“Não tenho medo de morrer. Só acho uma pena, quando ainda tenho tanta coisa a fazer. Mas, não posso lutar contra o inevitável”, Chico Anysio foto: Agência Estado |
Mais de 200 personagens, oito filhos, muita vontade de ajudar quem sempre viveu do humor. Gerações foram influenciadas por ele e um país de admiradores ao longo de 65 anos de carreira. Chico Anysio se vangloriava de ser cearense, daqueles que não fogem à luta. E foi assim até o fim. Agora, depois de sua morte, será eternizado por meio de parte das suas cinzas que serão deixadas na serra de Maranguape, na próxima quinta-feira, 12, dia que completaria 81 anos. A outra metade ficou no Projac, na Rede Globo. Neste dia, virão para Fortaleza a esposa do humorista, a Empresária Malga di Paula, e o seu filho André Lucas, trazendo as cinzas. Às 9 horas, sairá um cortejo, da frente do Teatro Chico Anysio, na Avenida da Universidade, em direção ao Município de Maranguape. As informações são do secretário de Turismo do Estado, Bismarck Maia.
Segundo ele, um carro do Corpo de Bombeiros irá acompanhando a comitiva, erguendo uma Bandeira do Brasil e do Estado do Ceará. Lá em Maranguape, as cinzas seguirão para o Estádio Municipal Moraisão, onde a população e amigos poderão fazer a sua última homenagem a Chico Anysio. “Acredito que ao invés de nós homenagearmos o grande humorista ele é quem nos homenageou, deixando claro o amor que sentia pelos cearenses e por sua terra. É uma honra eternizar esse grande homem na terra onde ele nasceu”, destaca o secretário.
Conforme suas informações, no fim da manhã, um helicóptero pousará no estádio e levará a esposa e o filho do humorista até a serra do município onde serão lançadas as cinzas. “Nada mais do que justo ele ser eternizado na terra onde nasceu. Entre os verdes da bela serra de Maranguape ele estará sempre presente. Na nossa memória ficará a lembrança dos mais de 200 personagens que tinham a cara e o jeito dos cearenses”, diz.
O filho de Chico, André Lucas ressalta a importância de Maranguape e do Ceará na vida do pai. Segundo ele, em todos os shows e apresentações, fossem no rádio, no teatro ou na televisão, Chico fazia questão de divulgar o nome do município. “Não conheço um humorista que tenha divulgado tanto o Ceará como o meu pai”, conclui.
Legado humorístico
Troféu imprensa do melhor programa humorístico de 1985, tela inacabada pintada por ele incluindo as bisnagas e pinceis, discos, livros e um busto de bronze doado pela família, dezenas de lembranças reunidas em um memorial incrível.
Todas essa relíquias são possíveis de encontrar no Teatro Chico Anysio, em Fortaleza. Fundado no dia 13 de junho de 1991, o lugar é coordenado pelo humorista Jader Soares, o Zebrinha. “Para nós humoristas ter a honra de receber as cinzas do Chico aqui no Ceará é um misto de tristeza e alegria”.
FIQUE POR DENTRO
Um grande mestre, homem e humorista
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu em 12 de abril de 1931, em Maranguape, no Ceará, e foi para o Rio de Janeiro, com a família, aos 7 anos.
Mudou-se com a mãe e três irmãos. O pai permaneceu em sua cidade natal para tentar refazer a vida como construtor de estradas de rodagem. A família passou a viver numa pensão no bairro do Catete, abrigada em diferentes quartos.
A ideia inicial de Chico era estudar para ser advogado, mas a veia cômica e a necessidade de trabalhar mudaram seus planos. O cearense, que ainda jovem fazia imitações de personalidades, preparou um número com 32 vozes que o fez ganhar vários concursos de programas de calouros, como o "Papel carbono", de Renato Murce, e a "Hora do pato", apresentado por Jorge Cury, ambos da Rádio Nacional.
Ele criou mais de 200 personagens, escreveu livros de humor, era pintor e compôs várias músicas, muitas delas registradas por Dolores Duran. No último dia 23 de março, depois de muitos meses internado Chico Anysio sofreu duas paradas cardíacas em um hospital do Rio de Janeiro e deixou todo o Brasil com saudades e um pouco menos alegre.
Mais informações:
Teatro Chico Anysio
Av. Universidade, 2175 -
Bairro Benfica
Contato (85) 3252.3741
Segundo ele, um carro do Corpo de Bombeiros irá acompanhando a comitiva, erguendo uma Bandeira do Brasil e do Estado do Ceará. Lá em Maranguape, as cinzas seguirão para o Estádio Municipal Moraisão, onde a população e amigos poderão fazer a sua última homenagem a Chico Anysio. “Acredito que ao invés de nós homenagearmos o grande humorista ele é quem nos homenageou, deixando claro o amor que sentia pelos cearenses e por sua terra. É uma honra eternizar esse grande homem na terra onde ele nasceu”, destaca o secretário.
Conforme suas informações, no fim da manhã, um helicóptero pousará no estádio e levará a esposa e o filho do humorista até a serra do município onde serão lançadas as cinzas. “Nada mais do que justo ele ser eternizado na terra onde nasceu. Entre os verdes da bela serra de Maranguape ele estará sempre presente. Na nossa memória ficará a lembrança dos mais de 200 personagens que tinham a cara e o jeito dos cearenses”, diz.
O filho de Chico, André Lucas ressalta a importância de Maranguape e do Ceará na vida do pai. Segundo ele, em todos os shows e apresentações, fossem no rádio, no teatro ou na televisão, Chico fazia questão de divulgar o nome do município. “Não conheço um humorista que tenha divulgado tanto o Ceará como o meu pai”, conclui.
Legado humorístico
Troféu imprensa do melhor programa humorístico de 1985, tela inacabada pintada por ele incluindo as bisnagas e pinceis, discos, livros e um busto de bronze doado pela família, dezenas de lembranças reunidas em um memorial incrível.
Todas essa relíquias são possíveis de encontrar no Teatro Chico Anysio, em Fortaleza. Fundado no dia 13 de junho de 1991, o lugar é coordenado pelo humorista Jader Soares, o Zebrinha. “Para nós humoristas ter a honra de receber as cinzas do Chico aqui no Ceará é um misto de tristeza e alegria”.
FIQUE POR DENTRO
Um grande mestre, homem e humorista
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu em 12 de abril de 1931, em Maranguape, no Ceará, e foi para o Rio de Janeiro, com a família, aos 7 anos.
Mudou-se com a mãe e três irmãos. O pai permaneceu em sua cidade natal para tentar refazer a vida como construtor de estradas de rodagem. A família passou a viver numa pensão no bairro do Catete, abrigada em diferentes quartos.
A ideia inicial de Chico era estudar para ser advogado, mas a veia cômica e a necessidade de trabalhar mudaram seus planos. O cearense, que ainda jovem fazia imitações de personalidades, preparou um número com 32 vozes que o fez ganhar vários concursos de programas de calouros, como o "Papel carbono", de Renato Murce, e a "Hora do pato", apresentado por Jorge Cury, ambos da Rádio Nacional.
Ele criou mais de 200 personagens, escreveu livros de humor, era pintor e compôs várias músicas, muitas delas registradas por Dolores Duran. No último dia 23 de março, depois de muitos meses internado Chico Anysio sofreu duas paradas cardíacas em um hospital do Rio de Janeiro e deixou todo o Brasil com saudades e um pouco menos alegre.
Mais informações:
Teatro Chico Anysio
Av. Universidade, 2175 -
Bairro Benfica
Contato (85) 3252.3741
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