Paciente com diabetes tipo 1 desde os 16 anos de idade, passa bem e ficará cerca de 15 dias na enfermaria
O primeiro transplante de pâncreas isolado do Norte e Nordeste foi realizado no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), propiciando uma nova vida para Antônio Ortiz de Carvalho, 44 anos, que sofria de diabetes tipo 1 desde os 16 anos de idade. Residente em Brasília, o paciente veio a Fortaleza para se submeter à cirurgia que livrou seu organismo da necessidade de receber aplicações diárias de insulina e, ainda, passar pelo teste de controle do nível de glicose, em média, três vezes ao dia.
Desde dezembro de 2009, o HGF passou a fazer o transplante duplo, do pâncreas e do rim, destinado aos pacientes diabéticas e com insuficiência renal. Porém, somente no último dia 22, o hospital fez seu primeiro transplante isolado do pâncreas, tratamento indicado para o paciente com diabetes tipo 1, uma doença de difícil controle. A cirurgia durou cerca de duas horas e meia, tendo como responsável técnico o cirurgião e urologista Ronaldo de Matos Esmeraldo, que coordenou uma equipe com mais de nove médicos.
Atualmente, no Brasil, além do Ceará, o transplante de pâncreas isolado só é realizado em São Paulo e no Paraná. Segundo informações da Assessoria de Comunicação do HGF, foram realizados 34 procedimentos, em 2008; 39 em 2009; 47 em 2010 e 52 em 2011.
Para fazer esse novo tipo de procedimento, o Hospital Geral de Fortaleza teve, primeiramente, que ser credenciado pelo Sistema de Nacional de Transplante e, depois, pelo Ministério da Saúde. "A cirurgia tem indicação para paciente diabético instável e de difícil controle de glicemia", citou o Ronaldo de Matos, coordenador da Unidade de Transplantes do HGF, acrescentando que o grande benefício para paciente "é se livrar das injeções de insulina frequentes e diárias". Lembrou, ainda, que esse tipo de transplante evita as consequências graves do diabetes, tais como cegueira e insuficiências vascular, periférica e renal. Para a médica Ivelise Brasil, também do HGF, o procedimento cirúrgico é de grande a importância por ser mais uma opção de tratamento para pacientes diabéticos do tipo 1, que apresentam dificuldade de controle da doença desde infância.
Internação
"O estado do paciente transplantado é excelente", adiantou a cirurgiã, explicando que ele ficará internado mais cerca de 15 dias. Sobre a possibilidade de rejeição do novo órgão, garantiu ser "pequena". Quando interrogada sobre porque de somente agora ter ocorrido o transplante de pâncreas isolado do Norte e Nordeste, esclareceu: "não tínhamos um grupo treinado para o procedimento".
O diretor geral do HGF, Zózimo Medeiros, é da opinião de que o credenciamento em mais esse tipo de transplante torna o serviço, que já é referência no Brasil, ainda mais completo. "Agora, estamos habilitados a fazer todos os tipos de transplante de pâncreas. Nosso paciente conta com mais opções. Estamos formando profissionais na área de transplante com um programa de residência iniciado neste ano. Contamos com uma das melhores equipes do País e isso, certamente, faz toda a diferença para o paciente que nos procura e para o médico que busca uma especialização com excelência", disse o diretor.
Conforme a Central de Transplantes do Estado do Ceará, até a última segunda-feira, 228 pacientes estavam na fila de espera por um rim; outros 138 aguardavam um fígado, seis esperavam por um transplante duplo (rim e pâncreas). A central informa não haver fila de espera para o transplante de pâncreas isolado.
Nova vida
10 médicos participaram da cirurgia que permitiu ao paciente transplantado não mais depender das doses diárias de insulina
MOZARLY ALMEIDAREPÓRTER
O primeiro transplante de pâncreas isolado do Norte e Nordeste foi realizado no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), propiciando uma nova vida para Antônio Ortiz de Carvalho, 44 anos, que sofria de diabetes tipo 1 desde os 16 anos de idade. Residente em Brasília, o paciente veio a Fortaleza para se submeter à cirurgia que livrou seu organismo da necessidade de receber aplicações diárias de insulina e, ainda, passar pelo teste de controle do nível de glicose, em média, três vezes ao dia.
Desde dezembro de 2009, o HGF passou a fazer o transplante duplo, do pâncreas e do rim, destinado aos pacientes diabéticas e com insuficiência renal. Porém, somente no último dia 22, o hospital fez seu primeiro transplante isolado do pâncreas, tratamento indicado para o paciente com diabetes tipo 1, uma doença de difícil controle. A cirurgia durou cerca de duas horas e meia, tendo como responsável técnico o cirurgião e urologista Ronaldo de Matos Esmeraldo, que coordenou uma equipe com mais de nove médicos.
Atualmente, no Brasil, além do Ceará, o transplante de pâncreas isolado só é realizado em São Paulo e no Paraná. Segundo informações da Assessoria de Comunicação do HGF, foram realizados 34 procedimentos, em 2008; 39 em 2009; 47 em 2010 e 52 em 2011.
Para fazer esse novo tipo de procedimento, o Hospital Geral de Fortaleza teve, primeiramente, que ser credenciado pelo Sistema de Nacional de Transplante e, depois, pelo Ministério da Saúde. "A cirurgia tem indicação para paciente diabético instável e de difícil controle de glicemia", citou o Ronaldo de Matos, coordenador da Unidade de Transplantes do HGF, acrescentando que o grande benefício para paciente "é se livrar das injeções de insulina frequentes e diárias". Lembrou, ainda, que esse tipo de transplante evita as consequências graves do diabetes, tais como cegueira e insuficiências vascular, periférica e renal. Para a médica Ivelise Brasil, também do HGF, o procedimento cirúrgico é de grande a importância por ser mais uma opção de tratamento para pacientes diabéticos do tipo 1, que apresentam dificuldade de controle da doença desde infância.
Internação
"O estado do paciente transplantado é excelente", adiantou a cirurgiã, explicando que ele ficará internado mais cerca de 15 dias. Sobre a possibilidade de rejeição do novo órgão, garantiu ser "pequena". Quando interrogada sobre porque de somente agora ter ocorrido o transplante de pâncreas isolado do Norte e Nordeste, esclareceu: "não tínhamos um grupo treinado para o procedimento".
O diretor geral do HGF, Zózimo Medeiros, é da opinião de que o credenciamento em mais esse tipo de transplante torna o serviço, que já é referência no Brasil, ainda mais completo. "Agora, estamos habilitados a fazer todos os tipos de transplante de pâncreas. Nosso paciente conta com mais opções. Estamos formando profissionais na área de transplante com um programa de residência iniciado neste ano. Contamos com uma das melhores equipes do País e isso, certamente, faz toda a diferença para o paciente que nos procura e para o médico que busca uma especialização com excelência", disse o diretor.
Conforme a Central de Transplantes do Estado do Ceará, até a última segunda-feira, 228 pacientes estavam na fila de espera por um rim; outros 138 aguardavam um fígado, seis esperavam por um transplante duplo (rim e pâncreas). A central informa não haver fila de espera para o transplante de pâncreas isolado.
Nova vida
10 médicos participaram da cirurgia que permitiu ao paciente transplantado não mais depender das doses diárias de insulina
MOZARLY ALMEIDAREPÓRTER
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