Financiamento público vai permitir que os produtores afetados pela seca cubram os prejuízos no campo
Russas Os agricultores do Vale do Jaguaribe que foram afetados pela estiagem voltarão a ter acesso ao crédito emergencial dos governos federal e estadual. O anúncio foi feito pela gerência executiva do Banco do Nordeste no Ceará (BNB), durante recente reunião do Comitê Integrado de Combate à Seca, realizada neste município.
Russas Os agricultores do Vale do Jaguaribe que foram afetados pela estiagem voltarão a ter acesso ao crédito emergencial dos governos federal e estadual. O anúncio foi feito pela gerência executiva do Banco do Nordeste no Ceará (BNB), durante recente reunião do Comitê Integrado de Combate à Seca, realizada neste município.
Construções de mais cisternas de placa e implantação de quintais produtivos em municípios afetados pela seca estão entre as ações de apoio às famílias sertanejas, com recursos federais e estaduais |
As operações são executadas pelo BNB, na agência de Limoeiro do Norte, e tinham sido suspensas para investigação, depois de supostas denúncias de liberações ilegais.
De acordo com o gerente executivo do BNB no Ceará, Edgar Castelo Branco, serão beneficiados os municípios de Limoeiro do Norte, Quixeré, Russas, Palhano, Morada Nova, Ibicuitinga, Tabuleiro do Norte, Ererê, Iracema, Potiretama, Alto Santo e São João do Jaguaribe.
As operações são executadas pelo BNB, na agência de Limoeiro do Norte, e tinham sido suspensas para investigação, depois de supostas denúncias de liberações ilegais.
De acordo com o gerente executivo do BNB no Ceará, Edgar Castelo Branco, serão beneficiados os municípios de Limoeiro do Norte, Quixeré, Russas, Palhano, Morada Nova, Ibicuitinga, Tabuleiro do Norte, Ererê, Iracema, Potiretama, Alto Santo e São João do Jaguaribe.
Os agricultores já podem contar com os empréstimos junto a esta instituição.
O crédito emergencial foi criado em maio pelo Governo Federal para beneficiar produtores rurais, comerciantes e setores da indústria que foram prejudicados pela seca.
Condições
O Ceará recebeu R$ 24,1 milhões em linhas de crédito, a maior demanda é oriunda da agricultura familiar e de comércios e serviços. No Brasil, até agora, foi contratado R$ 1,03 bilhão, beneficiando 133 mil produtores. O crédito pode variar de R$ 12 mil a R$ 100 mil com juros de 3,5% ao ano, com pagamento somente após dois anos da contratação, com prazo de 10 anos para quitação da dívida.
Na reunião, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Russas, José Candido, frisou que é preciso o BNB estar atento às renegociações das dívidas dos produtores, ofertando um melhor prazo para o pagamento. "Houve uma renegociação das dívidas, para pagar a partir de fevereiro do próximo ano. Mas se agora não há condições de pagar, como o produtor vai ter em fevereiro? Nós estamos querendo que esse prazo seja colocado mais adiante", explica.
José Cândido questionou também a liberação dos recursos, de modo que atenda à necessidade dos trabalhadores rurais. "Estamos com 60 projetos que foram encaminhados para o Banco do Nordeste. O financiamento já está sendo liberado, mas a nossa necessidade é muito maior".
A reunião, que teve a participação de integrantes do Comitê de Combate à Seca, teve o intuito de discutir questões relativas à situação emergencial dos municípios afetados pela seca.
No Vale do Jaguaribe, a maior necessidade é de água para consumo humano e para agricultura familiar. De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, o acesso ao crédito emergencial permite que os pequenos agricultores tenham mais condições de manter sua produção.
Eles devem procurar os escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce) para mais orientações sobre melhor aplicação.
"É importante para o Comitê vir discutir junto aos municípios soluções para enfrentar esse problema da seca. O Estado já realiza ações e o que vamos fazer é ampliar esse atendimento para atender mais pessoas", afirma Nelson. De acordo com secretário, vários projetos de abastecimento de água estão sendo ampliados no Vale do Jaguaribe. Construção de cisternas de placa, perfuração e revitalização de poços e o Projeto São José III estão na prioridade do Comitê.
A SDA está ampliando projetos em outras regiões do Estado. Na região Norte, o município de Itapipoca, a 130km da Capital, receberá um investimento de superior a R$ 12 milhões para a construção de cisternas de placa e quintais produtivos. O investimento é uma parceria da SDA com o MDS, que irá beneficiar quase 7 mil famílias.
A assinatura da ordem de serviço aconteceu ontem, no Centro de Treinamento Diocesano, com a presença do secretário Nelson Martins. Serão construídas 6.612 cisternas de placa e 128 quintais produtivos, sendo 90 deles com cisternas de enxurrada e 38 com barragens subterrâneas. As famílias beneficiadas serão selecionadas pela comissão do Programa de Ação de Convivência com a Seca (PACS).
