A taxa de fecundidade no Estado também apresentou redução, passando para 2,07 filhos por casal
O Ceará tem a menor taxa de mortalidade infantil do Nordeste. A cada mil nascidos vivos no Estado, exatos 24,4 morrem. Alagoas possui um índice de 41,2 e, o Maranhão, 30,1 - os Estados apresentam as piores taxas da Região. Os dados são do relatório Situação Social dos Estados - Ceará elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado ontem.
A pesquisa mostra que a mortalidade infantil tem diminuído no Ceará. Em 2001, a taxa de mortes infantis por mil nascidos vivos era de 35, caindo para 24,4 em 2007. Porém, considerando esses índices, o Ceará se encontra em uma situação desfavorável ao contexto nacional. No Brasil, os patamares de mortalidade infantil são mais baixos: 26,3, em 2001, e 20, em 2007. Por outro lado, o Estado apresenta vantagem se comparado ao quadro apresentado na região Nordeste, na qual as taxas foram de 39,3 e 28,7, em 2001 e 2007, respectivamente.O Ceará tem a menor taxa de mortalidade infantil do Nordeste. A cada mil nascidos vivos no Estado, exatos 24,4 morrem. Alagoas possui um índice de 41,2 e, o Maranhão, 30,1 - os Estados apresentam as piores taxas da Região. Os dados são do relatório Situação Social dos Estados - Ceará elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado ontem.
O técnico de pesquisa e planejamento do Instituto, Herton Ellery Araújo, informa que a análise foi baseada em números da Rede Interagencial de Informações para a Saúde do Ministério da Saúde (Ripsa/MS), no período de 2001 a 2007. "Além de dados reais, também trabalhamos com estimativas", comenta.
O titular da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Arruda Bastos, atribui essa redução a uma série de ações. A princípio, ele cita a melhor estruturação do sistema de saúde, com pelo menos 70% dos municípios cobertos pelo sistema. "Hoje, 90% das gestantes fazem pelo menos quatro consultas, além disso universalizamos todos os exames, como Aids, sífilis, entre outros".
A implementação do banco de aleitamento materno e a vacinação, principalmente, ao nascer também foram citados pelo secretário. Ele diz que a meta agora é reduzir para um dígito a taxa de mortes, assim como a mortalidade infantil neonatal.
"Para isso, estamos investindo em tecnologia e em uma rede mais ampla, com a criação das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), quatro Hospitais Regionais e a inserção e capacitação de profissionais nessa essa rede", explica.
Fecundidade
A taxa de fecundidade no Estado também apresentou redução acentuada, superando os decréscimos nacional e regional. Em 2007, o Ceará tinha uma média de 2,07 filhos por casal, em 2001, essa taxa era de 2,67. Já o Brasil apresenta uma taxa de fecundidade de 1,9 filhos por casal, e em 2001, 2,22. No Nordeste, há 12 anos, essa média era de 2,55, em 2007, foi para 2,12.
Para Herton Ellery, os números demonstram que o Ceará começará a reduzir sua população em 30 anos. Além de atribuir essa redução ao melhor acesso ao sistema de saúde e a métodos contraceptivos. "Não temos políticas públicas diferenciadas e nem uma renda melhor, então atribuímos, principalmente, o acesso ao sistema de saúde".
Idosos cearenses vivem menos
A esperança de vida dos idosos aos 60 anos (estimativa de quantos anos mais uma pessoa de 60 anos ainda vai viver), no Ceará, está abaixo da média nacional e da região Nordeste. Segundo o relatório Situação Social nos Estados-Ceará, divulgado, ontem, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2008, o idoso cearense estimava viver mais 19,9 anos.
Em 2001, a expectativa de viver mais era de 19,1 anos, quando o cearense completasse 60 anos de idade. Já no Brasil, essa projeção era de 20,5 anos em 2001, e de 21,3 anos, em 2008. No Nordeste, a taxa era de 19,5 e 20,3 anos.
"Esse fator pode apontar a carência em vários pontos, uma delas é com relação à assistência ao idoso no Estado, políticas públicas destinadas a essa camada da população que cresce, mas sem assistência", explica o técnico em pesquisa e planejamento do Ipea, Herton Ellery Araújo.
Homicídios
Diferentemente do Brasil, onde a taxa de homicídio masculina (número de mortes por 100 mil habitantes) para a faixa etária de 15 a 29 anos caiu de 101,4 em 2001 para 94,3, em 2007, o Ceará obteve um crescimento em 2001, registrando taxa de 58,1, e subindo para 83,5 em 2007.
THAYS LAVORREPÓRTER
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