terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Duas edições do Enem só em 2013

Na semana passada, acesso a redações do Enem para todos os candidatos foi determinado pela Justiça Federal
Depois do cancelamento da edição prevista para abril deste ano, presidente garante implantação da medida
Brasília. Menos de uma semana depois de cancelar a edição de abril do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o governo federal afirmou ontem que realizará em 2013 os dois exames no mesmo ano. A informação foi confirmada pela presidente Dilma Rousseff, para quem o método está em permanente aprimoramento.Na cerimônia informal de despedida do ministro Fernando Haddad ontem, Dilma disse que o Enem é a "forma mais democrática de acesso dos jovens ao ensino universitário". Além disso, afirmou que o processo representa "uma transformação e uma deselitização do ensino universitário no nosso país".

"Nós avaliamos que melhoramos e vamos melhorá-lo ainda mais e fazer depois, no ano que vem, duas edições. Isso, em concordância com o ministro e por sugestão do ministro", disse, em referência a Haddad, que deixa o cargo hoje para concorrer à Prefeitura de São Paulo.

A estreia das duas edições do Enem em um único ano estava prevista para ser neste semestre. As provas do primeiro semestre seriam nos dias 28 e 29 de abril.

Haddad, porém, afirmou há cerca de 15 dias que as duas edições não estavam garantidas. A atual gestão informou que uma empresa de consultoria estava analisando se havia condições de manter os planos ou se as duas edições provocariam "fadiga na máquina". Na semana passada, Haddad tentou atribuir ao Ministério Público Federal a responsabilidade por um possível adiamento da edição de abril.

A Procuradoria obteve uma liminar na Justiça Federal do Ceará determinando que o MEC proporcionasse o acesso às provas de redação e aos espelhos de correção a todos os candidatos do último Enem. Um dia depois, o MEC anunciou o cancelamento da edição de abril.

Creches

Dilma Rousseff afirmou ontem, durante o programa de rádio "Café com a Presidenta", que o governo vai investir R$ 7,6 bilhões para abrir 6.000 escolas de educação infantil até 2014.

"Criança é prioridade no meu governo. Na creche, além de ter uma boa alimentação, a criança recebe estímulos por meio de jogos, histórias, brinquedos, atividades pedagógicas, carinho e atenção", defendeu.

Dilma destacou que determinou que os ministérios da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social façam ações conjuntas, priorizando crianças de zero a cinco anos.

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