No Centro-Sul, o município de Icó, a 375km da Capital, também recebeu as cisternas. Serão construídas 2.575, com investimento superior a R$ 4,4 milhões. A solenidade para ordem de serviço ocorreu no dia 29 passado, na Câmara Municipal.
O objetivo do Governo do Estado, por meio do Programa de Cisternas da SDA, em parceria com o MDS, é universalizar os reservatórios de placa até o fim de 2014. Para isso, o investimento é de R$ 62 milhões. Até o momento, foram executadas 60.820 cisternas. Somente neste ano, foram assinadas ordens de serviço para a construção de mais 5.292 nos municípios de Pereiro, Alto Santo, Jaguaribara, Iracema, Jaguaribe e Ererê.
Incentivado cultivo de palma forrageira
Canindé A Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) pretende difundir e apostar na cultura de uma planta resistente à seca e de fácil trato no campo. Trata-se da palma forrageira. No total, serão fornecidas mais de 4,2 milhões de raquetes da planta, como são chamadas as mudas, para produtores cadastrados pelos escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce).
O Ceará recebeu R$ 24,1 milhões em linhas de crédito, a maior demanda é oriunda da agricultura familiar e de comércios e serviços. No Brasil, até agora, foi contratado R$ 1,03 bilhão, beneficiando 133 mil produtores. O crédito pode variar de R$ 12 mil a R$ 100 mil com juros de 3,5% ao ano, com pagamento somente após dois anos da contratação, com prazo de 10 anos para quitação da dívida.
Na reunião, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Russas, José Candido, frisou que é preciso o BNB estar atento às renegociações das dívidas dos produtores, ofertando um melhor prazo para o pagamento. "Houve uma renegociação das dívidas, para pagar a partir de fevereiro do próximo ano. Mas se agora não há condições de pagar, como o produtor vai ter em fevereiro? Nós estamos querendo que esse prazo seja colocado mais adiante", explica.
José Cândido questionou também a liberação dos recursos, de modo que atenda à necessidade dos trabalhadores rurais. "Estamos com 60 projetos que foram encaminhados para o Banco do Nordeste. O financiamento já está sendo liberado, mas a nossa necessidade é muito maior".
A reunião, que teve a participação de integrantes do Comitê de Combate à Seca, teve o intuito de discutir questões relativas à situação emergencial dos municípios afetados pela seca.
No Vale do Jaguaribe, a maior necessidade é de água para consumo humano e para agricultura familiar. De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, o acesso ao crédito emergencial permite que os pequenos agricultores tenham mais condições de manter sua produção.
Eles devem procurar os escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce) para mais orientações sobre melhor aplicação.
"É importante para o Comitê vir discutir junto aos municípios soluções para enfrentar esse problema da seca. O Estado já realiza ações e o que vamos fazer é ampliar esse atendimento para atender mais pessoas", afirma Nelson. De acordo com secretário, vários projetos de abastecimento de água estão sendo ampliados no Vale do Jaguaribe. Construção de cisternas de placa, perfuração e revitalização de poços e o Projeto São José III estão na prioridade do Comitê.
A SDA está ampliando projetos em outras regiões do Estado. Na região Norte, o município de Itapipoca, a 130km da Capital, receberá um investimento de superior a R$ 12 milhões para a construção de cisternas de placa e quintais produtivos. O investimento é uma parceria da SDA com o MDS, que irá beneficiar quase 7 mil famílias.
A assinatura da ordem de serviço aconteceu ontem, no Centro de Treinamento Diocesano, com a presença do secretário Nelson Martins. Serão construídas 6.612 cisternas de placa e 128 quintais produtivos, sendo 90 deles com cisternas de enxurrada e 38 com barragens subterrâneas. As famílias beneficiadas serão selecionadas pela comissão do Programa de Ação de Convivência com a Seca (PACS).
No Centro-Sul, o município de Icó, a 375km da Capital, também recebeu as cisternas. Serão construídas 2.575, com investimento superior a R$ 4,4 milhões. A solenidade para ordem de serviço ocorreu no dia 29 passado, na Câmara Municipal.
O objetivo do Governo do Estado, por meio do Programa de Cisternas da SDA, em parceria com o MDS, é universalizar os reservatórios de placa até o fim de 2014. Para isso, o investimento é de R$ 62 milhões. Até o momento, foram executadas 60.820 cisternas. Somente neste ano, foram assinadas ordens de serviço para a construção de mais 5.292 nos municípios de Pereiro, Alto Santo, Jaguaribara, Iracema, Jaguaribe e Ererê.
Incentivado cultivo de palma forrageira
Canindé A Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) pretende difundir e apostar na cultura de uma planta resistente à seca e de fácil trato no campo. Trata-se da palma forrageira. No total, serão fornecidas mais de 4,2 milhões de raquetes da planta, como são chamadas as mudas, para produtores cadastrados pelos escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce).
