FOTO: SITE PSB Coelho foi o único congressista que teve todo dinheiro pedido empenhado pelo ministério, cerca de R$ 9,1 milhões superando 219 colegas |
Em nota, o Ministério negou que o Fernando Coelho tenha sido favorecido em detrimento dos demais
Brasília. O ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) privilegiou seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), com o maior volume de liberação de emendas parlamentares de sua pasta em 2011. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Brasília. O ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) privilegiou seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), com o maior volume de liberação de emendas parlamentares de sua pasta em 2011. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Coelho foi o único congressista que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no Orçamento para pagamento) pelo ministério (R$ 9,1 milhões), superando 219 colegas que também solicitaram recursos para obras da Integração.
Liberado em dezembro, o dinheiro solicitado pelo deputado irá para ações tocadas pela estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba).
A empresa pública é presidida interinamente pelo seu tio, Clementino Coelho, irmão do ministro da Integração Nacional.
Na sexta-feira, o Planalto dava como certa a saída de Clementino do cargo. Em nota, o ministério negou que o filho do ministro tenha sido favorecido. Segundo a pasta, outros deputados tiveram "emendas aprovadas em percentuais equivalentes".
As emendas do deputado do ano passado ainda não foram aplicadas. Mas as de 2010, também direcionadas à estatal do tio, beneficiaram seus redutos eleitorais.
No final de 2010, a Codevasf, usando R$ 1,3 milhão das emendas do filho do ministro, contratou uma empresa de Petrolina (a 740 km de Recife) chamada Hidrosondas para furar poços em 92 localidades de Pernambuco.
O contrato foi assinado pelo superintendente da estatal em Petrolina, Luís Eduardo Frota, indicado ao cargo pela família do ministro.
Os sítios beneficiados com poços (a maioria, propriedades particulares) ficam em municípios em que Coelho recebeu quase metade dos seus votos na eleição para a Câmara em 2010.
Dentre as cidades pernambucanas, estão Ouricuri, Cedro, Verdejante, Exú, Petrolina, Bodocó, Petrolândia, Dormentes e Salgueiro.
Segundo a reportagem apurou, foi o próprio deputado federal que escolheu os lugares das obras - tocadas em 2011, quando o pai do deputado já era ministro e Clementino presidia a estatal. Em uma análise das emendas parlamentares apresentadas ao Orçamento de 2011, verificam-se diversos casos de parlamentares que chegaram a apresentar pedidos de verbas em volume maior do que Coelho Filho, mas que não tiveram nenhum real liberado pela pasta.
O dinheiro liberado pelo ministério servirá para a realização de obras de abastecimento de água em municípios no sertão de Pernambuco, reduto da família Coelho. O deputado é pré-candidato à Prefeitura de Petrolina, já foi administrada pelo pai.
Na última semana, o ministro Bezerra foi alvo de críticas por conta dos critérios na distribuição de verbas para a prevenção às enchentes.
Um dos programas do ministério teve 95,5% dos pedidos de verba sob a gestão Bezerra em favor de seu Estado. Chamado pelo Planalto a dar explicações, ele reagiu, dividindo a responsabilidade com a presidente Dilma Rousseff e exigindo autonomia.
A situação gerou um desconforto entre o governo e o PSB, partido do ministro. Fernando Bezerra foi indicado em 2010 pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos.
O ministro nega sua demissão do cargo, após a informação de que sairia do governo, se espalhar por redes sociais. Bezerra disse pelo Twitter que a presidente o convocou para uma conversa na segunda-feira.
Pasta é feudo político do PSB de PE
Brasília. O PSB transformou o Ministério da Integração Nacional em feudo político com porteira fechada no governo Dilma Rousseff. Na gerência, o ministro Fernando Bezerra Coelho, membro de tradicional família do Nordeste, tornou a pasta uma república de correligionários, conterrâneos e apaniguados do principal cacique da legenda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do partido.
Segundo informações do Jornal O Estado de S. Paulo, na cúpula da pasta, o aparelhamento político é total. Os que estão à frente de cargos chaves ou são do PSB (8 deles), ou são pernambucanos (5 servidores) - ou as duas coisas, como é o caso do ministro. São da cota do PSB, além de Bezerra, a estratégica Secretaria de Defesa Civil, a chefia de gabinete, além das secretarias de Fundos Regionais, Executiva, de Infraestrutura Hídrica e de Irrigação. A Codevasf estava sob o comando do engenheiro Clementino Coelho, irmão do ministro, enquanto a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) foi entregue ao economista Marcelo Dourado, filiado ao PSB do Distrito Federal.
Em outras três secretarias, embora comandadas por técnicos, os titulares foram igualmente ungidos por dirigentes do partido. Entre os 11 ocupantes de postos mais elevados, seis são da cota pessoal de Eduardo Campos.
