quinta-feira, 22 de março de 2012

Nacionalsíndrome de down: Dia Internacional é comemorado no Congresso



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Uma exposição com quadros feitos por pessoas com Down foi realizada no Congresso Nacional
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
 
Brasília. Pessoas com síndrome de Down e seus parentes levaram ontem aos parlamentares e autoridades presentes no Congresso Nacional para as comemorações do Dia Internacional da Síndrome de Down um recado simples e direto: "Ser diferente é normal". No Brasil, há cerca de 4,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, sendo 300 mil delas com Síndrome de Down, segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Já no início da cerimônia, o portador da deficiência Eduardo Gontijo Vieira Gomes, o Dudu do Cavaco, de 21 anos, emocionou o público ao utilizar o instrumento para executar o Hino Nacional Brasileiro.

A presença de ministros, empresários e parlamentares foi ofuscada pela alegria de crianças, especialmente as portadoras de Down, de poder estar ao lado do deputado Romário (PSB-RJ) e do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ambos pais de crianças também portadoras da deficiência e engajados no desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida e de ensino de crianças e adultos com Down.

Na cerimônia, uma exposição de quadros e fotos, de autoria de pessoas com a síndrome, encantava os visitantes. A artista plástica Melina Pedroso, de 28 anos, mostrava com orgulho suas obras. Ela mostrou-se entusiasmada com o trabalho que faz. "Gosto muito do que faço, a pintura é uma forma de relaxar".

Muita cor e pessoas sem rostos definidos estão nas obras. É o caso, por exemplo, do quadro Os Menininhos, com crianças sem expressão facial. Perguntada sobre a ausência de rostos em suas obras, Melina argumentou: "É porque, para mim, todas as crianças são felizes". Dessa forma, ela pôde mostrar que as pessoas são iguais, tendo a síndrome ou não.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que, apesar das políticas públicas já implementadas, ainda é grande, principalmente nas áreas rurais do Brasil, o número de crianças com deficiência que ainda não têm acesso à escola. "Vamos buscar uma a uma dessas crianças. Essa é a orientação da presidente Dilma Rousseff", frisou ontem o ministro.

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