O caso serve como alerta para que as mães redobrem a atenção e não entreguem os filhos para desconhecidos
Uma fotografia guardada no celular e a bolsa cheia de fraldas, ainda com o cheirinho da pequena Cristiane, de 17 dias, eram as únicas lembranças que a mãe, Antônia Erilânia Pereira do Nascimento, 21, guardava da criança, raptada na última terça-feira da recepção do Hospital Geral César Cals (HGCC). Ambas estavam na entrada da unidade para uma visita de retorno quando uma mulher, identificada apenas como Luciana se fez de amiga e, sorrateiramente, raptou a recém-nascida.
Foram as piores 27 horas da família Pereira vividas entre lágrimas e a saudade da menina. Quando a genitora, em desespero, achava que ia dormir mais uma noite sem o aconchego da ´filhota´, o celular tocou às 19h de ontem: era o delegado Everardo Lima, do 34º Distrito Policial, informando que a suspeita do crime havia entregado a bebê.
O sorriso de Erilânia não cabia em si. Enfim poderia ninar a querida Cristiane. Apesar do final feliz, o delegado enfatiza que o caso serve como alerta para que as mães redobrem a atenção nas maternidades e não entreguem os filhos, nem por um segundo, para desconhecidos.
"Após uma ampla divulgação das imagens do circuito interno de gravação do hospital, a mulher acabou se entregando. Deixou a criança na Delegacia de Combate à Exploração Sexual de Criança e Adolescente (Dececa) e irá responder, sim, pelo crime", afirma Everardo Lima.
A criminosa era moradora do bairro Canindezinho. E uma das pistas que levaram ao endereço de Luciana foi uma conta de luz deixada, por descuido, em uma bolsa de couro no HGCC. De acordo com a titular da delegacia, Ivana Timbó, a versão da acusada é de que a própria mãe teria dado a criança, mas depois arrependeu-se e pediu de volta.
Estratégia
Rastros, contudo, chamaram atenção de familiares da bebê: o fato de a criminosa mentir sobre estar com um acompanhante internado e parecer ter um comparsa atuando junto. "Ela entrava e saía dos quartos como se conhecesse alguém e chegou a perguntar se tinha algum neném para doação", diz a mãe.
A história até parece enredo de novela. Após ficar um dia inteiro na recepção do Hospital Geral César Cals à espera de um transporte para voltar à sua cidade natal - Guaiúba, na Região Metropolitana de Fortaleza - Erilânia acabou fazendo amizade com a suspeita. A criminosa, sorrateiramente, cercou a mãe e ganhou até confiança. "Eu nem desconfiei. Ela foi tão boa comigo. Me conseguiu almoço", diz.
Em um minuto de descuido, enquanto Erilânia se alimentava, Luciana pediu para banhar a criança na justificativa de que estaria grávida e seria um ótimo momento para aprender a lidar com um recém-nascido. "Quando virei o rosto, a mulher sumiu. Saiu pela porta com minha menina nos braços. A bichinha toda nuazinha, sem nada", conta. Entretanto, imagens do circuito conseguiram flagrar o crime.
A direção do HGCC afirmou que é a primeira vez que um rapto acontece lá. "As mães não fiquem em pânico. A ação aconteceu na recepção, não nas enfermarias", informou o HGCC.
IVNA GIRÃOREPÓRTER
Uma fotografia guardada no celular e a bolsa cheia de fraldas, ainda com o cheirinho da pequena Cristiane, de 17 dias, eram as únicas lembranças que a mãe, Antônia Erilânia Pereira do Nascimento, 21, guardava da criança, raptada na última terça-feira da recepção do Hospital Geral César Cals (HGCC). Ambas estavam na entrada da unidade para uma visita de retorno quando uma mulher, identificada apenas como Luciana se fez de amiga e, sorrateiramente, raptou a recém-nascida.
Foram as piores 27 horas da família Pereira vividas entre lágrimas e a saudade da menina. Quando a genitora, em desespero, achava que ia dormir mais uma noite sem o aconchego da ´filhota´, o celular tocou às 19h de ontem: era o delegado Everardo Lima, do 34º Distrito Policial, informando que a suspeita do crime havia entregado a bebê.
O sorriso de Erilânia não cabia em si. Enfim poderia ninar a querida Cristiane. Apesar do final feliz, o delegado enfatiza que o caso serve como alerta para que as mães redobrem a atenção nas maternidades e não entreguem os filhos, nem por um segundo, para desconhecidos.
"Após uma ampla divulgação das imagens do circuito interno de gravação do hospital, a mulher acabou se entregando. Deixou a criança na Delegacia de Combate à Exploração Sexual de Criança e Adolescente (Dececa) e irá responder, sim, pelo crime", afirma Everardo Lima.
A criminosa era moradora do bairro Canindezinho. E uma das pistas que levaram ao endereço de Luciana foi uma conta de luz deixada, por descuido, em uma bolsa de couro no HGCC. De acordo com a titular da delegacia, Ivana Timbó, a versão da acusada é de que a própria mãe teria dado a criança, mas depois arrependeu-se e pediu de volta.
Estratégia
Rastros, contudo, chamaram atenção de familiares da bebê: o fato de a criminosa mentir sobre estar com um acompanhante internado e parecer ter um comparsa atuando junto. "Ela entrava e saía dos quartos como se conhecesse alguém e chegou a perguntar se tinha algum neném para doação", diz a mãe.
A história até parece enredo de novela. Após ficar um dia inteiro na recepção do Hospital Geral César Cals à espera de um transporte para voltar à sua cidade natal - Guaiúba, na Região Metropolitana de Fortaleza - Erilânia acabou fazendo amizade com a suspeita. A criminosa, sorrateiramente, cercou a mãe e ganhou até confiança. "Eu nem desconfiei. Ela foi tão boa comigo. Me conseguiu almoço", diz.
Em um minuto de descuido, enquanto Erilânia se alimentava, Luciana pediu para banhar a criança na justificativa de que estaria grávida e seria um ótimo momento para aprender a lidar com um recém-nascido. "Quando virei o rosto, a mulher sumiu. Saiu pela porta com minha menina nos braços. A bichinha toda nuazinha, sem nada", conta. Entretanto, imagens do circuito conseguiram flagrar o crime.
A direção do HGCC afirmou que é a primeira vez que um rapto acontece lá. "As mães não fiquem em pânico. A ação aconteceu na recepção, não nas enfermarias", informou o HGCC.
IVNA GIRÃOREPÓRTER
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