Por meio da Prova Brasil, o Ideb avaliou alunos da rede pública e privada, mostrando o destaque do Estado
Conforme a pesquisa, em Matemática, a média de proficiência cearense foi de 204,48, a maior do N/NE. O resultado ficou perto do nacional, de 209,63, e não tão longe de Minas Gerais, com 223,14, melhor desempenho no Brasil FOTO: MARÍLIA CAMELO |
A média geral ainda está longe de dez, no entanto, a educação básica do Ceará melhorou nos últimos dois anos, sendo destaque no Brasil. É o que aponta o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, que avaliou alunos de escolas das redes pública e privada a partir da Prova Brasil.
O Estado, apesar de longo caminho a percorrer, superou a meta do Ministério da Educação (MEC) de 4,1, atingindo 4,9. Em 2009, o índice geral do Ceará ficou em 3,9. O estudo revela, por exemplo, melhora no aprendizado de Matemática - sobre a qual os alunos chegaram próximo da média nacional - assim também como no aprendizado Português.
A avaliação, em Português e Matemática, foi realizada com alunos do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio das redes pública e privada. De acordo com o MEC, o resultado é calculado a partir das notas dos alunos em avaliações nacionais, como a Prova Brasil, e a taxa de aprovação dos estudantes. Vai de zero a dez e serve para comparar, a cada dois anos, o que acontece dentro das salas de aula, desde o ensino fundamental até o ensino médio.
No desempenho entre alunos do 4º e 5º séries, o Ceará obteve a média 188,17 em proficiência em Português. A melhor entre os estados do Norte e Nordeste. Na comparação entre as redes pública e privada, a primeira alcançou 183,11 contra 212,15 da segunda. Já em Matemática, a média de proficiência cearense foi de 204,48, a maior do N/NE e bem pertinho da nota nacional de 209,63 e não tão distante de Minas Gerais, com 223,14, melhor desempenho no Brasil.
Entre os alunos do 8º e 9º anos, em Português, a diferença entre as escolas públicas e privadas é maior. A média geral do Estado foi 237, sendo que os colégios particulares obtiveram 274,31 contra 230,42 das escolas da rede pública. Nesse quesito, o Ceará ocupa a segunda colocação no Norte e Nordeste, perdendo para Rondônia, que alcançou a média de 240,29.
A Secretaria de Educação do Estado (Seduc), por meio de sua assessoria de comunicação, avaliou o resultado de forma positiva. Em nota, afirma que o Ceará tem realizado uma importante ação destinada à melhoria da educação das crianças.
Em 2007, com o objetivo de garantir o sucesso da alfabetização dos alunos matriculados na rede pública até os sete anos de idade, implantou o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic). "Após cinco anos de trabalho, é possível verificar que o Paic vem mudando a realidade da aprendizagem, o que contribui para a melhoria do desempenho dos estudantes nas demais séries da educação básica".
Nível
Em 2011, os municípios atingiram média satisfatória de alfabetização. Das 184 cidades, 178 atingiram médias de proficiência situadas no nível desejável, e seis estão no nível suficiente.
Os dados são do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece). A análise demonstra que 81,5% dos alunos encontram-se alfabetizados ao término do 2º ano do ensino fundamental. Em 2007, esse percentual era de apenas 40%.
De acordo com a Seduc, desde a implantação do programa, os municípios passaram a contar com apoio técnico e financeiro à gestão, avaliação, formação de professores, aquisição de material didático e de apoio pedagógico. Em 2012, as ações do Paic foram expandidas para os alunos da rede pública até o 5º ano. "O programa concentra esforços em cinco eixos fundamentais: educação infantil, gestão pedagógica da alfabetização, formação do leitor, gestão municipal de educação e avaliação externa", informa a nota.
A prática pedagógica reflete nessa melhoria
Para quem está em sala de aula, como a professora de Matemática, Nahiana Araújo, o bom desempenho não só do Brasil, como, principalmente, do Ceará, do ciclo inicial é explicado pelo foco em políticas de alfabetização infantil. O avanço se deve à melhoria de gestão e de práticas pedagógicas, aliadas a parcerias entre prefeituras e Estado.
Segundo avalia, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Paic), que inspirou o programa nacional, já tem reflexo direto nas séries do Ensino Fundamental e Médio. "A alfabetização tem reflexos em todas as disciplinas e, em especial, na disciplina que ensino, que precisa que o aluno entenda a questão, interprete a equação para melhor solucionar o problema. Então, o Paic já produz resultados diretos em todas as séries", diz.
