sexta-feira, 11 de maio de 2012

41% admitem ter pirateado na rede

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O estudo traz subsídios para o debate acerca do marco civil da internet e da proposta da nova Lei de Direitos Autorais
FOTO: DIVULGAÇÃO
 
A região Nordeste aparece em primeiro lugar em número de pessoas que pirateiam, um total de 86%
Brasília. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou ontem o estudo ´Download de músicas e filmes no Brasil: Um perfil dos piratas online´ que mostra que 41% do total de internautas brasileiros baixam pirataria na internet. O estudo também revela que dos 34,7 milhões de usuários que dizem fazer download de conteúdo, 81% são considerados "piratas".O Instituto classifica como piratas on-line aqueles usuários que baixaram músicas ou filmes nos últimos três meses, mas não compraram nenhum conteúdo na internet no último ano. O estudo foi baseado na pesquisa TIC Domicílios de 2010, que entrevistou 10,6 milhões de internautas no Brasil.

Os "piratas" foram classificados por categorias. 75% dos usuários que fazem download foram classificados como piratas na classe A, 80% na B, 83% na C, 96% nas D e E. O estudo revelou que os índices de pirataria são mais elevados no Nordeste (86%), seguido pelo Sudeste (82%), Sul (79%), Norte e Centro-Oeste (73%).

A pirataria é mais intensa entre as pessoas de 10 a 15 anos (91%), 16 a 24 anos (83%), 45 a 59 anos (82%), 35 a 44 anos (81%). A pirataria entre as pessoas mais idosas ocorre em menor escala (67%).

Quanto à escolaridade, a pirataria é maior entre os usuários com menos educação (92%), e menor entre os que têm nível superior (77%). Já em relação aos participantes ou não de redes sociais, 86% são piratas, contra 80% dos participantes.

Os desempregados apresentam valores mais elevados (95%), seguidos dos estudantes que não trabalham (83%), indivíduos que trabalham (81%), donas de casa que não trabalham (80%) e aposentados (63%).

Metodologia

O Ipea diferenciou os usuários pagadores dos não pagadores. O questionário tinha três perguntas sobre conteúdo digital: uma sobre filmes, outra sobre músicas e a terceira sobre o pagamento de filmes, músicas e ringtones pela internet.

O instituto cruzou os usuários que disseram ter feito download nos últimos meses com aqueles que afirmaram não terem comprado nada pela internet. O resultado desse cruzamento foram os internautas "piratas".

O estudo traz subsídios para o debate a cerca do marco civil da internet e da proposta da nova Lei de Direitos Autorais.

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