Promotor de Justiça, Marcelo Maia, explicou como são as mediações FOTO: ALEX PIMENTEL |
Quixadá. Uma nova arma começa a ser utilizada no combate à violência e conflitos nas escolas da rede municipal de Quixadá. Por meio de parceria formada com o Ministério Público Estadual, os órgãos de Segurança Pública e ainda as Secretarias de Desenvolvimento Social e de Saúde, a Secretaria de Educação deste Município acabam de formar o primeiro grupo de mediação escolar do Centro do Estado. Psicólogos, assistentes sociais, policiais e promotores de Justiça começaram a atuar em conjunto na solução das ameaças e agressões no ambiente escolar.Segundo a coordenadora do núcleo de Desenvolvimento da Escola de Quixadá, a pedagoga Tereza de Aquino, o objetivo é ir além dos muros das escolas. Na opinião da especialista, a maior parte dos problemas começa dentro de casa. Os alunos acabam levando para a sala de aula os traumas pessoais. Portanto, há necessidade de trabalhar junto às famílias. Orientadas e conscientizadas de suas responsabilidades e da necessidade da harmonia no lar, as famílias podem contribuir para a redução dos índices de violência tanto dentro como fora das escolas.
Um banco de dados está sendo criado. Até então, cada escola mantinha guardada a sua relação de ocorrências.
Além dos profissionais de campo, os conselheiros tutelares da cidade farão acompanhamento das mediações, coordenadas em conjunto com a Promotoria de Justiça. Os casos começaram a ser agendados. Em breve, haverá a primeira rodada de intervenção do grupo especial. Somente quando não houver alternativa, o Juizado da Infância e da Juventude será solicitado a atuar e aplicar as medidas legais.
A expectativa do diretor da Escola Padre Vicente Gonçalves Albuquerque, professor João Batista de Sousa, é de redução de até 80% de encaminhamentos ao Conselho Tutelar e à Polícia. No ano passado, a escola registrou cerca de 30 casos de violência física e ameaças. Outros 80 foram solucionados internamente. Com a nova estratégia, várias mudanças estão sendo observadas. Uma delas é a participação dos pais nos encontros escolares. A outra mudança é o diálogo com os envolvidos, que está se tornando mais fácil.
Na semana passada, foi realizado o I Encontro de Mediação Escolar. O local escolhido foi a Escola Padre Vicente Gonçalves Albuquerque, no bairro do Campo Velho, onde, no mês de fevereiro, um estudante de 15 anos baleou o porteiro na entrada da unidade de ensino, atualmente em recuperação na sua residência. A iniciativa teve por objetivo reunir alunos, pais e a população com autoridades civis, militares e pedagógicas para apresentar-lhes o novo modelo de resolução de conflitos no meio estudantil: a mediação. A secretária municipal de Educação, professora Fátima Pimentel, o promotor de Justiça Marcelo Maia Pires, o subcomandante do Batalhão de Polícia Militar de Quixadá, major Humberto Oliveira de Sousa, o comandante do Ronda do Quarteirão na cidade, capitão Antonio George Vidal, representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), do Conselho Tutelar, do Conselho da Criança e do Adolescente e membros do meio acadêmico prestigiaram o lançamento dos grupos de mediação.
Participação
A diretora da Escola José Bonifácio de Sousa, pedagoga Faustina Maria da Silva, também participou do encontro. Ela achou a proposta muito interessante. Pretende até criar o próprio grupo de mediação em sua escola. Com a participação da equipe do Centro de Referência e Assistência Social (Cras) do bairro Campo Novo, considerado um dos mais problemáticos da cidade, estão surgindo denominadores na solução das questões mais graves. Antes, as saídas amigáveis eram mais difíceis. Quando não brigavam dentro da Escola, acabavam se esbofeteando do lado de fora. "Pais e os alunos estão apreendendo a resolver diferenças através do diálogo", acrescentou a pedagoga.
Ensino
71 escolas integram a rede municipal de ensino em Quixadá. As unidades contam com 71 gestores, 521 professores e mais 14 mil estudantes matriculados
Mais informações:
Secretaria de Educação de Quixadá
Rua Rui Barbosa, 469 - Centro
Telefone: (88) 3412.1966
Um banco de dados está sendo criado. Até então, cada escola mantinha guardada a sua relação de ocorrências.
Além dos profissionais de campo, os conselheiros tutelares da cidade farão acompanhamento das mediações, coordenadas em conjunto com a Promotoria de Justiça. Os casos começaram a ser agendados. Em breve, haverá a primeira rodada de intervenção do grupo especial. Somente quando não houver alternativa, o Juizado da Infância e da Juventude será solicitado a atuar e aplicar as medidas legais.
A expectativa do diretor da Escola Padre Vicente Gonçalves Albuquerque, professor João Batista de Sousa, é de redução de até 80% de encaminhamentos ao Conselho Tutelar e à Polícia. No ano passado, a escola registrou cerca de 30 casos de violência física e ameaças. Outros 80 foram solucionados internamente. Com a nova estratégia, várias mudanças estão sendo observadas. Uma delas é a participação dos pais nos encontros escolares. A outra mudança é o diálogo com os envolvidos, que está se tornando mais fácil.
Na semana passada, foi realizado o I Encontro de Mediação Escolar. O local escolhido foi a Escola Padre Vicente Gonçalves Albuquerque, no bairro do Campo Velho, onde, no mês de fevereiro, um estudante de 15 anos baleou o porteiro na entrada da unidade de ensino, atualmente em recuperação na sua residência. A iniciativa teve por objetivo reunir alunos, pais e a população com autoridades civis, militares e pedagógicas para apresentar-lhes o novo modelo de resolução de conflitos no meio estudantil: a mediação. A secretária municipal de Educação, professora Fátima Pimentel, o promotor de Justiça Marcelo Maia Pires, o subcomandante do Batalhão de Polícia Militar de Quixadá, major Humberto Oliveira de Sousa, o comandante do Ronda do Quarteirão na cidade, capitão Antonio George Vidal, representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), do Conselho Tutelar, do Conselho da Criança e do Adolescente e membros do meio acadêmico prestigiaram o lançamento dos grupos de mediação.
Participação
A diretora da Escola José Bonifácio de Sousa, pedagoga Faustina Maria da Silva, também participou do encontro. Ela achou a proposta muito interessante. Pretende até criar o próprio grupo de mediação em sua escola. Com a participação da equipe do Centro de Referência e Assistência Social (Cras) do bairro Campo Novo, considerado um dos mais problemáticos da cidade, estão surgindo denominadores na solução das questões mais graves. Antes, as saídas amigáveis eram mais difíceis. Quando não brigavam dentro da Escola, acabavam se esbofeteando do lado de fora. "Pais e os alunos estão apreendendo a resolver diferenças através do diálogo", acrescentou a pedagoga.
Ensino
71 escolas integram a rede municipal de ensino em Quixadá. As unidades contam com 71 gestores, 521 professores e mais 14 mil estudantes matriculados
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