quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ouro, pode vir!

Leandro Damião marcou dois gols na vitória de ontem em Manchester Fotos: Reuters
Ao bater a Coreia do Sul, Seleção volta a uma final dos Jogos após 24 anos sonhando com o lugar mais alto do pódio
A Seleção Brasileira se classificou para sua terceira final olímpica na tarde desta terça-feira. Depois de vencer a Coreia do Sul por 3 a 0 no Estádio Old Trafford, o time comandado por Mano Menezes enfrenta o México em mais uma tentativa de conquistar o ouro inédito após 24 anos de espera.
Ainda que não conte com jogadores em times de ponta da Europa, a Coreia do Sul chegou a endurecer no começo da partida, mas perdeu terreno após sofrer um gol de Rômulo ainda no primeiro tempo. Na etapa complementar, Leandro Damião fez mais dois para fechar o placar.
O Brasil não disputa uma final dos Jogos Olímpicos desde a edição realizada em Seul-1988, quando o time que contava com Bebeto e Romário perdeu da União Soviética. Derrotada pela França na decisão de Los Angeles-1984, a Seleção ainda ganhou o bronze em Atlanta-1996 e Pequim-2008.

Em seu primeiro jogo na cidade de Londres, o Brasil decide o título diante dos mexicanos às 11 horas (de Brasília) do próximo sábado, em Wembley.

O jogo

Depois de um começo morno, os sul-coreanos tomou conta do jogo em Manchester e teve duas chances claras para marcar entre os 11 e os 13 minutos.

Após oportunidades para os dois lados, a partida permaneceu equilibrada e os sul-coreanos encaravam a Seleção de igual. Aos 37 minutos, Sandro fez um desarme no meio-campo e a bola sobrou para Neymar, que acionou Oscar. O camisa 10 arrancou e rolou para finalização certeira de Rômulo do lado direito da grande área.

A Seleção Brasileira precisou de apenas 11 minutos no segundo tempo para ampliar sua vantagem. Em uma jogada pelo lado esquerdo, Neymar recebeu de Marcelo e cruzou rasteiro. O lateral não conseguiu completar e a bola sobrou limpa para Leandro Damião estufar as redes.

Com 2 a 0 no placar, o Brasil passou a valorizar a posse de bola e marcou o terceiro sem correr grandes riscos. Neymar recebeu do lado esquerdo, carregou pelo meio e tocou para Oscar. O meia procurou devolver o passe, mas a zaga coreana desviou e a bola sobrou para Leandro Damião fazer mais um.

Após a pertida, o atacante Neymar admitiu que o Brasil encontrou dificuldades no início do duelo. "Foi um jogo muito difícil. A seleção coreana é qualificada, mas o Brasil está maduro e soube ganhar. Tivemos que nos unir para vencer. Agora é se preparar para pegar o México", analisou à TV Record.

"O México é um time difícil e rápido na frente. Acho que temos que tocar a bola para vencê-los", comentou o meia Oscar, sobre o adversário da grande final de sábado, em Wembley.

Já o técnico Mano Menezes celebrou o feito de levar a Seleção a uma final de Jogos Olímpicos e disse ver o time leve para a disputa do ouro inédito. "O mais importante é que a Seleção volta a chegar a uma final olímpica depois de 24 anos, o que deixa claro que não deve ser tão fácil. Se fosse, teríamos chegado mais, porque não faltou qualidade de jogadores. Esse é o mérito desse grupo, mas por enquanto é só uma final. Agora, queremos a parte mais importante", disse.

A intensa pressão da Coreia do Sul nos primeiros 20 minutos da semifinal não surpreendeu o técnico da Seleção Brasileira.

"Tivemos muita dificuldade no começo, que é uma coisa que já esperávamos por causa da agressividade dos coreanos. Aos poucos nós fomos retomando a normalidade e aí fizemos um gol num momento muito importante, que foi no finzinho do primeiro tempo", disse o técnico, em referência ao gol de Rômulo.

Por mais mobilidade
Mano também explicou que barrou Hulk para a entrada de Alex Sandro com a intenção de melhorar a mobilidade do ataque da seleção. "Contra Honduras (nas quartas de final) o time ficou com três atacantes muito fixos e isso facilitou a linha de quatro (defensores) deles. Eu sabia que a Coreia também jogava em linha de quatro e precisava de mais versatilidade. Não funcionou bem no primeiro tempo, mas no segundo nós tivemos essa versatilidade", analisou.

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