Apesar da redução, 50% das mortes poderiam ter sido evitadas, segundo o Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal de Fortaleza Foto: Rodrigo Carvalho |
Em oito anos, índice de morte de crianças com menos de um ano caiu de 21,2 por mil nascidas para12,7
O número de óbitos de bebês com menos de um ano de idade caiu 40% em Fortaleza, durante os últimos oito anos. Em 2004, o coeficiente foi de 21,2 mortes para cada mil nascidos, enquanto, em 2011, o índice passou para 12,7. Apesar da redução, cerca de 50% das mortes poderiam ter sido evitadas.
O número de óbitos de bebês com menos de um ano de idade caiu 40% em Fortaleza, durante os últimos oito anos. Em 2004, o coeficiente foi de 21,2 mortes para cada mil nascidos, enquanto, em 2011, o índice passou para 12,7. Apesar da redução, cerca de 50% das mortes poderiam ter sido evitadas.
As informações foram divulgadas na manhã de ontem, durante o I Seminário do Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal de Fortaleza.
"A maior parte dos casos acontecem por causa de doenças desenvolvidas ou adquiridas no período perinatal (de 22 semanas intrauterinas aos primeiros seis dias de vida)", afirma uma das colaboradoras do Comitê, a fisioterapeuta Ana Maria Cabral.
O contágio infeccioso no momento do parto, nascimentos prematuros e o uso de drogas por gestantes são algumas das complicações citadas pela estudiosa. Ela acrescentou que situações socioeconômicas precárias e a falta de educação das mães agravam o quadro. Observamos mais casos em áreas mais carentes", destaca.
A má formação congênita, segundo Ana Maria, aparece em segundo lugar na lista de causas de morte prematura. Nos casos de sífilis, por exemplo, esse tipo de problema poderia ser evitado através do tratamento antecipado da doença.
A apoiadora do Ministério da Saúde no Ceará e responsável pela implantação do programa do Governo Federal Rede Cegonha, Adriana Melo, chama atenção para as más condições na hora de dar à luz. "Parto humanizado e seguro leva a redução da mortalidade infantil", afirma.
Para ela, bebês e mães têm melhores chances de sobreviver se houver mais leitos obstetrícios, melhor dinâmica entre maternidades, menos cesarianas e diminuição da peregrinação de gestantes - quando elas vão de um hospital para o outro à procura de vaga.
Cesárias
Segundo o Comitê de Mortalidade Materna, apenas em Fortaleza, 53,5% dos partos foram cesarianas em 2010, porcentagem acima da média nacional(52%) e bem mais elevada que a meta idealizada pelo Ministério da Saúde, que visa reduzir a média do País para 30%.
"Cesárias são recomendadas para casos de doença ou complicações. Gravidez não é uma doença é um estado natural. As pessoas fogem do parto normal com medo da dor. A Rede Cegonha está trabalhando métodos de alívio, como massagem", diz.
Conforme a representante do Ministério, Fortaleza tem leitos obstetrícios suficientes para atender quem mora na cidade. No entanto, as maternidades da Capital recebem grávidas vindas do Interior do Estado, o que complica a situação.
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