Oficarte apresenta ao público Capitão Rodopio foto: Gilson Wesley de Lima |
Comentário sobre o espetáculo Capitão Rodopio:
Nessa noite, assisti ao espetáculo Capitão Rodopio da companhia de teatro Oficarte. Bem, me pergunto agora: Cara, o que foi aquilo!? Sim, essa pergunta pode resumir o que eu senti com esta peça. A aura envolvente das montagens desta companhia não precisa de muitos comentários. Tal projeto já é reconhecido como um ponto de cultura muito importante em nossa cidade.
Começando pela vibração dos tambores, passando por todo o resgate da nossa tradição nos cantares, o grupo consegue nos encantar e nos cativar. A trama envolvente nos mostra várias personagens com suas aspirações, desejos e fraquezas. Temos a briga das famílias Barbaceno e Ferreira que nos faz lembrar Shakespeare.
A disputa do amor da princesa Esmeralda por componentes das famílias rivais inicia o roteiro. No desenrolar da história percebemos a entrada do marcante personagem que dá o título ao espetáculo, a figura pictórica do capitão Rodopio. Este dispensa comentários. É o espírito da estória, a representação de todos os sonhos, temores e vontades das outras pessoas. Ele nos faz viajar por esse lúdico mundo do Reino de Pedra Fina.
No desenrolar temos uma verdadeira epopeia para salvar a princesa que havia sido raptada. Tal desafio faz com que Romualdo e seu inimigo na disputa da mão da princesa, Gregório se unam e possam viver uma série de aventuras. Nesta longa viagem povoada de seres fantásticos são refletidos sentimentos universais que fazem até os mais velhos encherem os olhos de lágrimas. Esse “destemido” capitão repetindo o seu bordão- Ou mato ou morro!- nos carrega de maneira leve por toda a peça. Até que no final possamos ser brindados com uma celebração do espírito brincante, a eterna catarse refletida nas artes e nos olhos de esperança de cada uma das personagens.
Se fosse definir a peça em uma palavra eu diria, pulsar. Pulsar em todos os sentidos. O pulsar do sangue, dos desejos e da vida, essa eterna arte que mescla realidade com ficção, fracionada em diversos planos, mas que sempre converge. Converge no sentido da estrada, do movimento e do continuar. Enfim, tais aventuras que tem como pano de fundo o cenário popular nordestino refletem muito mais do que apenas o regional, ecoam todos os sentimentos universais. O grande barato de todo o espetáculo é ver pulsando essa brilhante coisa que o ser humano já teve ideia de fazer, a Arte, que como o sonho é uma representação imersa de realidade.
Desse modo, venho aqui parabenizar o diretor, Frank Lourenço, os atores, além de toda equipe envolvida na montagem.
Terminando, faço minhas as palavras do escritor russo Tolstói:
“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”
Nessa noite, assisti ao espetáculo Capitão Rodopio da companhia de teatro Oficarte. Bem, me pergunto agora: Cara, o que foi aquilo!? Sim, essa pergunta pode resumir o que eu senti com esta peça. A aura envolvente das montagens desta companhia não precisa de muitos comentários. Tal projeto já é reconhecido como um ponto de cultura muito importante em nossa cidade.
Começando pela vibração dos tambores, passando por todo o resgate da nossa tradição nos cantares, o grupo consegue nos encantar e nos cativar. A trama envolvente nos mostra várias personagens com suas aspirações, desejos e fraquezas. Temos a briga das famílias Barbaceno e Ferreira que nos faz lembrar Shakespeare.
A disputa do amor da princesa Esmeralda por componentes das famílias rivais inicia o roteiro. No desenrolar da história percebemos a entrada do marcante personagem que dá o título ao espetáculo, a figura pictórica do capitão Rodopio. Este dispensa comentários. É o espírito da estória, a representação de todos os sonhos, temores e vontades das outras pessoas. Ele nos faz viajar por esse lúdico mundo do Reino de Pedra Fina.
No desenrolar temos uma verdadeira epopeia para salvar a princesa que havia sido raptada. Tal desafio faz com que Romualdo e seu inimigo na disputa da mão da princesa, Gregório se unam e possam viver uma série de aventuras. Nesta longa viagem povoada de seres fantásticos são refletidos sentimentos universais que fazem até os mais velhos encherem os olhos de lágrimas. Esse “destemido” capitão repetindo o seu bordão- Ou mato ou morro!- nos carrega de maneira leve por toda a peça. Até que no final possamos ser brindados com uma celebração do espírito brincante, a eterna catarse refletida nas artes e nos olhos de esperança de cada uma das personagens.
Se fosse definir a peça em uma palavra eu diria, pulsar. Pulsar em todos os sentidos. O pulsar do sangue, dos desejos e da vida, essa eterna arte que mescla realidade com ficção, fracionada em diversos planos, mas que sempre converge. Converge no sentido da estrada, do movimento e do continuar. Enfim, tais aventuras que tem como pano de fundo o cenário popular nordestino refletem muito mais do que apenas o regional, ecoam todos os sentimentos universais. O grande barato de todo o espetáculo é ver pulsando essa brilhante coisa que o ser humano já teve ideia de fazer, a Arte, que como o sonho é uma representação imersa de realidade.
Desse modo, venho aqui parabenizar o diretor, Frank Lourenço, os atores, além de toda equipe envolvida na montagem.
Terminando, faço minhas as palavras do escritor russo Tolstói:
“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”
Por Matheus Santiago.
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