quinta-feira, 8 de março de 2012

Número de divórcios aumentou 100% no Ceará, em uma década

O número de divórcios no Ceará aumentou 100,57% na última década, passando de 49.1337, em 2000, para 120.725, em 2010. Um aumento de 71.588 divórcios em 10 anos. O resultado cearense é, em média, maior do que o crescimento no Brasil, de 83,07%, e inferior ao do Nordeste, com 105,37% divórcios.

Já o número de pessoas casadas diminuiu 4,62%, nestes 10 anos, guardando proporções menores do que a encontrada no País (-6,05%).

Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), baseada nos dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chamada “Comportamento das Taxas de Migração, Fecundidade e Nupcialidade no Ceará na última Década”.
Filhos
Também de acordo com o estudo, as mulheres estão tendo menos filhos, no Ceará. Em 10 anos (2000/2010), a taxa de fecundidade (média de filhos por mulher) caiu 20,48% no Estado, ou seja, diminuiu de 2,56 filhos em 2000 para 2,04 em 2010. Esta é a maior redução verificada entre todos os estados do Brasil.

Em segundo lugar ficou o Rio Grande do Norte, com menos 19,86% (de 2,57 para 2,06 filhos), e Pernambuco, com decréscimo de 19,76% (de 2,42 para 1,95). O Rio Grande do Sul foi o que apresentou a menor queda, de 12,58% (de 1,91 para 1,67).

A taxa de fecundidade total do Brasil passou de 2,38 no ano de 2000 para 1,86 no ano de 2010. A redução está relacionada a uma diversidade de fatores. Dentre eles, o Ipece considera o acesso mais democrático a meios contraceptivo, assim como a outros avanços técnicos relacionados à saúde reprodutiva. Além disto, um maior nível de escolaridade pode influenciar e a maior participação feminina no mercado de trabalho também são fatores considerados.

A região Norte do País é onde a taxa de fecundidade é mais alta, sendo 2,42, bem acima da média nacional. Já o Nordeste foi o local a apresentar a maior redução nos últimos dez anos.

De acordo com os dados do estudo, todas as regiões do Brasil apresentam taxas de fecundidade total abaixo da taxa de substituição (de 2,1 filhos por mulher), exceto a região Norte, que apresenta uma taxa de 2,42, bastante acima da média nacional. A região Nordeste foi a que apresentou a maior redução na última década.
Redação O POVO Online

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