Pioneiro no País com o Palmas, o Estado concentra mais da metade dos bancos comunitários brasileiros
O Ceará é um celeiro de bancos comunitários. No Estado, a primeira instituição deste tipo surgiu em 1998, o Banco Palmas, que é também o pioneiro no Brasil. Hoje, 52,23% dos bancos comunitários no País estão no Ceará. São 35 entre 67.
A concentração é grande. O segundo estado em emissão de moedas sociais é São Paulo, com apenas cinco instituições. Durante seis anos, o Palmas foi o único. Em 2004, surgiu o segundo, o Banco Paracuru.
Atendimento
Em 2011, o Palmas atendeu diretamente cerca de 10 mil famílias por meio de 5.300 operações de créditos, sendo 3.126 para as beneficiárias do Bolsa família. Foram 2.211 microsseguros vendidos, 2.700 contas correntes abertas, 37.166 pagamentos do Bolsa Família na comunidade do Conjunto Palmeiras, 510 mil operações de atendimento do correspondente bancário e 2.355 visitas de acompanhamento socioprodutivo às mulheres do Projeto Elas. Mais de mil famílias participaram das oficinas sobre educação financeira. E 2.230 jovens foram capacitados. Quatro inovações tecnológicas foram iniciadas: a biometria para pagamento do Bolsa família, o pagamento por celular, a venda de microsseguro por meio eletrônico e a gestão de toda a carteira de crédito do Instituto Palmas por um software de gestão.
Mais lucro
Um dos casos de atendimento do Palmas é da dona Noemia Souza, que administra um bar e uma borracharia, anexos à sua residência. Ela tanto recebe a moeda social, a Palmas, dos clientes, como já contratou empréstimos, segundo diz, a juros baixos para equipar seu negócio. "É fácil de pagar e tenho mais lucro", avalia.
As duas frentes de trabalho foram responsáveis pelo sustento de sua família: ela, o marido e seis filhos.
"Hoje, meus filhos, estão todos em suas casas", diz. "Vou manter tudo como está, até o dia que meu marido quiser vender tudo isso aqui. Quero ir morar no Interior". Noemia diz ainda que é cliente do Palmas desde que o banco surgiu. "Mudou tudo por aqui", conta.
Maracanaú
Entre os 35 bancos comunitários do Ceará, o Paju comemora cinco anos neste mês de janeiro. Desde 2006, início da atuação, o Banco Comunitário de Pajuçara, em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, já atendeu a aproximadamente 600 empreendedores locais com acesso ao crédito, proporcionando a manutenção de cerca de 600 postos de trabalho e a criação de outros 400. Foram financiados R$ 600 mil reais em crédito em grupo e R$ 420 mil reais em crédito individual.
O Banco Paju realiza hoje, às 8h, na Escola Profissionalizante Maria Carmen Vieira, em Pajuçara, um seminário sobre política de investimento multissetorial com foco para o desenvolvimento sustentável.
Segundo o coordenador do Banco Paju, Eudásio Alves, o seminário vai esclarecer o que é economia solidária e estimular a prática de desenvolvimento social entre os gestores. "É uma chance de cobrar do poder público investimentos nesse setor, principalmente, nos pequenos produtores, como estratégia de combate à pobreza e dando mais oportunidade de renda às pessoas", destaca.
O Ceará é um celeiro de bancos comunitários. No Estado, a primeira instituição deste tipo surgiu em 1998, o Banco Palmas, que é também o pioneiro no Brasil. Hoje, 52,23% dos bancos comunitários no País estão no Ceará. São 35 entre 67.
A concentração é grande. O segundo estado em emissão de moedas sociais é São Paulo, com apenas cinco instituições. Durante seis anos, o Palmas foi o único. Em 2004, surgiu o segundo, o Banco Paracuru.
Atendimento
Em 2011, o Palmas atendeu diretamente cerca de 10 mil famílias por meio de 5.300 operações de créditos, sendo 3.126 para as beneficiárias do Bolsa família. Foram 2.211 microsseguros vendidos, 2.700 contas correntes abertas, 37.166 pagamentos do Bolsa Família na comunidade do Conjunto Palmeiras, 510 mil operações de atendimento do correspondente bancário e 2.355 visitas de acompanhamento socioprodutivo às mulheres do Projeto Elas. Mais de mil famílias participaram das oficinas sobre educação financeira. E 2.230 jovens foram capacitados. Quatro inovações tecnológicas foram iniciadas: a biometria para pagamento do Bolsa família, o pagamento por celular, a venda de microsseguro por meio eletrônico e a gestão de toda a carteira de crédito do Instituto Palmas por um software de gestão.
Mais lucro
Um dos casos de atendimento do Palmas é da dona Noemia Souza, que administra um bar e uma borracharia, anexos à sua residência. Ela tanto recebe a moeda social, a Palmas, dos clientes, como já contratou empréstimos, segundo diz, a juros baixos para equipar seu negócio. "É fácil de pagar e tenho mais lucro", avalia.
As duas frentes de trabalho foram responsáveis pelo sustento de sua família: ela, o marido e seis filhos.
"Hoje, meus filhos, estão todos em suas casas", diz. "Vou manter tudo como está, até o dia que meu marido quiser vender tudo isso aqui. Quero ir morar no Interior". Noemia diz ainda que é cliente do Palmas desde que o banco surgiu. "Mudou tudo por aqui", conta.
Maracanaú
Entre os 35 bancos comunitários do Ceará, o Paju comemora cinco anos neste mês de janeiro. Desde 2006, início da atuação, o Banco Comunitário de Pajuçara, em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, já atendeu a aproximadamente 600 empreendedores locais com acesso ao crédito, proporcionando a manutenção de cerca de 600 postos de trabalho e a criação de outros 400. Foram financiados R$ 600 mil reais em crédito em grupo e R$ 420 mil reais em crédito individual.
O Banco Paju realiza hoje, às 8h, na Escola Profissionalizante Maria Carmen Vieira, em Pajuçara, um seminário sobre política de investimento multissetorial com foco para o desenvolvimento sustentável.
Segundo o coordenador do Banco Paju, Eudásio Alves, o seminário vai esclarecer o que é economia solidária e estimular a prática de desenvolvimento social entre os gestores. "É uma chance de cobrar do poder público investimentos nesse setor, principalmente, nos pequenos produtores, como estratégia de combate à pobreza e dando mais oportunidade de renda às pessoas", destaca.
CAROL DE CASTROREPÓRTER
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