quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Desventuras em série para o Vovô

Ceará sofre com equívocos graves da arbitragem, é derrotado pelo São Caetano e vê G4 bem mais distante
Deu tudo errado para o Ceará na 30ª rodada da Série B. Com gol irregular do adversário validado e um seu mal anulado, o Alvinegro foi derrotado pelo São Caetano por 2 a 0, fora de casa, e viu a diferença para o G4 - que poderia diminuir para cinco pontos - aumentar para onze.
O meia Marcelo Costa comemora o primeiro gol do Azulão,
marcado em posição irregular, ontem à noite, no Anacleto
 Campanella. No segundo tempo, a arbitragem anularia
 um tento legal do Alvinegro FOTO: FOLHAPRESS
O mais irônico de tudo é que o Vovô evitou que o árbitro Francisco Carlos do Nascimento apitasse a partida, com receio de represálias devido a um processo que move contra o clube.

Com um prejuízo tão grande, o Alvinegro, que continua em 8º, tem missão muito difícil, restando oito rodadas do fim da Série B, e volta a jogar já na sexta-feira, contra o ASA, fora de casa.

Já nos primeiros minutos, ficou claro que a partida não seria fácil para o Ceará. A pressão do São Caetano foi pesada desde o apito inicial e as chances foram aparecendo naturalmente, uma atrás da outra. Aos três minutos, Diego soltou uma bomba de fora da área, mas o goleiro Diónantan defendeu. Cinco minutos depois, Leandrão, livre na pequena área, se atrapalhou e o goleiro do Vovô pegou de novo.

De tanto ser pressionado, o Ceará não resistiu e sofreu o gol. Aos 11 minutos, Diego chutou cruzado, a bola desviou em Apodi e Marcelo Costa, impedido, marcou de cabeça: 1 a 0.

Em sua primeira investida ao ataque, aos 15, o Vovô quase empatou. Após cobrança de falta, Itamar cabeceou na trave.

Equilibrando a partida depois dos 20 minutos, o Ceará criou três boas chances em chutes de Eusébio, Apodi e, principalmente, de Magno Alves, que exigiu excelente defesa de Luiz.

No segundo tempo, o Ceará voltou melhor, mas tinha dificuldade de completar as jogadas.

Foi quando aos 33 minutos, mais um lance polêmico prejudicou o Ceará: o goleiro Luiz não cortou o cruzamento, Misael cabeceou, a bola cruzou a linha de gol, mas o assistente não validou. Após o lance, os jogadores do Ceará correram em direção ao bandeirinha, reclamando.

Logo depois do erro, o Vovô sofreu o segundo gol, em chute de longa distância de Marcone, que fechou o placar do confronto, reduzindo drasticamente suas chances de acesso.

Reclamação

Ao fim da partida, o técnico PC Gusmão esbravejou contra a arbitragem. "O Ceará vem sendo prejudicado com frequência. Está ficando ridícula a arbitragem. O que houve aqui foi complicado, com o assistente não dando um gol que passou um metro da linha e ainda saiu rindo de campo", esbravejou.

Sobre o 4º árbitro, que apitou a partida após o veto do árbitro escalado. "Só reclamo da escalação de um árbitro paulista. Mas sei que não havia tempo hábil para um novo sorteio, já que a decisão saiu à tarde".


Ceará impede árbitro de comandar a partida

O Ceará conseguiu, já na tarde de ontem, mesmo com poucas horas antes da partida contra o São Caetano, evitar que o árbitro Francisco Carlos do Nascimento, o Chicão, apitasse o confronto pela 30ª rodada da Série B.


O árbitro alagoano (foto) move ação contra o dirigente alvinegro Robinson de Castro FOTO: ALEX COSTA

A reviravolta ocorreu porque o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) concedeu liminar ao clube, que já havia pedido à Confederação Brasileira de Futebol um novo sorteio para a arbitragem, o que foi negado pela entidade ainda na sexta-feira.

A comunicação da nova decisão foi repassada pela CBF no início da tarde desta terça-feira e, assim, o quatro arbitro, o paulista Rodrigo Braghetto, acabou sendo o substituto. Já a dupla de auxiliares não mudou: Marco Aurélio dos Santos Pessanha do Rio de Janeiro e Otavio Correia de Araujo Neto, de Alagoas, participaram do jogo.

Desejo
O advogado do Ceará, Clark Leitão, já havia declarado, na última segunda-feira, que o clube ainda poderia reverter a escalação do árbitro, mesmo que na data da partida.

Toda mobilização da diretoria alvinegra se justificou pelo fato de o juiz alagoano mover um processo contra o clube após declarações polêmicas do vice-presidente e diretor de futebol, Robinson de Castro, após uma partida na Série A 2011.

A CBF tentou alegar que o árbitro não movia ação alguma contra o clube e seu dirigente, mas o STJD acatou o pedido.

VLADIMIR MARQUESREPÓRTER

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