sábado, 21 de janeiro de 2012

Material de construção terá menos ICMS no CE

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CID BARBOSA
Percentual de redução da alíquota no imposto cobrado do material de construção ainda não foi divulgado. Medida entra em vigor em março
Representantes do setor receberam de modo positivo o anúncio de desoneração de materiais de construção

O Governo do Estado anunciou que irá reduzir a carga tributária de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre itens de material de construção voltados para casas populares. A Secretaria da Fazenda (Sefaz) - que já havia informado também sobre desoneração no segmento de produção de informática - ainda não divulgou a alíquota do abatimento, que deve valer a partir de março próximo.
"O Governo federal há dois anos reduziu o IPI para vários produtos do setor de material de construção e faltava o governo do Estado. Aplaudimos a iniciativa, porque, com imposto menor, a tendência é aumentar a arrecadação, pois muitas empresas acabam deixando a informalidade", afirma Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismo, Ferragens e Tintas de Fortaleza (Sinditintas).

Para ele, o "ideal" seria a substituição tributária, mas, segundo avalia, a redução do ICMS já "atende, em parte, as necessidades do setor". Segundo Alves, a carga tributária do segmento representa mais de um terço do preço dos produtos. "Somando IPI, ICMS, PIS/Cofins, são mais de 33% de impostos", calcula.

Ele acredita que, com a desoneração, as vendas do segmento devem apresentar melhora. "Esse setor é um dos que mais crescem no Estado. Está muito pujante. Com esse tipo de iniciativa, pode haver incremento ainda maior", projeta.

Minha Casa

O vice-presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro, disse que a medida deve ajudar o programa Minha Casa Minha Vida a ganhar celeridade em Fortaleza. "É importante esse engajamento também do governo estadual. Reivindicamos isso desde que o Minha Casa foi lançado", comemora. Segundo Montenegro, pleiteia-se que sejam apurados os gastos com ICMS e o determinado valor resultante seja posto no Fundo de Arrendamento Residencial da Caixa, o qual seria usado para o programa habitacional. "Muitas vezes, acontece de você ter um terreno que se torna inviável para o Minha Casa. Você faz as contas dos custos com a construção e acaba excedendo o valor máximo estipulado, de R$ 56 mil. Com esse apoio, você usaria o dinheiro do ICMS e aproveitaria esses casos", explica.

Comitê

O representante do Sinduscon disse que, na próxima terça-feira, será oficializada a criação de um comitê para acompanhar as obras do programa federal. Farão parte, diz, a Secretaria das Cidades, Sinduscon-CE, Caixa, Banco do Brasil, Coelce, Cagece e Corpo de Bombeiros.

VICTOR XIMENESREPÓRTER

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