A palma apresenta boa adaptação à região semiárida e demanda baixo custo no plantio. Cerca de 1,2 milhão de mudas da planta foi adquirido para distribuição entre produtores, que depois devolverão ao Estado novas raquetes FOTO: A.C. ALVES
O secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, lembra que a palma é uma alternativa para dirimir a dependência em relação ao milho, principalmente na alimentação de bovinos, caprinos e ovinos. "Chegamos a essa conclusão. Agora, precisamos formar reserva alimentar para o nosso rebanho".
Segundo Martins, uma das principais vantagens da cultura é o baixo custo de produção. "O cultivo da planta é barato para o produtor implantar e é totalmente adaptado ao clima semiárido", salientou.
A SDA será responsável pela aquisição das raquetes de palma para distribuição entre os produtores do Estado.
Para iniciar o processo de entrega para os agricultores foi adquirida 1,2 milhão de raquetes, por meio de um investimento no valor de R$ 240 mil.
A primeira distribuição acontece sexta-feira, quando o programa de incentivo à produção de palma será lançado oficialmente na cidade de Madalena, no Sertão Central, com a presença de prefeitos, secretários de Agricultura, presidentes de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, gerentes locais de vários municípios cearense e técnicos do Governo do Estado.
Segundo o secretário, dependendo da demanda, poderão ser adquiridas mais três milhões de raquetes até o início de 2013.
Permuta
Cada muda da planta custa apenas R$ 0,12, em média. Os produtores beneficiados serão responsáveis pela plantação e, após o início da produção, deverão fornecer a mesma quantidade de raquetas recebidas do governo para beneficiar outros produtores. "É uma troca. O agricultor paga, entregando a mesma quantidade de raquetes", diz o secretário. Segundo ele, após o plantio, a expectativa é de que a primeira produção ocorra no prazo de até um ano.
O montante de raquetes de palma, que será fornecido pela SDA, será suficiente para o cultivo de até 420 hectares, os quais poderão ser consorciados com outras culturas, como feijão, sorgo, milho, entre outras.
Em média, cada produtor receberá insumo suficiente para o cultivo de até um hectare. A previsão é a de que 420 agricultores sejam beneficiados nessa primeira etapa.
Montante
24,1 milhões de reais foram destinados ao Ceará em linhas de crédito. A maior demanda é oriunda da agricultura familiar. No Brasil, a soma foi de R$ 1,03 bi
Mais informações:
BNB Agência Limoeiro do Norte. Travessa Pedro Alves de Freitas, 13 Centro - (088 ) 3423.3101
Secretária de Desenvolvimento Agrário (SDA) - (85) 3101.8002
ELLEN FREITASCOLABORADORA
ANTÔNIO CARLOS ALVESCOLABORADOR
O secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, lembra que a palma é uma alternativa para dirimir a dependência em relação ao milho, principalmente na alimentação de bovinos, caprinos e ovinos. "Chegamos a essa conclusão. Agora, precisamos formar reserva alimentar para o nosso rebanho".
Segundo Martins, uma das principais vantagens da cultura é o baixo custo de produção. "O cultivo da planta é barato para o produtor implantar e é totalmente adaptado ao clima semiárido", salientou.
A SDA será responsável pela aquisição das raquetes de palma para distribuição entre os produtores do Estado.
Para iniciar o processo de entrega para os agricultores foi adquirida 1,2 milhão de raquetes, por meio de um investimento no valor de R$ 240 mil.
A primeira distribuição acontece sexta-feira, quando o programa de incentivo à produção de palma será lançado oficialmente na cidade de Madalena, no Sertão Central, com a presença de prefeitos, secretários de Agricultura, presidentes de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, gerentes locais de vários municípios cearense e técnicos do Governo do Estado.
Segundo o secretário, dependendo da demanda, poderão ser adquiridas mais três milhões de raquetes até o início de 2013.
Permuta
Cada muda da planta custa apenas R$ 0,12, em média. Os produtores beneficiados serão responsáveis pela plantação e, após o início da produção, deverão fornecer a mesma quantidade de raquetas recebidas do governo para beneficiar outros produtores. "É uma troca. O agricultor paga, entregando a mesma quantidade de raquetes", diz o secretário. Segundo ele, após o plantio, a expectativa é de que a primeira produção ocorra no prazo de até um ano.
O montante de raquetes de palma, que será fornecido pela SDA, será suficiente para o cultivo de até 420 hectares, os quais poderão ser consorciados com outras culturas, como feijão, sorgo, milho, entre outras.
Em média, cada produtor receberá insumo suficiente para o cultivo de até um hectare. A previsão é a de que 420 agricultores sejam beneficiados nessa primeira etapa.
Montante
24,1 milhões de reais foram destinados ao Ceará em linhas de crédito. A maior demanda é oriunda da agricultura familiar. No Brasil, a soma foi de R$ 1,03 bi
Mais informações:
BNB Agência Limoeiro do Norte. Travessa Pedro Alves de Freitas, 13 Centro - (088 ) 3423.3101
Secretária de Desenvolvimento Agrário (SDA) - (85) 3101.8002
ELLEN FREITASCOLABORADORA
ANTÔNIO CARLOS ALVESCOLABORADOR
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