área onde abrigará o silo e a empacotadeira, empregando mais de 400 pessoas na obra. Diariamente, trabalhadores de várias cidades e Estados procuram o canteiro de obras, em busca de uma oportunidade de emprego.

Contratação
De acordo com a assistente administrativa da PB Construtora, Ariane Novaes, a empresa tem empregado pessoal principalmente das cidades de Russas e Quixeré. "Os trabalhadores são basicamente dessa região, mas também temos na obra pessoas de Baraúnas, no Rio Grande do Norte e algumas cidades da Bahia", afirma.

A conclusão da primeira etapa está prevista para o fim do mês de julho, com o início das operações já em agosto. A fábrica utilizará tecnologia de ponta, importada de vários países, principalmente da Europa e da Ásia. Em função da alta tecnologia, a indústria contará com mão de obra de cerca de 600 funcionários. Segundo o diretor presidente da empresa, Adalto Farias, não há na região trabalhadores qualificados para atuar na produção. "Hoje já temos necessidade de mais mão de obra para trabalhar na construção, como pedreiros e serventes. Se tivéssemos 300 pessoas a mais eu colocaria para trabalhar. Quando a fábrica começar a operar, teremos que treinar os trabalhadores para operar essa tecnologia de ponta", explica.

Mais empregos indiretos também serão gerados com o funcionamento da usina. Segundo Adalto, a cada um emprego gerado pela fábrica, outros três surgem indiretamente. "São vários pequenos empregos que são gerados e isso significa um desenvolvimento econômico muito forte para a região", conta.

Infraestrutura
Importante para o escoamento da produção são as estradas, principalmente a CE-356, que liga a Estrada do Melão (CE-377) à BR-116, passando ao lado do centro urbano do município de Russas. Com o inverno se aproximando, as estradas não estão em condições adequadas para o tráfego intenso de veículos de carga. O esperado é que cerca de 200 caminhões transportando cimento cruzem diariamente o trecho. Um projeto para a reestruturação da CE-356 está sendo elaborado pelo Departamento Estadual de Rodovias (DER), porém, não há previsão para o início das obras.

O fornecimento de água na região se dá por meio de poços. Adalto afirma que essa é uma das preocupações para o início do funcionamento da indústria, que demanda alto volume hídrico na produção. Para isso, ele afirma estar visitando todos os poços da região, realizando manutenção de modo que não haja escassez. "Encontramos alguns poços secos, além da chuva, que é necessária para encher os reservatórios. Estes também precisam de manutenção. É isso que estamos fazendo no momento, deixando os poços adequados para receber água da chuva", disse o empresário.

De acordo com ele, caso o abastecimento de água fique comprometido, a alternativa viável, porém de alto custo, é a captação da água do Rio Jaguaribe por meio de carros-pipa.

Ranking
Segundo uma pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), em parceria com a Faculdade Getúlio Vargas (FGV), a maior parte do consumo de cimento acontece nas edificações, sejam comerciais, industriais ou residenciais. Em 2010, esse consumo era responsável por 72,7% da utilização de cimento. Esse número evidencia a atual conjuntura da construção civil, impulsionada pela construção de edifícios.

Ainda de acordo com os dados da Snic, do relatório anual em 2011, o Ceará possui quatro indústrias do setor. Neste mesmo ano, o estado produziu quase 2 milhões de toneladas de cimento Portland, ficando em terceiro lugar no Nordeste, atrás apenas de Sergipe (3,1 milhões de toneladas) e Paraíba (pouco mais de 2 milhões de toneladas). Com a instalação de novas indústrias, o Ceará poderá se tornar o segundo maior produtor de cimento do Nordeste.

Mais informações
Companhia Industrial de Cimento Apodi
Av. Sen. Virgílio Távora, 1701, Dionísio Torres, Fortaleza
Telefone: (85) 3311.7575

ELLEN FREITASCOLABORADORA

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