Crivo
Ouvido, o ministro negou a existência de aparelhamento político e informou, pela assessoria, que "critérios para escolha dos nomes são curriculares, além da comprovação de capacitação técnica". Ressaltou ainda que "todos os nomes passam pela Casa Civil e têm o aval da Presidência da República".
Liberado em dezembro, o dinheiro solicitado pelo deputado irá para ações tocadas pela estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba).
A empresa pública é presidida interinamente pelo seu tio, Clementino Coelho, irmão do ministro da Integração Nacional.
Na sexta-feira, o Planalto dava como certa a saída de Clementino do cargo. Em nota, o ministério negou que o filho do ministro tenha sido favorecido. Segundo a pasta, outros deputados tiveram "emendas aprovadas em percentuais equivalentes".
As emendas do deputado do ano passado ainda não foram aplicadas. Mas as de 2010, também direcionadas à estatal do tio, beneficiaram seus redutos eleitorais.
No final de 2010, a Codevasf, usando R$ 1,3 milhão das emendas do filho do ministro, contratou uma empresa de Petrolina (a 740 km de Recife) chamada Hidrosondas para furar poços em 92 localidades de Pernambuco.
O contrato foi assinado pelo superintendente da estatal em Petrolina, Luís Eduardo Frota, indicado ao cargo pela família do ministro.
Os sítios beneficiados com poços (a maioria, propriedades particulares) ficam em municípios em que Coelho recebeu quase metade dos seus votos na eleição para a Câmara em 2010.
Dentre as cidades pernambucanas, estão Ouricuri, Cedro, Verdejante, Exú, Petrolina, Bodocó, Petrolândia, Dormentes e Salgueiro.
Segundo a reportagem apurou, foi o próprio deputado federal que escolheu os lugares das obras - tocadas em 2011, quando o pai do deputado já era ministro e Clementino presidia a estatal. Em uma análise das emendas parlamentares apresentadas ao Orçamento de 2011, verificam-se diversos casos de parlamentares que chegaram a apresentar pedidos de verbas em volume maior do que Coelho Filho, mas que não tiveram nenhum real liberado pela pasta.
O dinheiro liberado pelo ministério servirá para a realização de obras de abastecimento de água em municípios no sertão de Pernambuco, reduto da família Coelho. O deputado é pré-candidato à Prefeitura de Petrolina, já foi administrada pelo pai.
Na última semana, o ministro Bezerra foi alvo de críticas por conta dos critérios na distribuição de verbas para a prevenção às enchentes.
Um dos programas do ministério teve 95,5% dos pedidos de verba sob a gestão Bezerra em favor de seu Estado. Chamado pelo Planalto a dar explicações, ele reagiu, dividindo a responsabilidade com a presidente Dilma Rousseff e exigindo autonomia.
A situação gerou um desconforto entre o governo e o PSB, partido do ministro. Fernando Bezerra foi indicado em 2010 pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos.
O ministro nega sua demissão do cargo, após a informação de que sairia do governo, se espalhar por redes sociais. Bezerra disse pelo Twitter que a presidente o convocou para uma conversa na segunda-feira.
Pasta é feudo político do PSB de PE
Brasília. O PSB transformou o Ministério da Integração Nacional em feudo político com porteira fechada no governo Dilma Rousseff. Na gerência, o ministro Fernando Bezerra Coelho, membro de tradicional família do Nordeste, tornou a pasta uma república de correligionários, conterrâneos e apaniguados do principal cacique da legenda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do partido.
Segundo informações do Jornal O Estado de S. Paulo, na cúpula da pasta, o aparelhamento político é total. Os que estão à frente de cargos chaves ou são do PSB (8 deles), ou são pernambucanos (5 servidores) - ou as duas coisas, como é o caso do ministro. São da cota do PSB, além de Bezerra, a estratégica Secretaria de Defesa Civil, a chefia de gabinete, além das secretarias de Fundos Regionais, Executiva, de Infraestrutura Hídrica e de Irrigação. A Codevasf estava sob o comando do engenheiro Clementino Coelho, irmão do ministro, enquanto a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) foi entregue ao economista Marcelo Dourado, filiado ao PSB do Distrito Federal.
Em outras três secretarias, embora comandadas por técnicos, os titulares foram igualmente ungidos por dirigentes do partido. Entre os 11 ocupantes de postos mais elevados, seis são da cota pessoal de Eduardo Campos.
Crivo
Ouvido, o ministro negou a existência de aparelhamento político e informou, pela assessoria, que "critérios para escolha dos nomes são curriculares, além da comprovação de capacitação técnica". Ressaltou ainda que "todos os nomes passam pela Casa Civil e têm o aval da Presidência da República".
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