Com resultado estatístico extraído das notas da Prova Brasil (Português e Matemática) feita por alunos de 4ª e 5ª séries e 8ª e 9ª séries do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio, cruzado com o fluxo de aprovação de toda a educação básica, o Ideb, divulgado de dois em dois anos, segundo o MEC, é o maior indicador de qualidade da educação e principal instrumento de avaliação e proposição de políticas para redes municipais, estaduais, federal e particulares.
LÊDA GONÇALVESREPÓRTER
O Estado, apesar de longo caminho a percorrer, superou a meta do Ministério da Educação (MEC) de 4,1, atingindo 4,9. Em 2009, o índice geral do Ceará ficou em 3,9. O estudo revela, por exemplo, melhora no aprendizado de Matemática - sobre a qual os alunos chegaram próximo da média nacional - assim também como no aprendizado Português.
A avaliação, em Português e Matemática, foi realizada com alunos do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio das redes pública e privada. De acordo com o MEC, o resultado é calculado a partir das notas dos alunos em avaliações nacionais, como a Prova Brasil, e a taxa de aprovação dos estudantes. Vai de zero a dez e serve para comparar, a cada dois anos, o que acontece dentro das salas de aula, desde o ensino fundamental até o ensino médio.
No desempenho entre alunos do 4º e 5º séries, o Ceará obteve a média 188,17 em proficiência em Português. A melhor entre os estados do Norte e Nordeste. Na comparação entre as redes pública e privada, a primeira alcançou 183,11 contra 212,15 da segunda. Já em Matemática, a média de proficiência cearense foi de 204,48, a maior do N/NE e bem pertinho da nota nacional de 209,63 e não tão distante de Minas Gerais, com 223,14, melhor desempenho no Brasil.
Entre os alunos do 8º e 9º anos, em Português, a diferença entre as escolas públicas e privadas é maior. A média geral do Estado foi 237, sendo que os colégios particulares obtiveram 274,31 contra 230,42 das escolas da rede pública. Nesse quesito, o Ceará ocupa a segunda colocação no Norte e Nordeste, perdendo para Rondônia, que alcançou a média de 240,29.
A Secretaria de Educação do Estado (Seduc), por meio de sua assessoria de comunicação, avaliou o resultado de forma positiva. Em nota, afirma que o Ceará tem realizado uma importante ação destinada à melhoria da educação das crianças.
Em 2007, com o objetivo de garantir o sucesso da alfabetização dos alunos matriculados na rede pública até os sete anos de idade, implantou o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic). "Após cinco anos de trabalho, é possível verificar que o Paic vem mudando a realidade da aprendizagem, o que contribui para a melhoria do desempenho dos estudantes nas demais séries da educação básica".
Nível
Em 2011, os municípios atingiram média satisfatória de alfabetização. Das 184 cidades, 178 atingiram médias de proficiência situadas no nível desejável, e seis estão no nível suficiente.
Os dados são do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece). A análise demonstra que 81,5% dos alunos encontram-se alfabetizados ao término do 2º ano do ensino fundamental. Em 2007, esse percentual era de apenas 40%.
De acordo com a Seduc, desde a implantação do programa, os municípios passaram a contar com apoio técnico e financeiro à gestão, avaliação, formação de professores, aquisição de material didático e de apoio pedagógico. Em 2012, as ações do Paic foram expandidas para os alunos da rede pública até o 5º ano. "O programa concentra esforços em cinco eixos fundamentais: educação infantil, gestão pedagógica da alfabetização, formação do leitor, gestão municipal de educação e avaliação externa", informa a nota.
A prática pedagógica reflete nessa melhoria
Para quem está em sala de aula, como a professora de Matemática, Nahiana Araújo, o bom desempenho não só do Brasil, como, principalmente, do Ceará, do ciclo inicial é explicado pelo foco em políticas de alfabetização infantil. O avanço se deve à melhoria de gestão e de práticas pedagógicas, aliadas a parcerias entre prefeituras e Estado.
Segundo avalia, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Paic), que inspirou o programa nacional, já tem reflexo direto nas séries do Ensino Fundamental e Médio. "A alfabetização tem reflexos em todas as disciplinas e, em especial, na disciplina que ensino, que precisa que o aluno entenda a questão, interprete a equação para melhor solucionar o problema. Então, o Paic já produz resultados diretos em todas as séries", diz.
Com resultado estatístico extraído das notas da Prova Brasil (Português e Matemática) feita por alunos de 4ª e 5ª séries e 8ª e 9ª séries do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio, cruzado com o fluxo de aprovação de toda a educação básica, o Ideb, divulgado de dois em dois anos, segundo o MEC, é o maior indicador de qualidade da educação e principal instrumento de avaliação e proposição de políticas para redes municipais, estaduais, federal e particulares.
LÊDA GONÇALVESREPÓRTER
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